Nos dias atuais, garantir a segurança da rede e dos dados institucionais é uma das prioridades centrais das empresas. Por isso, considerando essa necessidade, elaboramos este material exclusivo sobre o assunto. O objetivo é ajudá-lo a entender tudo que você precisa saber sobre um ataque ransomware — e como agir diante desse cenário.
Com esse intuito, respondemos às principais dúvidas acerca do tema. Neste post, você descobrirá o que são os ataques ransomware e como evitá-los e, inclusive, entenderá os riscos dessa ameaça e os prejuízos que um ataque pode trazer para a sua operação. Continue a leitura!
O que é um ataque ransomware?
Como boa parte dos conceitos computacionais, ransomware é uma expressão inglesa, que combina duas palavras em uma só. “Ransom” é um termo que, em português, significa “resgate”. Como você pode imaginar, essa é a palavra utilizada para designar quando um infrator exige uma quantia para a soltura de um refém, por exemplo.
Já “ware” é o sufixo de malware, softwares e scripts maliciosos que se comportam de maneira oculta e prejudicial ao usuário e à integridade da sua máquina. No Brasil, ficaram conhecidos como vírus de computador, tratando-se de uma categoria muito abrangente, que engloba uma série de técnicas e formatos de infecção e de ataque aos sistemas afetados.
Afinal, o que fazem os ransomwares e o que impactam em uma empresa?
O ransomware, em especial, é uma modalidade de malware, e a sua estratégia operacional está diretamente ligada ao seu nome — o vírus que pede resgate. Na premissa do sequestro de pessoas, a integridade da vítima é colocada em risco, a menos que seja pago um resgate ao infrator. Na computação, o funcionamento é praticamente o mesmo.
No entanto, o objeto feito de refém são os sistemas e os bancos de dados operacionais de uma empresa. Quando bem-sucedido, um ataque ransomware é capaz de infectar uma máquina e, uma vez “inoculado” dentro do sistema operacional, ele executa um script, que, programaticamente, realiza uma série de funções estratégicas para o ataque.
Em geral, as ações executadas acontecem em segundo plano, sem que o usuário perceba. Nos bastidores, o script malicioso criptografa uma grande unidade de dados, como um HD, um SSD ou até mesmo um servidor. Com isso, bloqueia a operacionalidade da máquina.
Após essa primeira etapa, o script projeta em tela uma interface visual, comunicando que o desbloqueio da unidade só ocorrerá mediante o pagamento de uma quantia, a ser enviada por meio de um ativo indetectável. Na verdade, esse é apenas um exemplo bastante simples de como isso funciona, geralmente acometendo as pequenas empresas.
No caso das grandes organizações, por outro lado, é comum que os grupos responsáveis por esses ataques invistam muito mais tempo na elaboração de uma estratégia. Na prática, eles ganham acesso à rede interna da companhia e investigam, com o tempo, quais são os pontos mais vulneráveis e sensíveis para a operação.
A partir dessas informações, o grupo infrator pode elaborar um script ainda mais preciso e direcionado, tornando vulnerável um número maior de dispositivos e, potencialmente, criando riscos e gerando prejuízos mais significativos para a operação institucional, estimulando o pagamento do resgate. Mas, como destacamos, esse é um exemplo mais raro e “sofisticado”.
Quais são os tipos de ransomware?
Um ransomware não é sempre o mesmo. É por isso que as suas ramificações continuam assombrando tanto empresas quanto usuários individuais até hoje. A seguir, vamos conhecê-los.
Scareware
O scareware é representado por softwares falsos de segurança e fraudes no suporte técnico. A mensagem que desencadeia o ransomware pode ser disponibilizada por meio de um pop-up, com a afirmação de que um malware teria sido descoberto e de que você precisaria pagar para removê-lo.
Caso você não faça nada, os pop-ups continuarão aparecendo em sites de origem duvidosa. O ideal é não clicar em nada e evitar voltar a visitar essas páginas para manter os seus arquivos seguros.
Bloqueadores de tela
Quando um ransomware de bloqueio de tela se instala em um computador, torna-se impossível acessar a máquina. É comum que apareça um selo de algum órgão oficial, como o de um departamento de justiça ou até do FBI — essas mensagens são falsas e exigem o pagamento de uma “multa”.
Nesse caso, basta lembrar que, normalmente, os órgãos de controle não impedem o acesso ao computador ou pedem pagamentos. Isso é válido mesmo que supostas atividades ilegais tenham sido executadas pelo usuário.
Inclusive, as mensagens reais com os selos desses órgãos, em geral, só aparecem em sites de downloads e de comércio de material que infrinjam os direitos autorais de produtores, por exemplo. O intuito dos bloqueadores de tela é fazer com que o pagamento da “multa” seja imediato, mas o acesso à máquina pode nem ser restabelecido.
Ransomware de criptografia
Nos ransomwares de criptografia, os arquivos da empresa são invadidos e criptografados. De modo similar ao tipo anterior, um pagamento é exigido para que as informações sejam retornadas.
Esse ataque ransomware é especialmente perigoso para as organizações. Afinal, os criminosos podem ter a posse de informações sigilosas e comercializá-las para concorrentes e/ou vazar os dados dos clientes.
Qual é o método mais comum de ataque ransomware?
