Poucas áreas são tão fundamentadas na inovação tecnológica quanto a de TI. Isso requer um olhar voltado às palavras do amanhã, que se referem a tendências que estão revolucionando e podem transformar ainda mais o segmento.
Quem atua na área precisa estar sempre atualizado em relação a essas possibilidades. E não se trata apenas de identificar o que é novidade agora, mas, sim, de ser capaz de prever o que impactará o seu segmento no futuro.
Tendências são sempre consequências de necessidades das pessoas e das empresas viabilizadas pelo progresso tecnológico ou social. Quando esses dois elementos caminham juntos, um avanço é conquistado. Para identificar esses momentos de colisão é preciso ter uma visão estratégica.
Quer conhecer o que deve impactar o segmento no futuro? Então, veja, a seguir, as principais tendências tecnológicas dos próximos anos.
Affective computing
O progresso tecnológico também deve ser capaz de lidar com as emoções das pessoas e tomar decisões inteligentes baseadas nelas. Nem tudo são combinações de zeros e uns. Assim, os sistemas precisam considerar nuances psicológicas ao lidar com as suas decisões algorítmicas.
Essa tendência depende bastante da evolução das pesquisas feitas na área. Estudos sobre cognição, psicologia e ciência da computação envolvem entender como as pessoas se manifestam a partir de determinados gatilhos e oferecer as soluções adequadas em cada caso.
Um exemplo disso é o software Kairos, que é capaz de usar reconhecimento facial para identificar as emoções dos usuários e categorizar a imagem da forma mais apropriada. Outra tecnologia valiosa é a do Affectiva, que permite obter insights a respeito do engajamento emocional de consumidores em estabelecimentos comerciais.
Deep fakes
Ao pensar em palavras do amanhã e tendências de tecnologia, é impossível não pensar nas deep fakes. O termo é usado para se referir a montagens ultrarrealistas de pessoas em fotos e vídeos que são quase impossíveis de distinguir da realidade.
O processo consiste em usar inteligência artificial para modificar os traços de imagens (ou frames em um vídeo) para transformar uma pessoa em outra. Com cada vez mais poder de processamento nos computadores, já é possível implementar esse método até em transmissões ao vivo.
As deep fakes também representam um perigo em um mundo já impactado negativamente pelas fake news. Esse é um exemplo de como nem todo investimento em inovação por si só é capaz de beneficiar a sociedade, e é necessário desenvolver mecanismos para evitar que problemas sejam causados por essa realidade.
Instagrammable
As redes sociais foram as grandes transformadoras de comportamento durante a década de 2010, e a tendência é que uma das palavras do amanhã siga essa ideia. É o caso do termo instagrammable, um adjetivo usado para se referir a lugares “instagramáveis”, em uma tradução livre. Ou seja, pontos que ficam bem na foto e agregam valor ao perfil de quem publica.
Essa é uma tendência vantajosa para quem quer atrair público para seus estabelecimentos. Ter um ambiente bem construído e que motive a publicação de fotos tende a aumentar a visibilidade do seu negócio na internet. Pensar em ser instagrammable é um caminho para conquistar mais relevância em seu segmento.
Para tomar vantagem dessa tendência, é preciso entender o comportamento e as preferências do seu público-alvo. Coloque-se no lugar dessas pessoas e entenda o que elas valorizam na hora de publicar conteúdo em suas redes sociais. Prepare os ambientes ideais para esses momentos e aproveite os benefícios dessa decisão.
Phygital
Quando se fala em marketing, ainda é comum ver muitas empresas fazendo distinções bastante rígidas sobre o que é digital e o que é físico. No entanto, é cada vez mais forte a tendência de pensar de forma unificada nesse sentido. Ou seja, é hora de considerar o phygital.
O termo consiste na união das palavras físico e digital. É algo que envolve combinar os esforços online e offline para alcançar resultados de qualidade com as suas estratégias, mas de maneira totalmente integrada.
Portanto, já não dá para encarar esses dois lados como coisas separadas e independentes. Afinal, as pessoas transitam de um lado para o outro com naturalidade. O contato de um potencial cliente pode começar de maneira offline e se consolidar de forma digital — e vice-versa. É fundamental se preparar para essa realidade ao traçar os seus planos para campanhas futuras.
Roboethics
Conforme mais avanços são feitos na área da robótica, mais é preciso pensar nos impactos éticos de todo esse desenvolvimento. É a partir dessa premissa que se popularizou uma das palavras do amanhã: a roboethics, ou ética das máquinas.
A premissa básica é a de que esses sistemas inteligentes sejam capazes de garantir um funcionamento autônomo que não infrinja os princípios éticos da sociedade em que eles estão inseridos.
Isso se torna ainda mais pertinente quando consideramos o quão comum é que esses sistemas autônomos precisem interagir com seres humanos. Em um cenário em que a robótica está cada vez mais presente, pensar na ética será algo fundamental para continuar vivendo em sociedade de forma saudável.
Globotics
A robótica é uma área quase sempre citada quando o assunto são palavras do amanhã. Esse é o caso dos cobots. Cada vez mais segmentos se preparam para contar com robôs em seus processos, de modo a alcançar mais produtividade e qualidade em suas entregas. É dentro desse contexto que se populariza a globotics.
A ideia é uma consequência da combinação da tecnologia com globalização e envolve adotar técnicas que possibilitem extrair o maior valor possível de um processo contando com sistemas inteligentes que auxiliem na otimização deles.
O futuro do trabalho é totalmente fundamentado no globotics. Um exemplo disso é um processo de seleção que utilize machine learning para detectar os tipos de candidato mais propícios a ter sucesso em uma carreira na empresa com base em seu histórico e dados de mercado.
Digital wellbeing
Com o gigantesco desenvolvimento da tecnologia nos últimos anos e as transformações que essa evolução causou no comportamento das pessoas, surge uma tendência que pretende ir na contramão disso tudo. O digital wellbeing defende a importância de se desconectar, priorizando o bem-estar no lugar do vício em internet.
A ideia foi popularizada pela primeira vez em 2012, pelo então gerente de produtos do Google Tristan Harris. Ele criou um manifesto de 144 páginas a favor do digital wellbeing, com o intuito de incentivar o desenvolvimento de ferramentas e plataformas com design que não prejudiquem o comportamento do usuário.
Um impacto perceptível dessa tendência é o volume cada vez maior de tecnologias dedicadas a controlar e limitar o nosso tempo de exposição a plataformas como redes sociais, que tendem a ser viciantes. Sistemas operacionais como Android e iOS já contam com recursos que ajudam a fazer essa medição e configurar limites.
Se manter atualizado em relação às palavras do amanhã é algo que precisa fazer parte da sua rotina. Inspire-se a partir da lista deste artigo ao elaborar as suas estratégias para o presente e o futuro, garantindo posição de vantagem em relação aos seus concorrentes graças ao poder da tecnologia e de uma estrutura competente de TI.
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