A conectividade é um dos aspectos mais importantes para a eficiência e competitividade de uma empresa no mercado. Não é por acaso que as gestões investem tanto na infraestrutura da rede empresarial com o objetivo de garantir segurança, consistência e velocidade a todos os momentos. Sendo assim, elaboramos este post para falar sobre a placa de rede Wi-Fi.
Da forma como percebemos, esse é um dos principais componentes nos dispositivos da atualidade. É por meio desse circuito que equipamentos como computadores, smartphones, tablets e afins são capazes de se conectar à internet, sem a necessidade de estarem ligados por um cabeamento. Então, não perca a oportunidade de aprender mais sobre o tema e acompanhe!
O que são as placas de rede?
Como todos sabemos, os dispositivos computacionais são formados por uma série de circuitos, placas, módulos e sistemas, e a placa de rede é um desses componentes. Como o nome sugere, a principal função da placa de rede é permitir a conexão do dispositivo com as redes de internet sem fio que estejam disponíveis e próximas.
Em dispositivos mais antigos, anteriores à popularização da tecnologia wireless (conectividade sem fio), os computadores também contavam com placas de rede. No entanto, à época, esses componentes só conseguiam oferecer a interface de conexão para redes cabeadas, geralmente, por meio de cabos RJ45, conectando o computador diretamente ao modem, servidor ou afins.
O tempo passou e a tecnologia evoluiu. Rapidamente, a tecnologia Wi-Fi se tornou um padrão de mercado — o que foi algo muito importante para o avanço da computação pessoal, pois permitiu uma rápida popularização dos notebooks, oferecendo maior mobilidade, conveniência e praticidade aos usuários.
E o advento e popularização da tecnologia Wi-Fi é simultâneo à criação e utilização de placas de rede wireless nos dispositivos. Nas placas, essa sofisticação se manifestou tanto em software, com novos protocolos de segurança, quanto em hardware, já que as novas placas passaram a integrar antenas para a recepção e transmissão dos dados sem o uso de cabos.
Hoje, as placas de rede Wi-Fi são utilizados em uma gama ainda maior de dispositivos, sobretudo com a popularização de tecnologias como a IoT (Internet das Coisas). Aqui, falamos dos mais variados itens, de centrais multimídias automotivas a fechaduras inteligentes à porta da sua casa, de videogames a geladeiras — a conectividade está presente em todos os lugares.
Como funcionam as placas de rede Wi-Fi?
O principal papel da placa de rede é funcionar como uma interface que controla tanto o envio quanto o recebimento de dados entre o dispositivo no qual está instalada e o hub ao qual está conectada, tal como um modem, roteador, repetidor de sinal ou até mesmo outro dispositivo que esteja espelhando ou “roteando” o sinal de internet.
O diferencial das placas de rede Wi-Fi, presentes em todos os dispositivos da atualidade é que ela utiliza uma tecnologia de transmissão de dados por meio de ondas eletromagnéticas — Wi-Fi, do inglês, Wireless Fidelity, em português, conexão sem fio de alta-fidelidade. Ou seja, que permite a transmissão de um grande volume de dados, com consistência e velocidade.
A placa de rede tem várias funções importantes. A primeira função é ser uma antena, que a permite identificar os hotspots (pontos de conexão) próximos do dispositivo. A segunda é agir como um controlador de tráfego que, após feita a conexão com o hotspot, a placa intermedeia o envio e recebimento de pacotes de dados que possibilitam a conexão e navegação na internet.
Quais os principais tipos de placa de rede Wi-Fi?
Agora que você tem uma noção geral sobre o conceito e funcionamento dessas placas chegou o momento de conhecer os principais tipos de interface nos quais elas são encontradas no mercado. Da forma como percebemos, existem três soluções, uma que vem instalada de fábrica e duas opções aftermarket, que podem ser compradas e instaladas separadamente — veja!
Placa integrada ao processador/placa-mãe do dispositivo
Essa é a dita solução “de fábrica”. Por exemplo, imagine dispositivos computacionais altamente portáteis, tais como celulares, tablets, smartwatches, notebooks e afins. Nesses dispositivos, é comum que a placa de rede ou faça parte do SoC/processador do dispositivo, ou esteja soldada à placa-mãe, ou integrada via uma solução proprietária, sem possibilidade de remoção.
