Você já ouviu falar sobre Edge Computing? Trata-se de uma rede de micro Data Centers que processa dados críticos fazendo uma triagem, com o objetivo de diminuir o tráfego no repositório central, e que envia apenas as informações importantes para o armazenamento em nuvem. É uma tendência do mercado das tecnologias que ultrapassa os problemas de conectividade.
Se você tem dúvidas acerca desse assunto, não se preocupe! Neste artigo, vamos apresentar inúmeras informações e falar dos impactos da Edge Computing nas organizações. Saiba quando utilizar, como funciona e onde aplicar essa inovação tecnológica que auxilia os profissionais que trabalham com tecnologia da informação.
O conceito de Edge Computing
Edge Computing é um termo de origem inglesa cuja tradução quer dizer “computação na extremidade”. Na realidade, é um sistema de processamento de dados rápido e eficiente. Está relacionado com a Internet das Coisas (IoT), tendo em vista que, a cada dia, surgem novos dispositivos conectados.
Esses aparelhos produzem tráfego de dados que requerem processamento e que, posteriormente, são enviados para a nuvem, ou Cloud Computing. Assim, foi criado a Edge Computing, que tira a concentração dos dados da nuvem e os levam para as margens da rede.
Atualmente, as empresas de tecnologia já estão pensando na possibilidade de criar produtos que tenham maior poder de processamento ou ainda disponibilizar servidores intermediários que cuidarão do processamento dos dados, enviando para a nuvem somente as informações mais relevantes.
O funcionamento da Edge Computing
Essa tecnologia transmite informações para os equipamentos mais próximos, os quais são capazes de receber, de interpretar e de processar os dados, respondendo com agilidade e impedindo a sua transferência para a nuvem. Após, o resultado é devolvido aos aparelhos Internet of Things (IoT).
No cenário corporativo, existe a necessidade de sistemas rápidos e disponíveis, visto que os colaboradores ficam impacientes ou irritados quando há lentidão e demora na busca de respostas. A agilidade depende do processamento e do armazenamento centralizado em uma nuvem.
Vale destacar que a indisponibilidade das informações pode acarretar prejuízos a uma empresa, com perda de oportunidades e sistema operacional ineficiente. Portanto, ao ser implantada a infraestrutura Edge Computing, com Data Center modular local, tudo será processado com rapidez e eficiência.
As cargas de trabalho terão latência praticamente imperceptível, considerando-se que esse modelo é antilatência. Como comentamos, a corporação que usa esse sistema não faz o envio das informações de forma direta para a nuvem. Ela conta com o seguinte funcionamento:
- todos os dados são compilados;
- as informações mais frequentes são armazenadas em outro local;
- os registros armazenados por maior tempo são enviados para a nuvem.
Fazendo a separação dos dados mais importantes registrados na rede, ocorre a redução do tráfego de informações, principalmente se a internet tiver uma boa conexão. Além do mais, a Edge Computing gera relatórios diários para que sejam selecionadas as informações a serem armazenadas em longo prazo.
A diferença entre Edge Computing e Cloud Computing
Inicialmente, cumpre informar que essas tecnologias são referentes a diferentes locais de processamento de dados e de armazenamento das informações. Cloud Computing mantém suas operações num servidor remoto e em um Data Center, enquanto a Edge Computing transfere o processamento para as bordas da rede.
Uma tecnologia não substitui a outra, pois são quase opostas, e complementam-se, podendo ser utilizadas conjuntamente para executar tarefas em ambientes diversos. A Cloud Computing armazena as regras de análises, e a Edge Computing envia os resultados para dispositivos periféricos.
Sendo assim, são soluções diversas e essenciais para a coleta, compilação e a realização de análise de dados, importantíssimas para o sucesso dos negócios. Quando um gestor quiser, pode tirar uma informação da nuvem e armazenar na Edge Computing, trazendo-a para mais perto de si. Veja, a seguir, quando e onde aplicar a Edge Computing!
Onde e quando a Edge Computing é aplicável
Esse sistema pode ser utilizado em elementos móveis, como automóveis e smartphones, além de ser útil em elementos estáticos, como:
- no gerenciamento de edifícios;
- nas indústrias;
- nas plataformas de petróleo.
Também pode ser aplicado em elementos híbridos, que sejam móveis e estáticos, tais como hospitais e ambientes voltados à medicina. Um exemplo bem conhecido são os monitores de saúde vestíveis, que analisam a frequência dos batimentos cardíacos e os padrões de sono, além de fornecerem recomendações médicas sem acessar a nuvem. São excelentes para auxiliar nos diagnósticos médicos.
Já em um automóvel ocorre a agregação de informações de localização, de sinais de tráfego, de sensores de proximidade, de dispositivos GPS, entre outros dados processados para aumentar a segurança do motorista. Eles já são integrantes das redes de comunicação móvel mediante a sua implantação nas estações de celular 5G.
Para decidir qual deles usará, é importante avaliar o conjunto de dispositivos conectados à internet, uma vez que a Edge é um descentralizador de dados, que oferece novas opções nas aplicações de IoT.
Em vez de procurar manter os dados centralizados e armazenados em infraestruturas distantes, verifique se eles poderiam ser processados na origem com Edge Computing. Isso se aplica principalmente se você trabalha com aparelhos eletrônicos conectados à rede, para a detecção de:
- movimentos;
- condições ambientais;
- reconhecimento de faces;
- processamento de linguagens;
- prevenção de obstáculos.
Ademais, esse sistema é útil nos carros autônomos equipados com CPUs e GPUs, nos sensores, nos smartphones, nos aparelhos domésticos, nos robôs, nos equipamentos inteligentes e nos drones.
Os principais desafios e riscos da Edge Computing
Existem riscos no uso das soluções Edge Computing como há em qualquer outra área ou sistema, principalmente no que tange à segurança. Vamos citar os principais:
- ataques cibernéticos quando o fornecedor é inexperiente;
- valor de implementação e de gerenciamento, que pode exceder os benefícios financeiros;
- escalabilidade prejudicada pela instalação de endpoints de IoT;
- atrasos por causa da largura da banda;
- dados roteados de maneira ineficiente.
No entanto, a Edge Computing é uma novidade que poderá ser de extrema importância dentro de pouco tempo, quando a nuvem for substituída na próxima etapa da computação. Especialistas já trabalham para melhorar a Edge Computing e a Cloud Computing, acreditando que é possível evoluir um pouco mais nesse sentido.
Os impactos da Edge Computing nas organizações
Com a Edge Computing, não há mais dependência de data center, de modo que o gestor gerencia as informações em pontos de processamento e de armazenamento mais próximos, na borda da rede. Isso traz maior agilidade e eficiência aos processos de gerenciamento. Além disso, essa funcionalidade:
- otimiza o tempo de resposta;
- aumenta a velocidade de resposta do processamento de informações;
- permite a análise instantânea de dados;
- reduz custos com soluções IoT;
- minimiza o fluxo de dados;
- amplia a segurança e o compliance;
- apresenta operações confiáveis;
- integra equipamentos novos e antigos.
Como você pode observar, existem inúmeros motivos para fazer uso da Edge Computing: ela simplifica e integra equipamentos sem exigir grandes investimentos de capital.
Agora você já consegue ter uma noção dos impactos da Edge Computing nas organizações, sabe quais são os riscos e conhece os benefícios que pode obter para melhorar as suas rotinas de trabalho. No ambiente corporativo, esse sistema é praticamente indispensável, por aumentar as chances de fechamento de negócios e melhorar a qualidade operacional.
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