Economia, rotina e flexibilidade. Pelo que tudo indica, o trabalho híbrido veio para ficar. O modelo é apenas um dos muitos desdobramentos da transformação digital. Por isso, muitas empresas ainda estão tentando se adaptar às novidades, buscando alguma forma de organização para retomar a previsibilidade.
Por isso, criamos este texto especial sobre o tema. O objetivo é esclarecer os principais pontos no assunto. Aqui, você entenderá o que é o trabalho híbrido, como esse modelo funciona, quais os cuidados ao implementar a modalidade, e como mensurar os resultados desta decisão. Então, não perca tempo e acompanhe!
O que é e como funciona o trabalho híbrido?
O modelo híbrido é mais um passo na direção da flexibilização do trabalho, que é uma tendência natural em um futuro cada vez mais digital. A começar por 2020, o mundo atravessou uma transformação profunda, com a pandemia e o distanciamento social colocando muitas empresas em um “teste de fogo”.
A popularização do trabalho remoto
Para conciliar a necessidade do distanciamento com a urgência de trabalhar, produzir e gerar renda, muitas empresas abraçaram a transformação digital e deram seus primeiros passos no que chamamos de trabalho remoto. Essa foi a época da popularização do home office, dos tours digitais e das videoconferências.
No entanto, com a superação da pandemia, muitas empresas ficaram tentadas a retornar ao modelo anterior, o trabalho presencial. Por outro lado, a classe profissional não parecia pensar da mesma maneira, pois o ganho em qualidade de vida e tempo pessoal foi substancial.
O conflito de interesses
Como se não bastasse isso, inúmeros estudos e relatórios publicados antes, durante e depois da pandemia demonstraram um ganho substancial de produtividade e eficiência nas empresas que adotaram o trabalho remoto, justificado pela elevação do bem-estar e na redução do estresse dos colaboradores.
O cenário que temos hoje em boa parte das empresas é uma forma de compromise, um meio-termo entre ambas as modalidades. Para as gestões, a falta do presencial afetou a forma de fazer negócios. Do ponto de vista objetivo, a produtividade aumentou. E no argumento dos funcionários, a qualidade de vida subiu.
O trabalho híbrido
Foi nesse cenário que se chegou ao trabalho híbrido, uma modalidade flexível, e que permite que o colaborador escale dias da semana para trabalhar em casa, e nos demais, no escritório. A modalidade não é exatamente nova, e já era implementada por grande parte de profissionais em cargos criativos e tecnológicos.
Mas agora, a modalidade é incorporada por boa parte das empresas brasileiras e internacionais, sobretudo entre aquelas que não queriam abrir mão de seus profissionais, mas também não queriam abandonar a segurança do modelo presencial — e foi assim que o trabalho híbrido se tornou tão popular.
Quais os cuidados a serem tomados com o trabalho híbrido?
No entanto, como toda decisão gerencial, é preciso avaliar os pontos positivos e negativos. Em nossa visão, a migração para o trabalho híbrido, ou até mesmo completamente remoto, conta com uma série de benefícios, mas ainda assim, é preciso ajustar as expectativas em relação a alguns pontos. Acompanhe!
1. Aprimoramento da comunicação
Para muitos, a principal perda para o modelo remoto e híbrido é a queda na interação e engajamento entre as equipes. Para contornar isso, é preciso fortalecer a comunicação, investindo em boas ferramentas e softwares colaborativos, além de garantir que todos tenham acesso a boa conectividade durante as reuniões.
2. Priorização do desenvolvimento e aprendizagem
De muitas formas, os modelos remoto e híbrido são caminhos sem volta, tanto por uma questão econômica, quanto por ser o futuro do trabalho. Por isso, é preciso adotar a decisão com comprometimento, capacitando os funcionários para o uso das novas ferramentas e instituindo o modelo como a nova normalidade.
3. Investimento em segurança de dados
Esse é um dos maiores desafios da gestão. Com o trabalho remoto, o acesso a sistemas, dados e informações sensíveis das empresas passa a ser feito, muitas vezes, pelos computadores pessoais dos usuários, o que pode elevar o risco de invasões ou até mesmo do uso negligente e inapropriado de informações e ferramentas.
4. Avaliação de desempenho
No modelo presencial, monitorar fatores como assiduidade, desempenho e aplicação costuma ser muito mais fácil. À distância, é preciso investir em sistemas que cumpram essa supervisão, e estimulem a produtividade e a eficiência dos colaboradores, seja por meio da gamificação ou de outros mecanismos e incentivos.
5. Adoção das ferramentas certas
O trabalho remoto exige uma adaptação considerável no lado do software. À distância, é preciso contar com plataformas e ferramentas compatíveis, que permitam a interação, o engajamento e o trabalho colaborativo entre diferentes membros e departamentos. E, para isso, é preciso escolher as ferramentas adequadas.
Como mensurar os resultados da implementação?
Tanto o trabalho remoto quanto o híbrido oferecem diferenças visíveis para qualquer gestão, seja a curto, médio ou longo prazo. Em nossa visão, sem sombra de dúvida, as mudanças mais substanciais ocorrem no lado operacional e financeiro das empresas.
Do ponto de vista operacional, há uma transformação profunda. A tendência é observar uma queda em ociosidade, pois não há muito espaço para perda de tempo. Digitalmente, reuniões têm começo, meio e fim definido, e todo mundo sai delas com uma meta clara para ser alcançada.
O resultado em escala desse modelo proporciona um ganho de produtividade expressivo, tanto na velocidade com que as demandas são atendidas, como na qualidade dos resultados operacionais, visto que os profissionais trabalham com maior conforto e aplicação em um ambiente no qual estão confortáveis.
E isso reflete em praticamente todos os segmentos, como vendas, atendimentos, suporte, desenvolvimento, gestão, comunicação ou afins. E por outro lado, há uma diferença expressiva no campo financeiro. Muitas empresas, que adotaram o trabalho remoto por completo, findaram contratos de locação da sala comercial.
Mas, para quem ainda aposta no híbrido, isso não é uma possibilidade. Ainda assim, o custo operacional de gerenciar uma sede física é reduzido, pois há uma redução do consumo de energia, água, gás, rede, alimentos e por aí adiante.
Além disso, como o trabalho híbrido é acompanhado por alguns investimentos pontuais em tecnologia de produtividade e automação, o ganho em eficiência acaba estimulando as empresas a adotarem equipes cada vez mais enxutas e qualificadas, otimizando a folha salarial e produzindo mais com menos.
Como você pôde ver, o trabalho híbrido oferece uma série de vantagens expressivas para a qualidade da sua gestão. No entanto, é muito importante ponderar essa transição e não fazê-la de maneira precipitada. Afinal, é preciso considerar a proteção dos dados operacionais e os retornos possíveis com essa implementação.
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