A sustentabilidade e a adoção de práticas voltadas para a redução de carbono tornaram-se parte essencial da gestão de empresas de diferentes portes e segmentos de atuação. Porém, embora seja um tema urgente e relevante, é comum que os gestores tenham dúvidas sobre como começar.
A redução de carbono tem uma relação direta com a tecnologia de informação. Nesse sentido, a gestão de infraestrutura de TI desempenha um papel crucial, já que as operações tecnológicas de uma organização podem ter um impacto significativo na pegada de carbono.
Neste artigo, você conhecerá mais sobre redução de carbono, estratégias e ações específicas que um gerente de TI pode adotar para promover a sustentabilidade. Tudo isso, é claro, alinhando as operações de TI aos objetivos ambientais da empresa. Acompanhe!
O que é ser Carbon Free?
O termo Carbon Free é utilizado para se referir a uma prática de sustentabilidade na qual as empresas estabelecem meios de gestão e produção que visam alcançar índices de carbono zero ou próximo de zero.
A expressão “pegada de carbono” é usada como medida de análise dos percentuais de emissão de gases de efeito estufa, expresso em dióxido de carbono. Portanto, para que a empresa seja Carbon Free, as emissões de carbono resultantes das suas atividades são compensadas ou reduzidas a zero.
Para atingir esse objetivo é necessário aplicar práticas sustentáveis, como a adoção de energias renováveis, compensação de carbono (como plantio de árvores ou investimento em projetos de redução de emissões) e outras medidas.
Empresas, produtos e pessoas podem aderir ao modelo Carbon Free como parte dos seus esforços para minimizar o impacto ambiental e contribuir para a sustentabilidade do planeta. Essas ações são uma resposta ao desafio das mudanças climáticas, buscando reduzir a quantidade de gases de efeito estufa liberados na atmosfera.
Qual a importância da Carbon Free para as empresas?
A busca por ser Carbon Free tornou-se uma prioridade para muitas empresas devido às mudanças climáticas. Além da responsabilidade ambiental, é importante investir em práticas nesse sentido já que existe uma expectativa do mercado, que volta cada vez mais a atenção para esse segmento.
Os requisitos regulatórios, o impacto nos custos e a atratividade sob o ponto de vista dos investidores também têm peso nessa vigilância. Entenda!
Responsabilidade ambiental
A redução das emissões de gases de efeito estufa demonstra o compromisso da empresa com a agenda climática. Cada vez mais, é necessário garantir recursos para que as demandas ambientais sejam atendidas, assegurando que o negócio está comprometido com o bem-estar da comunidade em que está inserido.
Expectativas do mercado consumidor e fortalecimento da marca
Os consumidores estão cada vez mais preocupados com as práticas ambientais das empresas. Muitos clientes preferem apoiar marcas que adotam medidas sustentáveis e têm um impacto ambiental positivo.
Portanto, ser Carbon Free é uma estratégia de marketing eficaz, fortalecendo a marca e atraindo o público que está preocupado com as tendências do mercado verde.
Legislação e requisitos regulatórios
Em muitos países, estão sendo implementadas regulamentações rigorosas relacionadas às emissões de carbono e sustentabilidade. Portanto, ser Carbon Free ajuda a empresa a cumprir essas demandas, evitando penalidades e demonstrando conformidade com normas ambientais.
Redução de custos
Investir em eficiência energética e energias renováveis pode levar a reduções nos custos operacionais a longo prazo, além de ser uma das pautas Carbon Free mais discutidas. Este é um ponto importante para empresas de tecnologia, comumente associadas a desperdícios energéticos.
Atratividade para investidores
Investidores, especialmente aqueles focados em investimentos socialmente responsáveis e sustentáveis, estão mais propensos a apoiar empresas que demonstram um compromisso claro com a redução das emissões de carbono. Por isso, ser Carbon Free torna a marca mais atrativa no mercado de maneira geral para todos os stakeholders.
Quais iniciativas corporativas podem ser adotadas para se tornar Carbon Free?
Existem vários meios para uma empresa se tornar Carbon Free ou reduzir significativamente sua pegada de carbono. Para começar, é importante ressaltar que a definição das estratégias deve partir da análise das particularidades de cada negócio.
