O trabalho de atualização de software em computadores corporativos é fundamental para a manutenção de desempenho, o aumento da segurança e a implementação de novas funcionalidades produtivas.
Mas sabia que um tipo de programa em computadores e outros dispositivos tem tanta ou até mais importância na hora de atualizar? Estamos falando do firmware, uma ferramenta que muitos gestores conhecem, mas não está incluída na rotina de manutenção e update de várias TIs.
Veja, neste texto, o que é um firmware, para que ele serve e qual deve ser a sua abordagem em relação a ele. Boa leitura!
O que é firmware e como funciona?
Em termos mais diretos, podemos dizer que o firmware é a aplicação base de um aparelho eletrônico, que controla as suas funções mais primordiais.
Esse software é instalado em uma memória não volátil exclusiva durante o processo de fabricação, tem uma atuação persistente e à parte do sistema operacional. Além disso, as suas informações e configurações não são perdidas, mesmo se ele for desconectado por muito tempo da energia elétrica.
A função principal do firmware é dar instruções básicas de funcionamento para um hardware ou um conjunto deles. Podemos fazer um paralelo simples de entender: enquanto o sistema operacional é responsável por estruturar e executar o software, o firmware faz o mesmo pelos componentes de hardware.
Esse pequeno programa, cujo nome foi cunhado ainda na década de 1960, garante que um computador aja de maneira consistente e automatizada ao ser ligado e durante o seu funcionamento.
O papel do firmware é comandar funções básicas de input e output de maneira coordenada entre diversos componentes, permitindo que eles se comuniquem. Entre essas funções, está a de comandar o armazenamento para a inicialização do sistema operacional — e, a partir daí, todas as outras possibilidades estarão disponíveis ao usuário.
Qual é a importância do firmware nos dispositivos eletrônicos?
Como já citamos, o firmware é desenvolvido para ser o sistema de controle mais básico de um dispositivo eletrônico. Comparando com o nosso corpo humano, ele mantém o coração e o pulmão funcionando independentemente do que o resto de nosso sistema esteja fazendo.
Com esse controle, a TI pode acessar as configurações mais básicas de um computador e customizar questões de funcionamento de maneira mais granular.
Por exemplo, com acesso ao firmware, é possível aumentar a performance por meio de overclock, alterar a ordem de leitura de armazenamentos instalados, habilitar ou desabilitar funções de hardware e até implementar soluções de segurança.
Se, para o uso pessoal, não há grandes vantagens em estudar e configurar o firmware (algo que, inclusive, não é recomendado), essas possibilidades são muito relevantes na otimização de computadores corporativos.
Onde se encontra o firmware?
O firmware é um programa de baixo nível que já vem instalado de fábrica em qualquer tipo de dispositivo, como:
- computadores desktop;
- notebooks;
- all-in-ones;
- smartphones;
- tablets;
- dispositivos de IoT, como smartwatches e sensores industriais;
- dispositivos de pouco controle computacional, como calculadoras, sistemas de carros etc.
Ou seja, todo aparelho eletrônico que exige algum nível de computação tem um firmware acoplado ao hardware. Geralmente, ele fica isolado em uma memória não volátil, como ROM, PROM, EPROM, EEPROM ou flash.
Em computadores, as configurações alteráveis de firmware são encontradas ao acessar a BIOS durante a inicialização do sistema. É uma interface básica de texto que permite ajustes no funcionamento básico do software — algo que pode fazer toda a diferença quando você está em busca de eficiência e customização em suas tarefas corporativas.
O que significa firmware update e por que atualizar?
Por ser um programa quase invisível, muitos profissionais podem nem se lembrar da possibilidade de fazer um firmware update: a atualização da aplicação que faz a gestão mais básica de um computador. Um motivo comum para isso é que o ciclo de updates costuma ser menos frequente e previsível.
Mas isso não significa que eles devem ser ignorados. Veja porque você deve atualizar o firmware nos computadores da sua empresa sempre que houver essa disponibilidade.
Novas funcionalidades
Em alguns casos, o firmware atualizado pode oferecer funcionalidades que não estavam habilitadas originalmente para aquele hardware — algo possível por meio da otimização de código e de oportunidades em relação a novos softwares.
Alguns exemplos são a possibilidade de virtualização nativa no sistema, os modos de overclock, a compatibilidade com novos modelos de armazenamento e periféricos, entre outros. Um update de firmware pode dar um novo fôlego aos dispositivos eletrônicos.
Desempenho
Falando em fôlego, sabia que é possível melhorar o desempenho de uma máquina por meio de hardware? Claro, não será algo tão drástico, mas a otimização de tarefas básicas do hardware e a comunicação entre os componentes dão mais eficiência ao sistema.
Além disso, as atualizações de software são muito utilizadas para resolver bugs de funcionamento que poderiam estar limitando a performance.
Segurança
O firmware tem muita importância na segurança dos computadores corporativos. Afinal, é na própria BIOS que estão as configurações mais básicas de controle de acesso físico e lógico do sistema.
Quando uma empresa atualiza o firmware para resolver bugs e brechas de segurança de baixo nível, cibercriminosos estudam notas de patch para tentar explorar essas vulnerabilidades nos computadores que não foram atualizados.
Por meio de uma boa rotina de updates, você reduz esse risco e ganha funcionalidades que protegem ainda mais os dados do seu negócio.
Como atualizar o firmware e com que frequência fazer isso?
O ciclo de atualizações de firmware é bem diferente daqueles relacionados a softwares e sistemas operacionais — uma questão de frequência e processos.
Em relação à frequência, a maioria dos firmwares não atualiza tantas vezes ou com uma periodicidade definida. Como o programa controla funções muito básicas do computador, não é necessário fazer alterações nessa relação, na maioria dos casos.
Já na parte de processos, é importante notar que firmwares não são atualizados de maneira automática. Por estarem em uma camada de controle abaixo do sistema operacional, não é possível utilizar a internet para pesquisar automaticamente e aplicar updates, como aconteceria com um software.
Esses dois pontos explicam porque a atualização de firmware é um processo manual. Cabe a equipe de TI pesquisar e monitorar as atualizações e, quando disponíveis, realizar o processo de download e instalação em cada dispositivo.
Contar com uma parceria mais próxima com a empresa fornecedora de computadores é uma vantagem nesse sentido, já que, além de ter suporte completo, a sua TI é informada assim que uma nova versão de firmware estiver disponível.
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