Gestores de TI do mundo inteiro viram o seu trabalho ser direcionado cada vez mais para a segurança da informação nos últimos anos. E, no centro desse tipo de estratégia, o grande ponto de atenção é o controle de acesso a plataformas e dados corporativos.
Dentro desse contexto, a autenticação em dois fatores é um dos pilares de proteção de sistemas. Mas como implementar e utilizar essa funcionalidade com sucesso?
Neste artigo, vamos responder a todas as dúvidas mais comuns sobre o assunto, desde o conceito de autenticação em dois fatores até a utilização prática na rotina de negócios. Confira!
Como funciona a autenticação em dois fatores?
A autenticação em dois fatores, também conhecida pela sigla 2FA, é um termo amplo que se referencia a qualquer tipo de verificação de acesso que utilize mais de um elemento credencial para garantir a legitimidade do usuário. Pode, inclusive, ser aprofundado para uma autenticação de múltiplos fatores, quando são usadas 3 ou mais etapas nesse processo.
O primeiro fator geralmente é o uso de credenciais básicas de acesso, quando o usuário coloca seu login e senha. Ao validar essa primeira etapa, o sistema solicita uma credencial extra de autenticação que envolva outro sistema, conta ou dispositivo associado àquele usuário.
O objetivo é que o usuário confirme sua identidade, mesmo que tenha posse de credenciais legítimas. O método mais comum é a geração de um código aleatório e único, que deve ser inserido pela pessoa para completar o processo de validação.
Como o usuário receberá esse código varia de sistema para sistema. Um modelo comum é o envio de SMS ou validação automática em um aplicativo associado a um celular, fazendo com que apenas a pessoa de posse da senha e do aparelho possam visualizar e manipular dados sensíveis.
Essa autenticação extra também pode ser feita de outras maneiras: link enviado para conta de e-mail, aplicativo da empresa ou plataforma, resposta a perguntas específicas, etc.
Qual sua finalidade e por que ela é importante?
No começo da digitalização de sistemas corporativos, o padrão do mercado, tanto para uso pessoal quanto profissional, era a utilização de apenas um fator de autenticação: a senha.
Mas o aumento da importância e valor de dados para as empresas pressionou-as a buscar formas ainda mais seguras de validação de acesso a sistemas restritos.
Inicialmente, a proposta foi a sugestão ou até obrigação de uso de senhas mais fortes, que não pudessem ser adivinhadas de maneira fácil ou quebradas à força.
Porém, com a evolução da internet e redes sociais, a simples força se tornou irrelevante para a segurança de dados. As técnicas de engenharia social cada vez mais avançadas fizeram com que os próprios usuários, sem perceberem, entregassem seu login e senha a criminosos. A complexidade das senhas não importa, se esses dados são roubados e podem ser utilizados normalmente por pessoas mal intencionadas.
A autenticação em dois fatores foi a resposta para esse problema. Quando se cria uma nova barreira, além da senha, a engenharia social se torna muito menos eficiente, já que não basta uma credencial para o acesso. Isso é algo fundamental para empresas na era digital.
Como a autenticação de dois fatores contribui para a cibersegurança da sua empresa?
No tópico anterior, já falamos bastante sobre a mudança no foco de TI nos últimos anos e a importância da 2FA nesse cenário. Mas podemos reforçar ainda mais sua relevância para a cibersegurança de empresas.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi uma regulamentação legal em resposta a uma demanda crescente por proteção de dados em negócios. Entre vários aspectos sensíveis na relação entre clientes e marcas na era digital, a maior delas é o risco de comprometimento por acesso e utilização indevida dessas informações.
Dentro desse contexto, podemos afirmar que utilizar apenas um fator de autenticação em sistemas corporativos é incompatível com a gestão moderna de empresas.
Desde o acesso em computadores corporativos até a utilização direta de ferramentas e sistemas produtivos, a 2FA dificulta exponencialmente o abuso da infraestrutura por criminosos.
Aliando a autenticação em dois fatores à capacitação dos profissionais, uso de PCs e notebooks voltados para uso empresarial e ferramentas de monitoramento, um negócio reduz consideravelmente as brechas que podem servir de ponto de partida para comprometimento e vazamento de dados.
Em que situações é possível colocar a autenticação em dois fatores?
Idealmente, a TI deve implementar a autenticação em dois fatores para todas as etapas de utilização de sistemas que envolvam dados sensíveis de negócio e de terceiros.
Existem oportunidades de proteção em situações como:
- inicialização de computadores (boot), principalmente naqueles que oferecem biometria;
- entrada em sistemas operacionais, também com utilização de biometria;
- acesso a plataformas de gestão e produtividade;
- acesso a ferramentas de trabalho;
- visualização de dados, relatórios e logs;
- acesso a ferramentas de comunicação corporativa, etc.
Resumindo, quanto mais barreiras a TI proporcionar entre usuários e dados sensíveis, mais protegida está a empresa.
Como gerenciar a autenticação em dois fatores na sua empresa?
Muitos sistemas e plataformas modernos atualmente oferecem opções nativas para a autenticação em dois fatores. O mesmo pode ser dito de computadores corporativos, que incluem biometria para aumentar a segurança.
A implementação e o gerenciamento de 2FA, envolvem, então, algumas etapas. A equipe de TI precisa fazer o mapeamento de pontos mais importantes de acesso, fazer a configuração das medidas apropriadas e capacitar os colaboradores em processos eficientes de validação, demonstrando o papel de cada um na proteção de dados.
Contar com outsourcing de TI também é uma ideia interessante, já que você conta com tecnologia e profissionais especializados na rotina para que seu time interno tenha mais foco no monitoramento e gerenciamento de segurança.
Podemos dizer, hoje, que a autenticação em dois fatores é essencial para o sucesso de negócios, já que está diretamente ligada à confiabilidade no acesso de dados. Portanto, busque os melhores computadores, sistemas e softwares para auxiliar no seu esforço nesse sentido.
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