MicroLED e miniLED: o que é e quais são as diferenças

MicroLED e miniLED: o que é e quais são as diferenças?

Duas novas tecnologias estão chegando ao mercado, prometendo muito mais qualidade de imagem para as telas de dispositivos como TVs, monitores, notebooks, smartphones e tablets. Estamos falando do MicroLED e miniLED. Você já ouviu falar sobre eles? A seguir, explicaremos como funcionam esses novos tipos de painéis, quais as diferenças entre eles e também as vantagens e desvantagens de cada tecnologia. 

Preparado para saber mais sobre essa novidade? Vamos lá!

Entenda como funciona a tecnologia LED

A maior parte das TVs atuais utiliza pequenos pontos para produzir as imagens que vemos, conhecidos como pixels. Nos modelos do tipo LED, esses pontos precisam ser iluminados pelo que chamamos de backlight, uma luz de fundo responsável por gerar o brilho da imagem. 
Apesar de prática, essa tecnologia tem uma limitação de contraste, uma vez que o backlight costuma atingir quase todos os pixels da tela, inclusive aqueles que não deveriam estar acesos. Imagine por exemplo uma cena noturna, com uma lua cheia brilhando ao fundo. O backlight afetará até mesmo nos pontos mais escuros, que deveriam estar apagados. O resultado é uma aparência mais acinzentada, facilmente notada em ambientes mais escuros. 
Para corrigir o problema, as fabricantes começaram a desenvolver backlights mais sofisticados, com algumas dezenas ou centenas de zonas que podem ser controladas individualmente. Isso é chamado de Full array local dimming zone, ou zonas de escurecimento local. 
Com esse sistema, a TV consegue reproduzir imagens mais fiéis, melhorando consideravelmente a taxa de contraste. Contudo, ainda há vazamentos de brilho, principalmente quando uma porção clara é reproduzida ao lado de uma área escura. Isso impulsionou as fabricantes a buscarem por novas alternativas, acelerando o surgimento do Mini LED e do Micro LED. 
Agora que você já sabe como funcionam as telas do tipo LED e os mecanismos de iluminação dos pixels, vamos falar sobre as duas novas tecnologias que prometem elevar ainda mais a qualidade de imagem das TVs e monitores. 

O que é a tecnologia Mini LED?

Os painéis Mini LED utilizam uma evolução do sistema de Full Array Local Dimming. Em vez de centenas de zonas de iluminação, essas novas telas trazem milhares de áreas que podem ser controladas individualmente, produzindo cenas com uma fidelidade antes impossível, a não ser com o uso da tecnologia OLED. 
MicroLED e miniLED: o que é e quais são as diferenças
Para você entender, as TVs do tipo OLED possuem pixels auto-iluminados que dispensam o uso do backlight. É justamente por isso que elas possuem um contraste e qualidade de imagem superiores. Contudo, o composto orgânico utilizado na fabricação costuma ser menos durável em relação ao LED tradicional, mais custoso e com níveis de brilho inferiores.
É justamente pela confiabilidade e pelo seu preço mais acessível que o Mini LED vem sendo apontado como uma forma de transição inteligente, até que a próxima tecnologia esteja amplamente disponível. 

Principais vantagens do Mini LED

– Ótimos níveis de brilho;
– Contraste superior ao das telas LED;
– Preços mais acessíveis em relação à tecnologia Micro LED e equiparáveis aos das OLED;
– Sem risco do efeito burn-in (queima dos pixels).
Como desvantagens, podemos destacar que o Mini LED ainda não chegou no padrão de qualidade de imagem obtido pelas telas OLED. Cenas com transições de claro para escuro podem apresentar um leve efeito halo. Os sistemas de backlight também costumam gerar mais calor, por conta do aumento no número de pontos luminosos. 

Micro LED –  o futuro das telas

Ao contrário das miniLEDs, que podem ser consideradas como uma evolução das telas LCD atuais, as MicroLEDs são uma nova tecnologia. O grande diferencial está no fato de que as telas desse tipo possuem um conjunto LED de retroiluminação para cada pixel da imagem, permitindo o controle absoluto da cena.
O efeito prático é muito próximo ao do OLED: imagens com partes pretas de verdade, sem qualquer vazamento de luz das áreas iluminadas para os pixels adjacentes. 
Ainda melhor é o fato de o Micro LED não utilizar compostos orgânicos em sua fabricação, algo que garante mais durabilidade e o fim de um antigo fantasma: a queima dos pixels por burn-in (um fenömeno que ocorre nas OLED, quando os pixels ficam parados por muito tempo, exibindo a mesma cor). 
O Micro LED também permite passar mais luz pelos pixels, o que resulta em níveis de brilho e taxas de contraste incrivelmente elevadas. O resultado é uma imagem simplesmente espetacular. 

Principais vantagens do Micro LED

– Altíssima qualidade de imagem, com excelentes níveis de brilho e contraste;
– Controle total sobre a iluminação dos pixels;
– Menor risco de queima dos pixels por utilizar material não-orgânico;
– Flexibilidade por permitir a construção de painéis modulares;
– Suporte a telas de tamanhos maiores (comerciais), acima de 100 polegadas.
Apesar de todas as qualidades listadas acima, a tecnologia MicroLED ainda precisa evoluir bastante antes de chegar ao mercado de TVs para consumidores finais. Por enquanto, as linhas de produção ainda não comportam a confecção de telas em tamanhos menores do que 70 polegadas, algo que vai exigir mais miniaturização. 
Mas o principal problema ainda é o custo. O modelo de 110 polegadas lançado no ano passado pela Samsung custava absurdos 156 mil dólares no mercado sul coreano, uma quantia de dinheiro que restringe bastante o público alvo de momento. Pelo visto, a principal aposta para os próximos anos continua na tecnologia miniLED. 
 

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