A ociosidade, dentro do ambiente corporativo, pode ser definida como o inverso da disponibilidade. Assim, quando falamos de equipamentos ociosos, nos referimos às máquinas que estão paradas, impedindo que a empresa utilize todo o seu potencial.
A ociosidade dos equipamentos é uma inimiga da produtividade. Isso porque ter um excesso de máquinas paradas atrasa as entregas e, em casos graves, causa até a paralisação dos serviços.
Neste post, falaremos mais do conceito de ociosidade dos equipamentos, como estimar o nível em números e quais são possíveis soluções para o problema. Confira!
Como funciona a ociosidade de equipamentos na empresa?
A ociosidade de equipamentos ocorre quando as máquinas não são usadas com frequência, fazendo com que o investimento realizado pela empresa seja desperdiçado.
Esse fenômeno acontece quando as máquinas ficam paradas pelo excesso de aquisição de equipamentos. Também pode acontecer quando elas ficam obsoletas e não rendem de acordo com a demanda atual do negócio.
Muitas vezes, os gestores acreditam que comprar um monte de computadores de mesa, notebooks e dispositivos móveis, de maneira pouco planejada, é o equivalente a modernizar a empresa. Contudo, se a atualização dos equipamentos for feita dessa maneira, pode ser que boa parte deles fique parada, gerando desperdício de recursos que poderiam ser alocados de maneira mais produtiva.
A compra da máquina que acaba ficando parada envolve um investimento que não trará retorno. Do mesmo modo, caso algum colaborador finalmente decida utilizá-la, pode acabar constatando que ela ficou obsoleta, ou seja, não está preparada para atender às demandas atuais.
Como calcular o custo da ociosidade?
Esse cálculo varia de acordo com cada empresa e seu segmento de atuação. Uma maneira de obtê-lo é somar os gastos que a organização tem com o conserto frequente de máquinas que já não rendem como antigamente, por exemplo.
Uma fórmula muito utilizada para calcular a ociosidade dos equipamentos na indústria, e que pode ser adaptada para a infraestrutura de TI, é a seguinte:
Custo da ociosidade = ociosidade/capacidade x custos totais fixos/quantidade produzida
Para ficar mais simples, pensemos em um exemplo. Uma empresa automotiva produz 5.000 peças a cada mês, em média. Contudo, nos últimos 30 dias, ela só chegou aos 4.500 itens. Suponhamos que os custos totais de operação, no período mensal, sejam de R$ 150.000,00.
Nesse sentido, temos:
Custo da ociosidade = (500/5.000) x (150.000/4.500)
Custo da ociosidade = 0.1 x 33,34 (valor arredondado)
Custo mensal da ociosidade: R$ 3.334
Com essa fórmula e as devidas adaptações para o contexto de cada instituição, é possível ter uma boa noção dos valores que ela perdeu com equipamentos parados. Nesse exemplo, a ociosidade foi representada pelo número de produtos que ela deixou de produzir ao contar com insumos e máquinas obsoletas, que não conseguiram render o esperado.
É importante notar que a ociosidade não afeta apenas a iniciativa privada, mas também o serviço público.
Por que a ociosidade de equipamentos é ruim?
Ter um parque de máquinas obsoleto traz altos custos para a empresa. Afinal, além do investimento inicial naqueles equipamentos, produzir em um computador que não recebe atualizações há um bom tempo, por exemplo, atrasará os trabalhos e comprometerá as entregas para o cliente.
Além disso, os equipamentos terão que ser levados ao conserto, o que também custa caro. O prejuízo mais forte da ociosidade é representado pelo investimento que a empresa faz para adquirir os equipamentos — um dinheiro que não volta mais. Vamos conhecer as principais consequências da ociosidade.
Perda da produtividade
Uma empresa pode produzir muito, sem precisar utilizar todas as máquinas que ela tem. Contudo, quando esses equipamentos forem finalmente acionados, surge aquela desagradável surpresa: eles não conseguem entregar aquilo de que a empresa precisa, com a obsolescência causada pela ociosidade.
Assim, além do desempenho inferior, pode ser que eles precisem de consertos caros — que ainda paralisarão parte ou toda a atividade da empresa. Isso é tempo perdido, que poderia estar sendo gasto entregando produtos para os clientes.
Prejuízos financeiros
Ter máquinas ociosas está diretamente ligado aos prejuízos financeiros. Afinal, as máquinas ficam paradas por três motivos principais: conserto, desatualização ou investimento mal feito, sem a alocação correta dos equipamentos.
Todos os três motivos estão relacionados a gastos e a desperdício de recursos. O prejuízo pode se agravar caso os gestores comprem novas máquinas para repor as antigas, mas de uma forma desorganizada e sem avaliar as reais necessidades da empresa, no curto, médio e longo prazos.
Comprometimento das entregas
É simples: máquinas paradas são sinônimo de quedas nas entregas. Ainda que os equipamentos parados sejam aqueles que os colaboradores não estejam usando no momento, a verdade é que um dia eles serão utilizados (como em uma substituição de emergência), e pode ser que os profissionais tenham uma surpresa desagradável ao notar que eles são obsoletos.
Como resolver a ociosidade de equipamentos?
Uma das maneiras de combater o problema, além de evitar a aquisição desmedida de máquinas em um curto espaço de tempo, é apostar em iniciativas como o HaaS (Hardware as a Service). Isso porque esse serviço garante mais escalabilidade, já que a empresa gasta de modo mais direcionado e preciso.
É para alcançar essa capacidade de crescer, mas sem desperdiçar amplos recursos em máquinas que ficarão paradas, que as empresas adotam práticas mais flexíveis para a gestão do negócio, o que as ajuda a reduzir custos e maximizar a produtividade.
E como funcionam essas práticas “as a service”? É simples: caso uma empresa precise de um software, por exemplo, ela não precisa construir um modelo do zero: ela aluga o acesso à ferramenta, diretamente do provedor.
Do mesmo modo, em vez de gastar muito dinheiro com uma infraestrutura exclusiva, é possível contratar soluções de maneira escalável e sob demanda. Nesse caso, temos o Infrastructure as Service.
O HaaS é mais uma das vertentes desse sistema de funcionamento. Em vez de comprar diretamente os equipamentos, correndo o risco de que eles fiquem obsoletos sem o uso contínuo, a empresa os aluga como um serviço. Isso é feito com a parceria com outra organização, especializada nessa modalidade.
Assim, é possível reduzir os custos e modernizar seu parque tecnológico de maneira direcionada, com controle e eficiência.
Como vimos no artigo, a ociosidade é um problema em diversos segmentos, mas que pode ser mitigada com serviços como o HaaS, que garante que a empresa não desperdice dinheiro com a aquisição excessiva de máquinas próprias.
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