
Os serviços de cloud computing fizeram com que a infraestrutura, os softwares e o armazenamento se tornassem remotos. Isso significa que as empresas deixaram de ter o controle físico sobre esses elementos, o que gera muitas dúvidas sobre a segurança na nuvem e a proteção dos dados da companhia.
Pensando nisso, decidimos elaborar este post para trazer essas questões à tona. Nele, contaremos o que os provedores de cloud computing têm feito ou podem fazer para proporcionar essa segurança e como você pode ter certeza de que os dados da sua empresa estão protegidos. Confira!
1. Quais são as diferenças entre segurança na nuvem e segurança de TI?
A primeira questão sobre o assunto é definir porque a segurança na nuvem precisa ser tratada de forma diferente dentro de um planejamento de gestão de TI.
No caso da manutenção tradicional de servidores e sistemas on-premises, toda a responsabilidade de implementar, manter e proteger a infraestrutura recai sobre a equipe externa, que precisa manter os dados sempre disponíveis, organizados e livres de qualquer ameaça.
Com a importância cada vez maior dos dados para o sucesso de empresas, cobrir todas essas necessidades mantendo alto desempenho vem se tornando algo difícil. É por isso que a nuvem se consolida como a solução mais popular para o futuro.
No caso de sistemas e recursos em cloud computing, a responsabilidade por manter, atualizar, disponibilizar e proteger a infraestrutura fica por conta do serviço terceirizado. Dessa maneira, sua equipe de TI tem espaço para focar em implantação e monitoramento de produtividade.
Nesse contexto, a segurança na nuvem se torna um serviço plural e coletivo, diferente do que tínhamos há uma década. Além disso, a própria natureza remota da tecnologia permite a inclusão de serviços e ferramentas de monitoramento automatizado, que auxiliam muito a visão do gerente de TI.
Assim, mais pessoas tomam conta de algo que é tão importante para o negócio do qual você faz parte: as informações que servirão como origem e medição de novas estratégias.
2. Quais são os benefícios do armazenamento na nuvem?
Essa pergunta é uma oportunidade interessante para reforçar algo que, geralmente, leva a um olhar equivocado de profissionais: a própria segurança na nuvem é um de seus maiores benefícios.
Nesse sentido, o cloud computing se apresenta como uma solução ainda mais segura do que a infraestrutura própria, já que ela agrega inteligência, automação e desempenho ao seu gerenciamento.
Mas essas não são as únicas vantagens da nuvem. Existem alguns outros pontos relevantes que facilitam e potencializam o trabalho de um gestor de TI:
- investimentos iniciais bem mais baixos e previsibilidade de retorno;
- flexibilidade da demanda para atender ao orçamento ou do investimento para atender à demanda;
- liberdade produtiva para todos os departamentos, oferecendo sistema e softwares remotos;
- gerenciamento inteligente, com histórico de mudanças e monitoramento de edições em dados importantes;
- mais ferramentas de colaboração entre profissionais e equipes;
- potencialização da capacidade produtiva de hardware empresarial;
- escalabilidade;
- tempo reduzido de entrada no mercado.
Esses são apenas alguns exemplos de vantagens que a cloud traz para uma empresa. A ideia é tirar da TI interna a preocupação com a infraestrutura, oferecendo recursos com performance e disponibilidade remotamente.
Assim, todo o tempo e esforço que seriam gastos nessa área podem se voltar para melhora na qualidade do sistema e da produtividade, possibilitando inovação e disrupção para o core do negócio.
3. Como o provedor mantém a confidencialidade das informações?
A tecnologia dispõe de recursos de criptografia que isolam os dados entre o destino e a origem, como se houvesse um túnel virtual que separasse as suas informações de todas as outras que estão circulando na rede.
Isso significa que a criptografia “embaralha” as informações enquanto elas são transmitidas e só monta o quebra-cabeça novamente no momento em que os dados são entregues ao destinatário final. No entanto, isso não é tudo.
Para manter a confidencialidade dos seus dados, é preciso saber quais são os funcionários (seus e do provedor) que terão acesso a eles e que ferramentas serão usadas para gerenciar a permissão.
É fundamental que o provedor de nuvem ofereça um registro detalhado de auditoria. Com ele, você poderá ver claramente quem acessou os dados, o que fez, quando realizou a ação e a partir de qual equipamento ou dispositivo.
Relatórios de cadeia de custódia e a definição de um fluxo de trabalho de exclusão seguro também são muito importantes para evitar que seus dados sejam apagados acidentalmente.
