
Devido à transformação digital, as tentativas de invasões e ataques cibernéticos tendem a aumentar no meio corporativo. Por isso, a análise de vulnerabilidade é um procedimento que deve fazer parte da rotina das empresas. Afinal, é fundamental entender detalhadamente a natureza de tudo o que pode comprometer a segurança de dados do negócio e, por consequência, a sua reputação.
Mas de que forma as vulnerabilidades são identificadas? Quais os passos desse processo? Quais ferramentas precisam ser empregadas? Ao longo deste texto, vamos esclarecer todos esses pontos, explicando para você a necessidade e as vantagens de analisar vulnerabilidades.
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Como identificar vulnerabilidades
Tudo começa pela coleta de informações. Por meio do inventário de ativos, é possível catalogar todos os dispositivos, sistemas, softwares e serviços em uso. Além disso, é importante incluir neste documento os servidores, aplicativos móveis e serviços em nuvem.
Outra prática importante de coleta é o mapeamento ou topologia de rede. Nele, deve-se incluir os endereços IP, sub-redes e interconexões entre os dispositivos. Confira os principais passos a seguir.
Análise
Para esse procedimento são usadas ferramentas automatizadas, sendo que a intenção é escanear sistemas e redes em busca de vulnerabilidades conhecidas. Também é possível simular ataques reais por meio dos testes de penetração, bem como avaliações de código, que visam encontrar falhas de cibersegurança como:
- injeções SQL;
- XSS;
- buffer overflow.
As configurações dos sistemas e aplicativos também devem ser feitas nesse momento. O objetivo é garantir que as melhores práticas sejam seguidas, como políticas de senha, parâmetros de firewall e permissões de usuário.
Monitoramento contínuo, patches de atualização e testes de conformidade
Para monitorar o tráfego da rede em tempo real, são usados Sistemas de Detecção de Intrusão (IDS) e Prevenção de Intrusão (IPS). Outra forma de detectar atividades suspeitas é pela revisão regular dos logs de sistemas, firewalls e outras ferramentas de segurança.
Com o gerenciamento de patches, busca-se manter todos os sistemas e aplicativos atualizados. Finalizando o subtópico, a realização de auditorias internas e externas também garante que as políticas de segurança estejam funcionando corretamente.
Passos para fazer a análise de vulnerabilidade
É válido reforçar que análise de riscos e vulnerabilidades é um processo sistemático. Logo, envolve várias etapas de identificação, classificação e resolução de problemas em sistemas e redes. Acompanhe, a seguir, os passos básicos!
Planejamento, preparação e coleta das informações
Antes de coletar as informações, é preciso definir o propósito da análise, como identificar vulnerabilidades críticas, avaliar a segurança de um novo sistema ou cumprir requisitos de conformidade.
Em seguida, é feito um escopo específico para a empresa, incluindo as redes, sistemas e aplicativos que serão avaliados. Na etapa de coleta, entram também a elaboração do inventário de ativos e do mapeamento de redes.
Seleção de ferramentas
Existem várias ferramentas para analisar vulnerabilidades, como Nessus, OpenVAS e Qualys. De toda forma, o importante é escolher aquela que seja específica para a infraestrutura e para os requisitos da organização.
Execução da varredura
Configure as ferramentas com os parâmetros corretos, incluindo endereços IP, credenciais, se necessário, e tipos de varredura — se vai ser completa, parcial, interna ou externa. A execução deve estar dentro do escopo definido.
Análise de resultados
Analise os relatórios gerados pelas ferramentas de varredura para identificar as vulnerabilidades detectadas. Em seguida, faça a classificação delas com base na gravidade, no impacto potencial e na probabilidade de exploração.
Nesse sentido, uma recomendação é usar sistemas de pontuação como o CVSS, também conhecido como Common Vulnerability Scoring System.
Importância da análise de vulnerabilidades
Uma organização só tem a real dimensão de um problema cibernético quando ele acontece. Em outras palavras, não é costume das companhias adotar mecanismos de prevenção, como a análise de vulnerabilidade e gestão de riscos, principalmente se não lidam com informações críticas.
Todavia, há outras questões envolvidas. Uma delas é a reputação do negócio, que fica comprometida quando ocorre algum sinistro, como a invasão de um sistema ou o roubo de dados. Em geral, a opinião pública tende a atribuir o fato ao pouco cuidado que a empresa teve em relação à segurança cibernética.
Na esteira da reputação entra também o cumprimento da legislação. A LGPD já está em vigor há algum tempo, inclusive prevendo punições para as companhias que não conseguirem resguardar de forma adequada os dados de clientes, fornecedores e colaboradores.
Do ponto de vista mais técnico, os ataques cibernéticos e outros sinistros acontecem quando uma vulnerabilidade não é combatida. Ou seja, sem monitorar, identificar e classificar, essa brecha se torna uma ameaça real, aumentando, inclusive, o custo da mitigação.
Portanto, investir em ferramentas de análise ajuda a empresa a não perder dinheiro no futuro devido a um ataque cibernético. Por mais que seja preciso tirar do caixa e até comprometer um pouco o orçamento a curto prazo, esse é um tipo de investimento que com certeza se paga, tendo em vista os seguintes fatores:
- a perda de reputação implica na retenção de menos clientes, reduzindo a receita da companhia;
- multas decorrentes da LGPD;
- o próprio custo para eliminar os efeitos de um ataque cibernético.
Ferramentas que podem ser utilizadas
O Nessus é uma ferramenta de escaneamento de vulnerabilidades, responsável pela varredura de redes, sistemas operacionais e aplicativos que está disponível para Windows, macOS e Linux, permitindo a identificação de diversos problemas. Além disso, como opção de código aberto, temos o OpenVAS, que gera relatórios detalhados.
Por sua vez, o Qualys é uma plataforma de segurança baseada em nuvem, oferecendo varreduras como parte de um conjunto maior de ferramentas de segurança. Com ele, é possível detectar vulnerabilidades em redes, aplicativos web e dispositivos, inclusive com monitoramento contínuo.
Por fim, outra ferramenta muito conhecida de análise é o Wireshark. Basicamente, ele funciona por meio de capturas e análise de pacotes na rede, com detecção de anomalias de tráfego e diagnóstico de problemas. Assim como o Nessus, o Wireshark é uma ferramenta multiplataforma.
A análise de vulnerabilidade, como visto no texto, ajuda empresas e organizações a manter seus aplicativos, sistemas e redes protegidos. A Positivo Tecnologia compreende isso, oferecendo equipamentos capazes de fornecer tudo o que o negócio precisa em termos de desempenho, agilidade, personalização e segurança da informação.
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