A seguir, destacamos algumas iniciativas práticas nesse sentido. Confira:
- realize uma avaliação completa da pegada de carbono da sua empresa e entenda quais são as principais fontes de emissões no contexto do seu negócio;
- implemente medidas para aumentar a eficiência energética nas operações, incluindo a utilização de equipamentos mais eficientes, locação de equipamento de TI, iluminação LED, isolamento térmico e controles automatizados;
- invista em fontes de energia renovável, como energia solar, eólica ou hidrelétrica, para abastecer as operações da empresa;
- adote práticas de redução no consumo de água e de materiais, promovendo e incentivando a reciclagem e a reutilização;
- promova a sustentabilidade no transporte, otimizando rotas logísticas para reduzir emissões no manejo e distribuição de mercadorias;
- compense emissões não evitáveis por meio do investimento em projetos de compensação, como reflorestamento, conservação de áreas naturais ou captura de carbono;
- envolva os funcionários por meio de programas de conscientização e incentivos para a implementação de práticas sustentáveis no ambiente de trabalho;
- produza relatórios de sustentabilidade transparentes, destacando as metas e progressos relacionados à redução de emissões de carbono;
- implemente práticas eficientes de gestão de resíduos, promovendo o descarte consciente e incentivando o reúso.
Ao adotar um conjunto abrangente de iniciativas, as empresas conseguem contribuir significativamente para a redução da emissão de carbono, atuando de maneira mais sustentável e responsável.
É importante que os gestores tenham em mente que essas práticas, além de beneficiarem o meio ambiente, também geram vantagens competitivas, melhorando a reputação, fortalecendo a marca e atraindo clientes e investidores alinhados com a sustentabilidade.
Como conseguir Selo Carbono Zero?
A obtenção do selo Carbon Zero ou Carbono Neutro geralmente envolve um processo que demonstra o compromisso de uma empresa, produto ou serviço em neutralizar ou compensar suas emissões de gases de efeito estufa.
Procure certificações de organizações reconhecidas que atestem a neutralização das emissões de carbono. Existem várias organizações e padrões de certificação que lidam com questões de sustentabilidade e emissões de carbono. Alguns exemplos incluem Gold Standard, Verified Carbon Standard (VCS) e Carbon Trust Standard.
Lembre-se de que a obtenção do selo Carbon Zero não é apenas um selo, mas um compromisso contínuo com práticas sustentáveis e a redução das emissões de carbono ao longo do tempo. Cada certificação pode ter requisitos específicos, portanto, é importante escolher uma que esteja alinhada aos valores e metas da sua empresa.
Quando surgiu o carbono zero?
O conceito de carbono zero ou neutralidade de carbono começou a ganhar destaque nas discussões sobre mudanças climáticas nas últimas décadas. Embora não exista uma data específica, foi entre os anos 1990 e 2000 que surgiram as primeiras discussões sobre a emissão de carbono.
Um dos marcos mais importantes nessa discussão foi a assinatura do Protocolo de Kyoto em 1997, um tratado internacional que estabeleceu metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos.
A ideia de neutralidade de carbono surgiu como uma resposta à compreensão de que algumas emissões podem ser inevitáveis. Contudo, elas devem ser compensadas por meio de ações que removam ou reduzam a mesma quantidade dessa substância liberada na atmosfera.
Desde então, várias organizações, empresas e governos têm adotado esse conceito como parte de suas iniciativas para enfrentar as mudanças climáticas. A definição e os critérios para alcançar a neutralidade depende do contexto e dos padrões de certificação, mas a ideia central é a compensação total ou parcial para equilibrar o impacto ambiental das atividades humanas.
Qual é a pegada de carbono da TI de uma empresa?
A pegada de carbono da Tecnologia da Informação de uma empresa — muitas vezes chamada de pegada de carbono digital — refere-se à quantidade de emissões de gases de efeito estufa associada às operações e infraestrutura de TI.
Portanto, as empresas podem e devem avaliar as atividades no âmbito do TI, buscando meios de reduzir a emissão do carbono. A seguir, destacamos alguns elementos que exigem atenção.
Infraestrutura dos data centers
Os data centers nos quais os servidores e sistemas de armazenamento de dados são mantidos geralmente consomem uma quantidade significativa de energia. A pegada de carbono está relacionada a eletricidade utilizada para alimentar essas centrais.
Dispositivos e equipamentos
A produção, uso e descarte de dispositivos eletrônicos, como computadores, notebooks, servidores, smartphones e outros equipamentos de TI também contribuem para a pegada de carbono.
Desenvolvimento e manutenção de software
As atividades relacionadas ao desenvolvimento e manutenção de software, bem como a execução de sistemas e aplicativos, impactam o meio ambiente por meio de um conjunto de fatores. Os principais incluem uso de servidores, aquisições de equipamentos, gasto energético e eventual necessidade de deslocamento dos envolvidos no projeto.
