Oficialmente, o dia 3 de setembro marca a data de lançamento e o início da distribuição do Android 10 em todo mundo. Porém, ao menos por enquanto, somente os usuários norte-americanos terão acesso a essa versão.
Os primeiros aparelhos a receber a novidade serão os fabricados pelo Google e vendidos apenas fora do Brasil. Segundo a empresa, nas próximas semanas aparelhos das demais fabricantes começam a receber a novidade, em um cronograma cuja responsabilidade de divulgação é de cada marca.
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O fim da era dos doces
Tradicionalmente o Google atribuía uma nome de doce para cada versão do Android. As duas últimas, “Oreo” e “Pie”, encerraram uma era com essas características de batismo. A partir do Android Q, a versão do sistema operacional será batizada apenas com um número – e por essa razão chegamos ao Android 10.
Segundo o Google, a razão para essa mudança é o fato de que o Android se tornou um sistema global e os nomes dos doces muitas vezes faziam sentido apenas para o mercado norte-americano. Além disso, alguns doces escolhidos não são populares em certas regiões, o que os tornava estranhos para grande parte dos usuários.
As novidades do Android 10
Atualizações do sistema operacional Android são sempre bastante esperadas pelos usuários e com o Android 10 não deve ser diferente. Em apresentações realizadas e versões beta lançadas anteriormente, foi possível conhecer algumas das novidades que chegam aos usuários a partir dessa semana.
O foco principal desta nova atualização parece estar relacionado à privacidade dos usuários. A partir de agora, é possível limitar os acessos de um app a determinados recursos, como a localização, algo que não era possível até então, pois as permissões nos apps funcionavam como “tudo ou nada”.
Outro recurso bastante solicitado pelos usuários finalmente foi disponibilizado: a partir da versão 10, o Android terá “Modo Escuro”. Quando ativado ele permitirá aos usuários reduzirem a intensidade do brilho da tela e economizar bateria com cores de fundo menos intensas.
Foco em acessibilidade
A acessibilidade é outro tema que também recebeu uma atenção especial por parte do Google para essa versão. Usuários surdos ganham acesso ao recurso Live Caption, que adiciona legendas a qualquer vídeo que seja executado no celular – mesmo se você estiver assistindo a ele off-line.
A navegação por gestos também foi aprimorada. Em vez de utilizar botões de navegação, agora basta deslizar os dedos ou fazer gestos diante da câmera para avançar ou retroceder uma tela. Trata-se de uma readaptação de uso que pode confundir os usuários em um primeiro momento.
Para os pais também há novidades no Controle Parental. A partir de agora eles poderão aprovar ou reprovar a instalação de apps e definir tempos máximos de uso do aparelho – há configurações para tempo máximo de tela ativa, limite de uso para um aplicativo e horário definido para desligar.
Por último, mas não menos importante, há mudanças também para os desenvolvedores. Recursos como MIDI API, ANGLE no Vulkan e Neural Networks API 1.2 estão entre as novidades – todos foram devidamente explicados em um post no blog do Google para desenvolvedores.
Atualizações em vez de revoluções
Há que se ressaltar que a mais nova versão do Android, diferentemente do que aconteceu em outras edições, não traz mudanças significativas em termos de visual. Na prática, o que o usuário terá é uma versão aprimorada do Android 9.0 com alguns recursos extras.
Com isso, a empresa espera se manter na dianteira da preferência dos usuários. Atualmente, segundo dados do StatCounter, o sistema operacional Android está presente em 76,23% dos smartphones, o que o torna o mais popular do mundo com ampla vantagem sobre o segundo colocado.
