A terceira geração da internet, conhecida como Web 3.0, ainda é um conceito bastante indefinido até mesmo para quem está por dentro das novidades do mundo digital. Atualmente, pode-se dizer que as plataformas herdeiras da segunda geração, a Web 2.0, estão integrando os recursos que estão na base da nova era da internet.
Inteligência artificial e blockchain são algumas das tecnologias-chave que fazem parte da proposta de uma internet mais livre e descentralizada na Web 3.0. Se você quer entender mais sobre esse conceito, continue a leitura e aproveite as informações do nosso guia!
O conceito de Web 3.0
A Web 3.0 representa a “nova era da internet”, marcada por um conjunto de características e inovações, como onipresença, conectividade, descentralização, inteligência artificial e blockchain. Não se trata de um avanço tecnológico específico, mas de uma mudança na natureza das experiências dos usuários com a internet.
A proposta da Web 3.0 também é conhecida como “web semântica”, expressão que serve para designar o momento em que os computadores não apenas entendem os dados, mas interpretam o contexto subjacente em torno deles. Esse avanço contribui para que os seres humanos e os computadores trabalhem juntos para a conclusão de tarefas.
Contudo, antes que a versão 3.0 da internet desse os seus primeiros passos, outras versões foram criadas. A Web 1.0, surgida nos últimos anos da década de 1980 e início dos anos 1990, foi inventada com a necessidade de melhorar o compartilhamento de informações entre a comunidade científica e acadêmica.
Ela era caracterizada por ser uma “web somente leitura”, ou seja, os usuários podiam apenas visualizar o conteúdo, mas não interagir de maneira significativa com os sites.
A Web 2.0, que emergiu nos primeiros anos dos anos 2000, trouxe uma mudança fundamental. Com o advento das redes sociais e tecnologias interativas, a internet passou a ser mais participativa. Uma quantidade ampla de pessoas pôde criar perfis, compartilhar conteúdo e interagir com outros usuários em plataformas dinâmicas.
Agora, a Web 3.0 surge como a próxima etapa nessa evolução digital. Ela é definida por características-chave que a tornam única. Trataremos disso adiante.
As principais características do Web 3.0
A Web 3.0 tem muitas diferenças importantes em comparação com as versões antecessoras, especialmente devido às mudanças estruturais que ela tem a oferecer. Para entender mais sobre essas modificações, confira a seguir as principais características da nova era da internet.
Onipresença e conectividade
A Web 3.0 garantiria conectividade perfeita entre usuários e dispositivos envolvidos no ecossistema, ao mesmo tempo que permaneceria disponível o tempo todo. A noção onipresente de que “a internet nunca dorme” é bastante verdadeira.
Os novos recursos ajudam a capitalizar metadados semânticos, o que pode ajudar a garantir novos padrões de conectividade. Ao mesmo tempo, há uma associação da Web 3.0 com o uso de sensores IoT (Internet das Coisas) em grande escala.
Portanto, a proposta da Web 3.0 é fornecer a garantia de disponibilidade de internet com bom desempenho a qualquer pessoa, independentemente do local e horário. O usuário pode acessar a internet sem quaisquer restrições quanto ao tipo de dispositivo.
Descentralização
As redes descentralizadas são uma parte vital da Web 3.0. Os usuários podem negociar ou trocar dados sem intermediários, falta de propriedade ou danos à privacidade.
Todas as transações “peer-to-peer” serão registradas em um blockchain. Os participantes poderão verificar as transações sem a necessidade de uma autoridade centralizada usando essa técnica. As aplicações incluem transferências de dinheiro e outros recursos.
Ao contrário dos sistemas centralizados, os aplicativos descentralizados (DApps) serão mantidos por uma rede de computadores, não por um servidor único. As Finanças Descentralizadas (DeFi) permitirão que os usuários invistam e economizem sem as instituições financeiras tradicionais.
Inteligência artificial
Na Web 3.0, computadores entendem informações como humanos, usando tecnologias da web semântica e processamento de linguagem natural. A Web 3.0 também emprega machine learning, um ramo da inteligência artificial (IA) que usa dados e algoritmos para imitar o aprendizado humano, melhorando sua precisão gradualmente.
Essas capacidades possibilitam resultados mais velozes e relevantes em áreas como desenvolvimento de medicamentos e novos materiais. Isso difere da publicidade direcionada predominante hoje.
As diferenças entre Web 3.0 e Web 2.0
A internet mudou drasticamente ao longo dos anos e suas aplicações atuais são quase irreconhecíveis se comparadas com os recursos do seu início. Abaixo, veja uma comparação da Web 3.0 com a sua antecessora. a versão
Armazenamento de dados e controle individual
A Web 2.0, caracterizada por sua interatividade e criação de conteúdo colaborativo, concentra-se na conectividade e na interação com sites e plataformas. Já a Web 3.0 expande essa ideia, permitindo o controle individual de dados pessoais.
Na nova era da internet, você não é apenas um usuário, mas um guardião das suas informações, decidindo como e quando compartilhá-las. Isso é possível por meio de sistemas descentralizados que capacitam os indivíduos a gerenciar seus próprios dados.
Conectividade expandida e experiência digital
A era da Web 2.0 trouxe consigo uma conectividade global e a capacidade de compartilhar informações em escala. Porém, a Web 3.0 mergulha mais fundo na experiência digital.
Ela vai além da simples interação e permite que você mergulhe em uma experiência sensorial. Isso se traduz em realidade aumentada, realidade virtual e interfaces mais intuitivas, que se alinham aos seus sentidos e preferências individuais.
Moeda e descentralização
A diferença crucial entre as duas fases da internet é o aspecto financeiro. A Web 2.0 opera principalmente com moedas fiduciárias tradicionais, enquanto a Web 3.0 depende de criptomoedas e adota um modelo financeiro descentralizado, conhecido como Finanças Descentralizadas.
Essa mudança não é apenas sobre a moeda, mas sobre transferir o controle de entidades centralizadas para os próprios usuários, o que abrange desde transações até governança de plataformas.
A importância da Web 3.0 na atualidade
Os usuários da internet atual não têm nenhum controle da maior parte dos dados que criam ou das informações pessoais que fornecem para acessar diversos serviços e aplicativos. As novidades da Web 3.0, como o blockchain e a inteligência artificial, estão mudando esse cenário aos poucos.
O Web 3.0 redefine as experiências online dos usuários como um todo. Os sites serão capazes de se ajustar automaticamente ao dispositivo do usuário, localização e quaisquer necessidades de acessibilidade que ele possa ter. E os aplicativos se tornarão muito mais receptivos aos padrões de uso.
Ao mesmo tempo, a nova era persegue o objetivo de democratizar quase todos os aspectos relativos à própria internet. Sem servidores centralizados, a Web 3.0 pode definitivamente garantir a falta de regulação ou intervenção por parte das autoridades centrais.
É importante lembrar que a Web 3.0 está em seu estágio inicial. A busca por uma experiência online mais inclusiva, descentralizada e interconectada ainda pode mudar em muitos aspectos a internet como conhecemos hoje em dia.
Aproveite para conferir os artigos mais recentes do blog da Positivo! E, se gostou do nosso guia sobre a Web 3.0, não se esqueça de compartilhar nosso conteúdo nas suas redes sociais.