PCI e PCI Express
Já aqui, temos as duas soluções aftermarket, que equipam dispositivos maiores, tais como computadores desktops, servidores e afins. Basicamente, tanto PCI quanto PCI Express são duas interfaces de conexão de periféricos, ou seja, um padrão físico que permite a conexão de componentes à placa-mãe dos dispositivos computacionais.
PCI era um primeiro tipo de tecnologia. A PCI Express foi sua atualização, permitindo o tráfego de um volume ainda maior de dados. A grande vantagem dessas placas, assim como dos computadores de mesa (desktops) em relação aos portáteis (notebooks) é justamente a modularidade, ou seja, a facilidade com que se substituem as peças e atualizam-se os componentes.
No entanto, existem limites para essa modularidade. Você já atualizou a memória de um computador de mesa? Caso sim, deve ter notado que a placa-mãe tem um limite de slots para a colocação de pentes de memória. O mesmo vale para os slots PCI e PCI Express, sobretudo no caso desta segunda interface, que é utilizada para a instalação de muitas placas de vídeo (GPU).
Por outro lado, a manutenção desse tipo de componente é muito mais simples. Com uma placa de rede PCI ou PCI Express, basta retirar a que foi danificada e substituir por uma nova — um processo que não leva nem sequer 5 minutos. Isso é inconcebível no caso de adaptadores de rede soldadas à placa-mãe ou integrados ao SoC/processador do dispositivo.
USB
Por fim, temos outra opção aftermarket, com o diferencial de ser uma placa externa. Em essência, uma placa de rede Wi-Fi USB é muito semelhante a um pendrive, tanto em aparência quanto em usabilidade. Basta plugar o stick do adaptador à porta USB do dispositivo e, caso necessário, realizar a instalação do software/driver para garantir a funcionalidade do sistema — na maioria dos casos, a instalação é automática.
Esta é uma das soluções mais populares do mercado justamente por oferecer conveniência e comodidade a quem precisa solucionar a conectividade em um dispositivo que teve sua placa danificada. Por ter uma interface USB, esse tipo de placa funciona tanto em notebooks quanto computadores de mesa, não exigindo a necessidade de interfaces PCI ou PCI Express.
Quais são os padrões de rede Wi-Fi?
A primeira versão da tecnologia Wi-Fi foi lançada em 1997. A solução utilizava o padrão IEEE 802.11 e permitia o tráfego de volumes de dados entre 1 e 2 Mbits por segundo, sempre operando na frequência 2.4 GHz. Em 1999 veio a segunda geração (Wi-Fi 2), adotando o padrão 802.11b, ampliando a capacidade de tráfego para até 11 Mbits/s.
O primeiro grande salto geracional ocorreu a partir da Wi-Fi 3, que foi segmentada em duas versões. Uma foi lançada em 1999, adotando o padrão 802.11a e transmitindo entre 6 e 54 Mbits/s, mas agora na banda de 5 GHz. Em 2003, chegou a versão que operava na banda mais popular de 2.4 GHz, com as mesmas capacidades, mas sob o padrão 802.11g.
No entanto, hoje, em pleno 2023, é muito raro encontrar ou lidar com dispositivos que ainda utilizam esses sistemas. Por isso, listamos abaixo as gerações posteriores ao Wi-Fi 3, que já equipam os equipamentos e soluções que utilizamos em nosso dia a dia. Dê uma olhada!
Wi-Fi 4
Lançada em 2008, a quarta geração da tecnologia Wi-Fi foi outro salto significativo na evolução da conectividade dos nossos dispositivos. Adotando o padrão 802.11n, as placas Wi-Fi eram capazes de transmitir pacotes entre 72 e 600 Mbits/s, tanto na frequência 2.4 quanto 5 GHz, oferecendo o avanço necessário para a popularização e consumo de mídias mais pesadas.
Wi-Fi 5
Já a quinta geração chegou em 2014, oferecendo outro salto gigantesco em termos de consistência, segurança e velocidade. Sob o padrão 802.11ac, as placas Wi-Fi permitiram os dispositivos a transmissão entre 433 e 6933 Mbits por segundo, apenas na banda de 5 GHz. Hoje, essa é a tecnologia que equipa a maioria dos dispositivos intermediários e de topo de linha.