4. O provedor é o único responsável pela segurança da nuvem?
Definitivamente, não! Embora um bom provedor tenha a responsabilidade de implementar barreiras — antivírus, firewalls, procedimentos — sabemos que a efetividade desses elementos de proteção pode ser comprometida devido à conduta humana.
Os funcionários que acessam a rede precisam ser constantemente alertados a respeito das condutas de risco, como o Shadow IT. Além disso, a empresa precisa avaliar e cuidar da segurança dos dispositivos móveis utilizados para acessar os dados.
Essa é, inclusive, uma preocupação frequente das organizações que implantam o BYOD. Por isso, é importante recorrer a especialistas em mobilidade empresarial. Eles avaliam a segurança dos dispositivos e configuram aplicativos e atualizações de forma segura.
5. Quais cuidados tomar com o armazenamento na nuvem?
Se a TI continua sendo responsável pelo armazenamento e a utilização dos dados na nuvem, a dúvida que sempre surge é como garantir, da sua parte, que as informações importantes para a sua empresa estarão sempre protegidas e disponíveis.
Existem algumas ações possíveis para melhorar esse gerenciamento. A seguir, citaremos em tópicos algumas delas.
Escolha um provedor confiável
Talvez essa seja uma dica que permeie todas as suas dúvidas sobre o assunto. Por mais que você consiga gerenciar e monitorar o uso de dados armazenados, um sistema de nuvem é tão seguro quanto a qualidade da empresa provedora.
Portanto, encontrar serviços consolidados e comprovadamente preocupados com a proteção de dados é um primeiro passo importante. Nada de arriscar ou investir no escuro!
Eduque a empresa
Uma questão interessante de se analisar na proteção de dados em nuvem é que grande parte do comprometimento de informações corporativas não são provenientes de invasões à força ou identificação de brechas. Elas vêm dos próprios colaboradores.
A engenharia social é o método mais utilizado de invasão de sistemas. Basta um anexo malicioso aberto ou o login em uma página de phishing para expor a sua empresa a um risco difícil de ser identificado.
Nesse caso, você não tem escolha: só com educação e conscientização é possível proteger os dados. Para isso, converse com o RH sobre ações e planos de comunicação que alertem todos os departamentos sobre esse perigo.
Cuide das senhas e da autenticação
Uma forma de evitar problemas é proteger o usuário dele mesmo, obrigando a utilização de senhas fortes, que são muito difíceis de serem quebradas.
No caso da engenharia social, a autenticação de duas etapas é muito efetiva para proteger o armazenamento na nuvem. Mesmo que o colaborador caia em um phishing, por exemplo, o criminoso não consegue acessar o sistema sem ter o dispositivo ou e-mail exigido para completar o login.
Use ferramentas de monitoramento de uso
Você já sabe da importância da estruturação do armazenamento — tanto para facilitar seu acesso quanto sua segurança. Então, vamos falar sobre como fazer esse controle depois de um banco de dados arquitetado.
Monitorar é a chave para o sucesso de uma cloud segura. As provedoras oferecem ferramentas de acompanhamento na maioria dos casos e, portanto, cabe a você implementá-las na rotina da TI.
Históricos, logs, alarmes de anomalias na entrada de dados: é esse tipo de funcionalidade que torna um sistema inteligente para a proteção. Com protocolos bem definidos de ação e reação para comprometimento, você identifica rapidamente uma brecha e tem como agir antes que o dano seja prejudicial de verdade à empresa.
6. Quais são os cuidados com o backup?
Antes de falarmos especificamente sobre o provedor, precisamos destacar que a computação em nuvem realiza um protocolo de backups muito mais eficiente que a TI local — pelo menos em grande parte das organizações.
Isso porque, nas empresas em geral, é muito frequente haver um descuido com os protocolos de backup. A correria para apagar os incêndios do dia a dia faz com que eles não sejam realizados com a periodicidade recomendada, podendo causar a perda de dados em caso de incidente.
Os provedores de cloud não trabalham assim. Ao armazenar seus dados na nuvem, um bom provedor já realiza procedimentos que alocam essas informações em mais de um local, para garantir que sejam restauradas em caso de incidentes.
7. Como um provedor de cloud lida com os casos de emergência?
E, por falar em incidentes, este é um tópico extremamente importante. Uma das vantagens da computação em nuvem é justamente o fato de que seus mecanismos evitam a perda de dados em caso de incidentes (inundações, incêndios) ou roubo de equipamentos.
Entretanto, para ter essa garantia, você precisa se certificar de que o seu provedor realmente conta com servidores remotos, em lugares distantes entre si e que as suas informações serão registradas nessas diferentes opções.
