Entenda como o fim da neutralidade de rede nos EUA pode impactar o seu bolso

A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC), órgão equivalente à Anatel no Brasil, conseguiu aprovar uma medida que tem tudo para mudar a maneira como nos relacionamos com a internet. Por essa razão, compreender o que significa o fim da neutralidade de rede é fundamental.

A medida vem sendo considerada bastante impopular, pois em teoria cria mecanismos que ameaçam a democracia no país. A nova regulamentação é encabeçada não apenas pelo governo, mas principalmente pelas grandes empresas de telecomunicações, que possivelmente serão as mais beneficiadas.

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O que significa o fim da neutralidade de rede?

Existe uma série de fatores envolvidos nessa regulamentação, mas vamos simplificar as coisas para que a explicação seja mais didática. A partir de agora, as operadoras podem restringir a velocidade de determinados serviços online, priorizando qualquer outro que ela escolha.

Hoje, a rede é neutra, ou seja, se você usa um serviço de streaming de música, pode escolher entre A ou B de acordo com a sua vontade, pois ambos chegarão na sua casa com a mesma velocidade. Com a aprovação da medida, se uma operadora firmar uma parceria com o serviço A, ela pode deixar o serviço B mais lento para os seus clientes.

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O mesmo se aplica a serviços de streaming de vídeo e jogos. Nos Estados Unidos, pesquisas apontam que 80% da população consultada é contra a medida que foi aprovada.

Apesar disso, os apoiadores da medida alegam que a não neutralidade da rede estava inibindo as operadoras de fazerem novos investimentos, algo que eles garantem vai mudar a partir de agora.

O que isso muda para você?

As perspectivas não são muito animadoras. A partir de agora, as operadoras poderão criar pacotes nos quais oferecem o acesso a serviços específicos, que antes eram ilimitados para todos.

Um bom comparativo é o que ocorre com as operadoras de TV por assinatura. Alguns canais são exclusivos de algumas operadoras enquanto outros são acessíveis apenas nos pacotes mais caros.

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Em teoria, os mesmos conceitos podem ser aplicados aqui. Você terá que escolher entre a operadora A, que oferece acesso a determinados sites, e a operadora B, que oferece acesso a outros. Além disso, existe ainda a possibilidade de limitação do uso de banda e da criação de pacotes para serviços específicos, como os streamings.

Em outras palavras, é possível que para continuar assistindo a vídeos na internet você tenha que pagar a mais por isso, pois em teoria consome mais banda do que clientes que não acessam esse tipo de serviço.

E como fica a situação no Brasil?

Tudo o que mencionamos acima, ao menos por enquanto, diz respeito apenas aos Estados Unidos. Entretanto, a decisão tomada por lá era aguardada com ansiedade pelas operadoras locais, que têm a intenção de seguir pelo mesmo caminho por aqui. Desde 2016, com a aprovação do Marco Civil, as operadoras não podem cobrar a mais ou fazer distinção pelo tipo de tráfego.

Contudo, existe uma pressão grande por parte delas para que o governo atual reveja essas regras. Elas argumentam que sem esse mecanismo não é possível garantir que não haverá congestionamento na infraestrutura existente.

Resta saber se essa impopular medida ganhará corpo por aqui novamente. Se isso ocorrer, acredite: a internet como você se acostumou a conhecer mudará para sempre.

Fonte(s): Canaltech 

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