Diariamente, somos bombardeados por uma enxurrada de informações. Notícias que acontecem do outro lado do mundo chegam às nossas telas imediatamente.
Temos acesso a uma quantidade infinita de horas de vídeos disponíveis online. Nas redes sociais, as pessoas compartilham não só sua rotina, mas suas opiniões e fatos que consideram relevantes. Sem dúvida, a globalização digital possibilitou a democratização do conhecimento, mas será que é isso que está acontecendo?
É sobre isso que vamos falar neste post. Então, se você tem a impressão de que há muito mais informações disponíveis do que qualquer ser humano consegue assimilar, confira nossas dicas para fazer uma boa seleção e transformar seu tempo de navegação em construção ativa de conhecimentos.
Quantidade de dados na internet
A cada ano, batemos verdadeiros recordes de dados disponíveis na internet. São sites, blogs, canais de vídeo e redes sociais que inundam os nossos navegadores com informações, distraem a nossa atenção e se tornam obsoletos com rapidez.
Para se ter ideia, o volume de dados criado apenas entre os anos de 2014 e 2016 foi maior que a quantidade produzida ao longo de toda a história da humanidade. Só o Google realiza 3,5 bilhões de buscas por dia. Se uma única pessoa fosse assistir todos os vídeos que o YouTube veicula em 24 horas, levaria nada menos que 2.739.726 anos para cumprir essa tarefa!
A previsão para 2016 era de que o tráfego total de dados na internet superasse pela primeira vez a marca de um zettabyte (um sextilhão de bytes). Para 2021, a expectativa é que esse volume seja correspondente a 19,5 ZB ao ano.
Portanto, o ritmo em que os dados são colocados na rede é frenético. É muito mais conteúdo do que somos capazes de assimilar. Mesmo a pequena fração que chega até nós diariamente corresponde a um verdadeiro bombardeio que requer nossa atenção e administração.
A globalização digital e a democratização do acesso à informação
Porém, seria injusto falar da globalização digital como um processo com apenas consequências negativas. Ela democratizou o acesso à informação, fomentou a pesquisa e possibilita um crescimento profissional sem precedentes para quem demonstra interesse em adquirir conhecimento.
Um pesquisador, por exemplo, não precisa ter acesso físico a livros e a publicações científicas prestigiadas. Ele pode pesquisar o tema na internet, acessar bancos de artigos confiáveis e ter acesso a eles, de forma gratuita ou paga.
Assim, ele tem acesso a resultados de estudos realizados por pesquisadores de praticamente todas as grandes Universidades do planeta.
O mesmo acontece com profissionais de TI. Com a internet, eles conseguem acompanhar atualizações do segmento em que atuam, aprender idiomas, realizar cursos a distância e desenvolver uma série de competências.
Por mais que se pense em um clichê diante da afirmação “a internet é uma maravilha ou um problema, dependendo do uso que se faz dela”, não podemos negar que essa é a realidade. O primeiro passo para usá-la de forma produtiva é saber distinguir informação de conhecimento. Você sabe a diferença?
Diferença entre informação e conhecimento
Informação e conhecimento são conceitos diferentes. Em grande parte das vezes, a web traz um enorme volume de informações.
Podemos começar a distinção dizendo que a informação é pontual. Ela não tem nenhum compromisso com o todo e, frequentemente, tem vida curta para si mesma e para o leitor. Portanto, ela é como a previsão do tempo: serve para hoje, mas não terá nenhuma utilidade amanhã ou daqui a um mês.
Para o usuário da web, é a mesma coisa. A informação tem vida curta em sua memória. Ele a usa naquele momento (isso quando ela é válida) e depois se esquece. Se um viajante souber a cotação do dólar hoje isso será útil, mas ele não ficará se lembrando disso no futuro.
Existe ainda a informação inútil. Ela não serve nem para o agora e nem para depois. Ela pode até satisfazer alguma curiosidade, mas não agrega valor ao indivíduo.
O conhecimento já tem um significado e propósito diferente. Sua utilidade não tem a mesma limitação temporal. Seu impacto é duradouro porque é passível de aplicação. Dependendo da área, ele tem o poder de mudar até mesmo a forma de pensar. Adquiri-lo permite que a pessoa ressignifique objetos, processos, interações e informações.
É como quando fazemos um curso. O conhecimento obtido ali torna a pessoa capaz de realizar novas atividades ou de cumprir as mesmas tarefas com mais eficiência. Ele integra informações para que elas agreguem valor e se transformem em um benefício real.
Cuidados para lidar com a informação na era da globalização digital
Depois de todas essas considerações, voltamos à pergunta do título: diante de tanta informação, há conhecimento na era da globalização digital? Felizmente, a resposta é sim.
Porém, não podemos negar que as inúmeras distrações da internet arrastam uma multidão na navegação aleatória, em que não há nada além de informação. A grande diferença está na postura pessoal, que é capaz de transformá-la em uma ferramenta útil ou em uma simples fonte de entretenimento.
Por isso, selecionamos alguns cuidados fundamentais para lidar com a informação na era da globalização digital. Confira!
Saiba o que quer
A internet tem muita informação útil e até conhecimentos. Porém, eles não serão acessados por quem não sabe o que quer. Por isso, tenha um propósito ao se colocar diante da tela e realize pesquisas que o ajudem a chegar na informação desejada.
Avalie suas fontes
Pode parecer ingênuo, mas ainda há pessoas que acreditam que se uma informação está na internet, ela é verdadeira. Sabemos que isso definitivamente não corresponde à realidade e esse tipo de mentalidade pode favorecer até mesmo a propagação de fake news.
Por isso, transforme a checagem de fontes (e por sua vez, das fontes delas) em um hábito. Verifique a procedência da informação veiculada. Conheça os canais relacionados às suas áreas de pesquisa que detêm credibilidade e evite qualquer página sensacionalista.
Transforme informações em conhecimento
Nem sempre você encontrará o conhecimento pronto. Assim como um pesquisador, pode ser necessário coletar informações, comparar os dados e estabelecer relações para que elas tenham um significado mais amplo.
A internet dá às pessoas esse poder: o de construir conhecimento com autonomia. Nem todos sabem conduzir esse processo, mas você pode aprender a fazer isso.
Não ceda à ansiedade digital
Muitas pessoas navegam aleatoriamente e não chegam a lugar nenhum. Além de não terem disciplina e não investirem na formação de um hábito investigativo, a razão para esse comportamento pode ser a ansiedade digital.
Nesses casos, a pessoa não quer ficar (ou parecer) desinformada e muito menos perder oportunidades e tendências. Por isso, ela fica conectada ao irrelevante o tempo inteiro.
Não ceda a essa pressão. Não há nenhum problema se você não souber do último meme, da última foto de viagem que seu conhecido publicou no Instagram ou da fofoca mais recente sobre uma celebridade. As informações estão sempre disponíveis na internet, mas o tempo perdido não volta.
E então, está disposto a usar a globalização digital para investir na construção de conhecimento? Entendeu como isso é possível com uma mudança de atitude? Divida essas dicas com seus contatos compartilhando este post nas suas redes sociais!