O trabalho remoto revolucionou positivamente a vida de muitos profissionais. Sai o estresse enfrentado no trânsito e entra a qualidade de vida de fazer tudo de casa ou de qualquer lugar do mundo. Contudo, esse novo paradigma do mercado traz os seus desafios de segurança cibernética.
Neste post, vamos apresentar algumas dicas para tornar o trabalho remoto mais seguro, em termos de proteção digital. Ainda que os colaboradores não tenham a supervisão presencial de especialistas em tecnologia, é possível adotar alguns hábitos para proteger a empresa. Continue a leitura para saber mais!
Importância da segurança cibernética no trabalho remoto
Infelizmente, o Brasil é um dos líderes em termos de vazamento de informações digitais. Uma matéria da revista Exame traz algumas informações estarrecedoras: 6 em cada 10 brasileiros já tiveram algum problema com isso.
Quando falamos de empresas, o cenário também é preocupante. De acordo com um estudo realizado pela Proofpoint, uma companhia de segurança, 78% das organizações entrevistadas em 14 países sofreram com dados roubados — sendo que 23% delas tiveram prejuízos financeiros.
A pesquisa da Proofpoint ainda apontou que 60% das organizações identificaram uma tentativa de sequestro de informações em 2022, com 46% dos ataques bem-sucedidos para os hackers. Esses números mostram a importância do investimento em segurança cibernética nas empresas, principalmente quando falamos de trabalho remoto.
Embora seja uma opção interessante para colaboradores, que podem trabalhar de qualquer lugar do mundo, o home office apresenta alguns riscos. Isso porque o funcionário trabalha longe da supervisão presencial de profissionais de TI e de seus chefes diretos.
Dicas de segurança no trabalho remoto
Agora, vamos dar algumas dicas práticas para adotar na sua empresa. É tão importante colocá-las em prática quanto disseminá-las por toda a organização, para que a cibersegurança se torne uma preocupação habitual. Confira!
1. Atualize programas
Programas desatualizados são uma porta de entrada para invasores. Para combater isso, crie um inventário de todas as aplicações licenciadas pela empresa e, a partir daí, desenvolva um cronograma para atualizações.
Uma dica é orientar os colaboradores a fazerem isso no início da segunda-feira, por exemplo, quando o trabalho costuma ser mais tranquilo. Assim, os riscos de que a empresa tenha que paralisar suas atividades diminuem.
Outra política que deve ser adotada é o gerenciamento de patches de segurança. As fabricantes de soluções digitais criam os patches — atualizações que mitigam as vulnerabilidades e otimizam as aplicações — e oferecem essa opção para os clientes. Não deixe essa oportunidade passar e a integre à política de cibersegurança do negócio.
2. Implemente vários fatores de autenticação
A autenticação de múltiplo fator solicita aos usuários de um determinado sistema que eles se identifiquem mais de uma vez, antes de liberar o acesso desse funcionário. Nesse sentido, é uma grande aliada da segurança digital de uma empresa.
Como os supervisores e especialistas de TI não poderão verificar as autenticações pessoalmente, dificultar o acesso de pessoas não autorizadas se torna mais importante. No trabalho remoto, a autenticação do colaborador deve ser dupla, no mínimo.
3. Conscientize os colaboradores sobre dados salvos
Ter dados salvos no próprio notebook pode ser um facilitador para muita gente, já que não será preciso logar toda hora para ter acesso às informações da empresa. Contudo, esse comportamento deve ser desencorajado no trabalho remoto.
Caso o notebook seja roubado, por exemplo, o criminoso terá acesso facilitado a logins, documentos, arquivos e informações confidenciais da empresa. Ele pode até mesmo visualizar dados dos clientes da organização, principalmente se o equipamento estiver conectado à nuvem corporativa.
Além disso, argumente com os colaboradores que isso também coloca em risco a própria saúde financeira dele. Isso porque o criminoso terá acesso a dados de cartões de crédito, senhas e e-mail pessoal.