Práticas de TI
É preciso atentar para a rotina da operação e identificar quais pontos estão desperdiçando recursos desnecessários. Avalie o calendário de compras de materiais, índice de processamentos muito altos em funções básicas, eficiência da rede e demais aspectos energéticos.
Determinar a pegada de carbono específica da TI de uma empresa pode envolver a avaliação detalhada de todos esses elementos. Uma vez estabelecidos os pontos de atenção é possível implementar estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa associadas às operações de TI.
O que faz um gerente de infraestrutura de TI?
Um gerente de infraestrutura de TI (também conhecido como gerente de operações de TI ou gerente de serviços de TI) desempenha um papel relevante na gestão e suporte eficientes dos recursos tecnológicos de uma organização. As responsabilidades do profissional variam de acordo com o tamanho e as necessidades específicas da empresa, mas geralmente incluem:
- gestão de toda a infraestrutura tecnológica, por meio do supervisionamento da implementação, manutenção e atualização da infraestrutura de TI;
- desenvolvimento e implementação de planos estratégicos para o setor de TI;
- definição de estratégias e implementação de práticas de segurança da informação;
- gerenciamento de redes de comunicação;
- supervisão da equipe de profissionais de TI;
- elaboração e gerenciamento dos orçamentos para projetos de infraestrutura de TI;
- implementação de novas tecnologias;
- monitoramento e resolução de problemas;
- gestão de fornecedores;
- garantir que a infraestrutura de TI esteja em conformidade com regulamentações e políticas internas e externas, como leis de proteção de dados e padrões de segurança;
- colaboração e relacionamento com outros setores da empresa.
O gerente de infraestrutura de TI desempenha um papel de protagonismo na gestão e garantia de que a infraestrutura tecnológica da empresa esteja alinhada com as metas de negócios, operando de maneira eficiente, segura e inovadora.
Como as ações da gestão de infraestrutura de TI impactam no Carbono Zero?
Há uma série de práticas que podem ser adotadas pela gestão de infraestrutura de TI na estratégia de Carbono Zero. Uma das mais conhecidas é a implementação de medidas para aumentar a eficiência energética dos data centers, como a virtualização de servidores, consolidação de hardware, uso de sistemas de refrigeração mais eficientes e monitoramento contínuo do consumo de energia.
Além disso, é interessante avaliar a viabilidade e implementar a transição para fontes renováveis nos data centers e instalações de TI. Isso pode incluir a instalação de sistemas de geração de energia solar ou eólica, por exemplo.
Adotar práticas de gerenciamento de ciclo de vida de hardware, promovendo a reutilização, reciclagem adequada de equipamentos obsoletos e a compra de produtos mais eficientes em termos de energia também é uma prática recomendada. Também é possível:
- utilizar tecnologias de virtualização e computação em nuvem para consolidar servidores, reduzir a necessidade de hardware físico e otimizar o uso de recursos, resultando em menor consumo de energia;
- implementar políticas internas que promovam o uso eficiente de energia por parte dos funcionários, incluindo o desligamento de equipamentos quando não estiverem em uso e o uso de dispositivos energeticamente eficientes;
- usar sistemas de monitoramento contínuo para avaliar o desempenho ambiental da infraestrutura de TI e fornecer relatórios transparentes sobre as emissões de carbono associadas às operações;
- promover treinamentos e programas de conscientização para os membros da equipe de TI e usuários finais sobre práticas sustentáveis e a importância de reduzir a pegada de carbono na área de TI;
- avaliar e selecionar fornecedores de tecnologia com base em práticas sustentáveis, incluindo critérios como eficiência energética de produtos e compromisso ambiental.
HaaS Carbon Free Positivo
O HaaS Carbono Zero é um programa implementado pela Positivo Tecnologia no Brasil que visa eliminar e compensar as emissões geradas durante o uso de equipamentos.
Na prática, a iniciativa visa minimizar os impactos ambientais por meio da implementação da economia circular. Para atingir esse propósito, os colaboradores da empresa têm a opção de usar equipamentos e outros recursos provenientes de locações. Dessa forma, a pegada da instituição é zerada, contribuindo para a aquisição do selo de Carbon Free.
Por meio de soluções como o Positivo as a Service, empresas de diferentes portes podem adotar ações de sustentabilidade em seus negócios. Como você pode ver neste conteúdo, a redução de emissão de carbono traz benefício para toda sociedade, portanto, as marcas devem repensar suas atitudes, investindo cada vez mais em iniciativas Carbon Free.
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