Nesse contexto, é indispensável que o fornecedor de cloud conte com recursos para replicar os dados e a estrutura em locais diferentes e distantes. Se isso não acontece, ele não é suficientemente seguro para garantir a proteção de informações em situações emergenciais.
8. Como posso escolher um bom provedor de cloud?
A nuvem é segura? Com certeza! No entanto, você sempre verá um alerta nos textos: “um bom provedor…” O mercado conta tanto com serviços sérios quanto com empresas pouco estruturadas e, por isso, é fundamental saber avaliá-los.
Algumas questões que você pode observar antes de contratar um serviço são:
- se a empresa tem um programa estruturado para garantir a segurança da informação — é preciso descrever de forma exata os mecanismos de proteção, definir uma equipe focada na preservação dos seus dados e procedimentos de resposta a incidentes;
- quais são os procedimentos para detectar e reparar vulnerabilidades, como varreduras regulares, ferramentas de integridade de arquivos e identificação de anomalias;
- quais são os padrões de segurança que a empresa segue, como a Política de Segurança do CIS e a ISO 27001. Além disso, o provedor deve entregar certificados e relatórios de auditoria que atestam sua conformidade;
- se a empresa tem saúde financeira para continuar funcionando pelo tempo necessário para um contrato de longo termo;
- qual é a medida de desempenho da empresa, ou seja, se ela tem um histórico comprovado de bom atendimento e suporte aos clientes.
9. A nuvem está livre de ataques DDoS?
Em um ataque DDoS (Distributed Denial of Service), hackers utilizam computadores mestres para ter o controle de computadores “zumbis”. Assim, eles começam a acessar ininterruptamente determinado recurso de um servidor.
Esse servidor fica sobrecarregado e impossibilitado de atender qualquer pedido. Dessa forma, ele será reiniciado ou ficará travado, dependendo do recurso que foi alvo do ataque dos hackers.
Como isso afeta um negócio? Os serviços ficam indisponíveis, o que pode prejudicar as operações internas ou o acesso de clientes. Neste último caso, pode ocorrer um prejuízo também à imagem da organização.
Infelizmente, nenhuma empresa está a salvo desse tipo de ataque. Porém, as chances de ele atingir um provedor em nuvem são menores do que de comprometerem a operação de um servidor local.
Um provedor de nuvem está sempre investindo em mecanismos de segurança atualizados. Eles são capazes de identificar até mesmo ações dissimuladas como essas, que seriam indetectáveis com os recursos e antivírus tradicionais.
Além disso, quanto mais forte o servidor — provedores de cloud computing têm equipamentos mais potentes —, mais difícil será utilizar seus recursos a ponto de esgotá-los e derrubá-los.
10. E se a segurança na nuvem falhar?
Embora um bom provedor tome todas as precauções necessárias para garantir a segurança da nuvem, não é possível afirmar que problemas não podem acontecer em algum momento.
Isso acontece não só em relação à nuvem. Já acompanhamos notícias de que hackers coordenaram um ciberataque de ransomware que afetou quase 100 países e conseguiram sequestrar dados de empresas gigantescas. Portanto, nada é totalmente à prova de falhas.
O fato é que não se pode impedir todas as ameaças, mas é possível monitorá-las. E o primeiro passo é utilizar sistemas automatizados de controle que detectam rapidamente padrões irregulares de dados e sinalizam que uma invasão está acontecendo. Quando essa notificação ocorre imediatamente, a empresa pode responder rapidamente ao incidente para barrar o ataque e minimizar os danos.
11. Os computadores da empresa podem ter algum papel na segurança da nuvem?
Mesmo que a nuvem seja uma infraestrutura remota, rodando em servidores terceirizados, o uso e a segurança pela empresa podem depender bastante dos dispositivos utilizados para esse acesso.
Computadores seguros são máquinas atualizadas, de bom desempenho e preparadas para o uso corporativo. Também são atualizadas constantemente e contam com ferramentas para monitoramento local da utilização do seu sistema.
Então, além de encontrar a melhor empresa provedora, reserve uma parte do seu investimento para computadores corporativos de qualidade. Afinal, a segurança na nuvem depende de um bom provedor, boa infraestrutura, uma boa equipe de TI e colaboradores preparados.
Com essas informações, podemos concluir que, para garantir a segurança, todas as etapas necessárias devem ser realizadas com atenção e a empresa deve contar com serviços de qualidade. Comece a planejar a sua migração e, quando menos esperar, toda a empresa estará rumo à transformação digital.
E então, este conteúdo foi útil? Se você ainda tem alguma dúvida sobre o assunto, deixe nos comentários que a gente responde!