Um dos métodos mais comuns de ataque ransomware é por meio de um SPAM malicioso, também conhecido como “malspam”. Trata-se de um e-mail não solicitado: com o clique, você acaba expondo a máquina e a rede à entrada de um malware.
Por isso, o ideal é desconfiar de mensagens enviadas por remetentes não verificados e que insistem no download de arquivos, como PDFs, documentos do Word e aqueles cujo nome termina em “.exe”.
Outro método popular de infecção via ransomware é a chamada propaganda maliciosa, ou “malvertising”. Nesse caso, há o uso de publicidade on-line para distribuir malwares, mesmo que exista pouca interação por parte do usuário.
Um exemplo é o anúncio de um suposto game, que acaba direcionando para servidores criminosos. Por isso, o mais recomendável é evitar clicar em pop-ups de sites que você não conheça realmente bem.
Como evitar ataques ransomware nas empresas?
Como foi possível notar, o ataque ransomware é um problema recorrente no ambiente digital atual. No entanto, assim como no universo presencial, é possível minimizar as brechas que dão espaço a esse tipo de ação.
Basicamente, as melhores estratégias envolvem o investimento em tecnologia, em conscientização e em prevenção. Vamos conhecê-las?
Monitoramento constante
Um ransomware não é uma ameaça que se manifesta “magicamente” a partir do vácuo. Para infectar um dispositivo ou uma rede, é preciso que ele seja “convidado” a entrar. Geralmente, isso ocorre durante o download de um anexo suspeito, o acesso de um link duvidoso e a inicialização de um pen drive ou de outra mídia infectada.
O arquivo em uma máquina off-line não é capaz de gerar grandes impactos. No entanto, assim que a conexão com a Internet é estabelecida, o script pode se comunicar com a rede que origina e orienta esse ataque a distância.
Normalmente, isso não passa despercebido, especialmente se você tiver uma equipe de rede e cibersegurança atenta a todo tipo de comunicação e evento estranho.
Alfabetização tecnológica
A gestão de TI pode fazer tudo certo, investindo em softwares, ferramentas e profissionais para garantir que todos os processos estejam funcionando perfeitamente, sob um monitoramento constante. No entanto, esse esforço vai por água abaixo se, frequentemente, a organização sofrer ataques ransomware por conta da falta de orientação tecnológica dos seus colaboradores.
De forma geral, isso inclui a abertura de links suspeitos, o download de anexos duvidosos e qualquer tipo de interação com arquivos e páginas externas à operação da empresa e evidentemente questionáveis. Por isso, é muito importante investir na conscientização das equipes, promovendo seminários de alfabetização tecnológica, de boas práticas e de identificação de ameaças.
Investimento em antivírus
É também fundamental contar com boas soluções preventivas e reativas contra todos os ataques. É por essa razão que as empresas devem investir no licenciamento de bons softwares de segurança eletrônica, contratando antivírus que sejam referências no mercado, em termos de qualidade, de usabilidade, de monitoramento e de suporte.
Investimento em soluções de backup
Por último — e mais importante —, é altamente recomendável investir em soluções que deem a oportunidade de implementar um plano B com segurança e velocidade. Em outras palavras, o backup.
Se você mantiver um espelho dos dados operacionais da empresa atualizado em tempo real, mesmo que um ataque ransomware consiga tornar os seus sistemas vulneráveis, bastará recorrer ao backup.
Como remover um malware?
Caso o malware que você esteja combatendo seja um scareware, basta entrar no “Modo de Segurança” do sistema operacional da máquina e rodar um antivírus. No entanto, se o vírus estiver impedindo que o sistema seja aberto, será preciso restaurá-lo.
Como o Windows 10 ainda é, de longe, o sistema operacional mais utilizado no país, a seguir, vamos mostrar um passo a passo de como restaurar o computador e, consequentemente, remover o ransomware nessa configuração. Confira:
- ao ligar o computador e vê-lo iniciar aquela tela de login no Windows, clique na tecla “Shift” e, após, no ícone de energia. Em seguida, selecione a opção “Restaurar”;
- depois, selecione as opções “Solução de Problemas”, “Opções Avançadas” e, finalmente, “Restauração de Sistema”.
Caso o problema persista mesmo após essas etapas, uma boa medida é abrir um antivírus por meio de um disco externo ou de um pen drive, garantindo que o equipamento não esteja conectado à Internet. Em último caso, a melhor alternativa é buscar ajuda profissional de parceiros para assegurar a segurança total dos seus dados e da rede corporativa.
Como um ataque ransomware pode prejudicar as empresas?
Por fim, vale destacar como esses ataques provocam prejuízos substanciais a uma gestão, principalmente em relação a negócios que não investem em cibersegurança. Em muitas operações, o ataque implica dias e até semanas de inatividade, o que ocasiona prejuízos milionários em perda de estoque, vendas e competitividade.
Já para as empresas que investem de maneira contundente em segurança, isso normalmente não é um grande problema.
Como vimos, em um mundo cada vez mais digital, investir em cibersegurança e no combate a todo tipo de ataque ransomware é fundamental para a sua estabilidade operacional no mercado. Assim, tanto informações estratégicas quanto dados críticos, inclusive de clientes da marca, estarão protegidos.
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