4. Acompanhe a atividade de rede
Adote sistemas de monitoramento de rede para detectar automaticamente comportamentos suspeitos na rede corporativa. Essa identificação é capaz de prevenir ataques em seus estágios iniciais.
5. Tome cuidado com os dispositivos móveis
O colaborador deve evitar usar seu smartphone ou tablet pessoal para acessar informações da empresa. O ideal é que eles só utilizem dispositivos já criptografados e protegidos remotamente, de modo a manter a integridade dos dados corporativos.
6. Adote a computação em nuvem
Salvar arquivos e documentos em um banco de dados na nuvem tem várias vantagens, como a facilidade de consulta e a capacidade de contratar um serviço mais serviço conforme o crescimento da empresa. É uma tecnologia escalável, que conta com equipes especializadas para combater possíveis invasões.
Além disso, usar a nuvem é bem mais seguro do que salvar informações em dispositivos físicos. Embora os pen drives não sejam tão populares como antigamente, eles ainda são utilizados pela sua portabilidade e facilidade de transporte.
Entretanto, a perda de um deles pode comprometer informações vitais, entregando-as a pessoas mal-intencionadas. A nuvem oferece um serviço mais seguro, mas ainda é necessário tomar cuidado com o acesso remoto dos colaboradores. É preciso desincentivar o salvamento de logins por meio de senha, por exemplo.
Importância da conscientização sobre segurança
Para conscientizar os colaboradores sobre os comportamentos a evitar e os hábitos a abandonar, a conversa precisa ser franca e direta. Mesmo no trabalho remoto é possível marcar reuniões para reforçar a política de cibersegurança da empresa.
É preciso que essa preocupação se espalhe por toda a organização. Se essa preocupação ficar restrita apenas aos profissionais que têm contato direto com a tecnologia e aos líderes, um vazamento pode ocorrer por meio do computador de um funcionário que não foi informado sobre as iniciativas.
Tipos de segurança cibernética
A segurança cibernética não se concentra apenas na rede, mas em uma série de ativos digitais que fazem parte do negócio. Por isso, ela se divide em:
- segurança de rede;
- segurança de aplicativos;
- segurança de dados;
- segurança da nuvem;
- segurança dos controles de acesso;
- segurança de endpoints;
- segurança da infraestrutura essencial;
- entre outras.
Embora o vazamento de dados confidenciais seja um dos principais problemas, essa divisão mostra que é preciso lidar com a proteção de outras partes da infraestrutura tecnológica. A política de cibersegurança precisa ser abrangente e transparente para funcionar.
Desafios da segurança cibernética no trabalho remoto
Alguns dos desafios de segurança digital para o trabalho remoto são os seguintes:
- implementação de controles de acesso;
- conscientização sobre a política de cibersegurança da empresa. Os colaboradores podem até entender que é preciso proteger os sistemas, mas uma falta de direcionamento claro acaba fazendo esses planos se perderem;
- uso de senhas e licenças, incluindo o incentivo à biometria;
- implementação da autenticação multifator, que pode ser considerada complicada pelos colaboradores. Ensine a eles que não é difícil usar a biometria em conjunto com o pin, por exemplo;
- uso de criptografia de ponta a ponta, que impede que pessoas não autorizadas leiam mensagens importantes;
- segurança de endpoints, como a implementação de programas de proteção contra malware e vírus em dispositivos finais, como os celulares, computadores e notebooks;
- firewalls configurados para acessos externos seguros;
- uso de redes públicas de wi-fi, que expõem a rede corporativa a ataques. É preciso conversar com os colaboradores e fazê-los entender que não é seguro usar redes que possam ser acessadas por qualquer um.
Agora que você conheceu as nossas dicas de segurança cibernética, já pode desenvolver uma política mais ampla para a sua empresa. O trabalho remoto é um modo de atrair e manter colaboradores talentosos, que preferem a liberdade de trabalhar fora do escritório. Contudo, é preciso que as ações de proteção digital sejam assimiladas e agregadas à cultura organizacional.
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