Wi-Fi 6 e 6E
Em 2019, a sexta geração foi lançada sob o padrão 802.11ax como Wi-Fi 6, transmitindo entre 574 e 9608 Mbits por segundo. A versão 6, lançada em 2019, operava nas bandas 2.4 e 5 GHz. A versão 6E, lançada em 2020, inaugurou a operação na banda de 6 GHz, com as mesmas capacidades.
Outro grande diferencial da sexta geração, além de operar em uma banda inédita, foi uma otimização no consumo de energia, o que é uma tendência observada em praticamente toda a indústria de microprocessadores. Geração após geração, esses componentes ficam menores, mais rápidos e mais eficientes do ponto de vista energético.
Wi-Fi 7
Por fim, uma tecnologia que ainda não foi amplamente adotada, pois só será lançada em 2024. Na sétima geração, as placas de rede adotam o padrão 802.11be, serão capazes de operar em três bandas diferentes (2.4, 5 e 6 GHz), e transmitir entre 1376 e 46120 Mbits por segundo — atendendo a uma demanda cada vez maior por conta de mídias gigantes e resoluções como 8k.
Quais os principais protocolos de segurança nas conexões sem fio?
Agora que você conhece os principais tipos, padrões, gerações e tecnologias é o momento de conhecer os protocolos de segurança dessas placas que, assim como os padrões geracionais, também evoluíram a cada versão lançada ao mercado. São essas tecnologias que minimizam os riscos de TI. Basicamente, esses protocolos são os grandes responsáveis pela robustez da segurança de rede empresarial — acompanhe!
WEP
A tecnologia WEP faz parte dos primórdios do lançamento da tecnologia Wi-Fi no mercado, pois foi o algoritmo utilizado para a garantir a segurança e inviolabilidade das conexões na era da Wi-Fi 1. O protocolo teve uma “vida curta”, sendo amplamente utilizado de 1999 a 2003, quando foi substituído pela primeira versão do WPA, junto do lançamento do Wi-Fi 2.
WPA, WPA2 e WPA3
Até hoje, os protocolos WPA são o padrão da segurança de conectividade Wi-Fi no mercado. A sigla abrevia Wi-Fi Protected Access (Acesso Protegido Wi-Fi), que foi uma solução criada pela Aliança Wi-Fi, uma organização não-lucrativa criada para estabelecer a segurança e a escalabilidade da tecnologia no mercado.
Com o passar dos anos, os avanços das gerações das placas e o aumento do volume de dados, a Wi-Fi Alliance atualizou os protocolos, o que levou à criação do WPA2 e, mais recentemente, o WPA3. O primeiro WPA foi lançado em 2003, juntamente à introdução das placas de rede Wi-Fi 2 no mercado.
A segunda geração (WPA2) foi introduzida em 2004, garantindo um nível maior de segurança e robustez, devido a um método de encriptação mais sofisticado. Em 2018, a aliança lançou o WPA3, que rapidamente passou a ser utilizado como o padrão da indústria. Em julho de 2020, a adoção do WPA3 se tornou obrigatória a todo novo dispositivo lançado no mercado.
Quais sistemas operacionais são compatíveis?
Para encerrar, também vale a pena falar um pouco sobre compatibilidade. O primeiro aspecto a se considerar é hardware. Digamos que você queira trocar a placa de rede do seu notebook. A melhor recomendação é seguir a orientação da fabricante, consultando o manual do dispositivo. Dessa maneira, você evita a frustração de cometer erros e comprar itens que não servirão.
Geralmente, a solução mais prática é a compra de uma placa de rede externa, tal como são as soluções USB. Depois, em um segundo momento, vale considerar a compatibilidade de software. Existem placas que só são compatíveis com determinados sistemas operacionais. Geralmente, Windows e Linux são mais acessíveis, enquanto dispositivos baseados em MacOS são mais fechados.
Como pôde ver, a placa de rede Wi-Fi é um componente indispensável para a conectividade dos dispositivos da atualidade, sejam estes notebooks, All-in-Ones, tablets, smartphones, câmeras, sensores, gadgets IoT ou afins. É por meio desse componente que os eletrônicos conseguem se conectar às nossas redes, oferecendo eficiência e funcionalidades.
Agora que você tem uma noção ampla sobre a placa de rede Wi-Fi, aproveite para descobrir ainda mais sobre dispositivos, componentes, tecnologias e serviços de TI que podem alavancar a produtividade da sua empresa. Para isso, basta acessar a nossa página e entrar em contato!