O teste de software é indispensável, pois dele depende grande parte da satisfação dos clientes. Afinal, é preciso entregar ao usuário final uma aplicação que funcione corretamente, independentemente se tiver uma pessoa ou mil operando nela ao mesmo tempo.
Vários pontos são analisados em um teste de software, desde o código-fonte até a sua capacidade de escalar e a segurança dos dados. Ao longo deste texto, vamos mostrar os principais testes de software, por que eles devem ser feitos e como impactam a qualidade do produto final. Continue lendo!
Como funcionam os testes de software?
A finalidade de testar um software é evitar que ele seja comercializado com bugs. Nesse sentido, uma das etapas básicas é o planejamento, que consiste em definir objetivos, escopo, abordagem e cronograma dos testes. Outro procedimento essencial é a preparação do ambiente, que deve ser configurado por meio da instalação da solução que será testada, tendo em vista um cenário controlado.
Além disso, existe a execução dos testes, que deve estar de acordo com o planejado. Na prática, pode ocorrer de modo manual ou automatizado. Mas seja como for, é fundamental identificar e registrar quaisquer inconsistências no software.
Qual a importância dessa etapa?
Clientes contratam empresas de desenvolvimento para resolver desafios e problemas do cotidiano. Em geral, espera-se maior produtividade e receita, redução de custos e possibilidade de escalar as operações. Então, se houver falhas no software, ele dificilmente vai atender às necessidades de um negócio, ou seja, será um investimento sem retorno.
Alguns pontos cruciais na performance de um software são a velocidade de processar dados e a segurança. Esta, em especial, precisa ter um cuidado cada vez maior, pois violações e ataques cibernéticos sempre podem acontecer.
Quais são os tipos de teste de software?
Um sistema deve atender tanto a necessidades técnicas como a aspectos regulatórios e demandas de negócio. Logo, é importante usar vários tipos de teste de modo combinado, com base nas especificidades daquele cliente. A seguir, conheça os principais exemplos de testes de software.
Testes unitários
O teste unitário é aquele feito no código da aplicação. Na prática, são verificadas as funções e classes que foram desenvolvidas, visando encontrar inconsistências e possibilidades de otimização. Uma característica importante é que esses testes costumam ter um custo baixo e podem até ser automatizados.
Testes de integração
Ao contrário dos testes unitários, os de integração geralmente são mais demorados. Em vez de verificar elementos no nível de código, são testadas funcionalidades inteiras de um software. Inclusive, é um procedimento que vem depois do teste unitário.
Testes funcionais
O teste funcional tem a finalidade de verificar quais as saídas que o programa produz, com base nas entradas. Vale destacar que, aqui, não são considerados aspectos como código-fonte e demais pormenores da implementação. Ele ajuda a identificar, entre outras coisas, funções incorretas, erros em estruturas de dados e problemas de desempenho.
Testes de aceitação
Os testes de aceitação costumam ser os últimos realizados antes de o software chegar às mãos do usuário. Para isso acontecer, usa-se três abordagens: Teste de Aceitação Formal, Teste de Aceitação Informal e Teste Beta. A seguir, confira cada um deles!
Teste de Aceitação Formal
Uma das principais características desse teste é que as funções e recursos já são previamente conhecidos pelos testadores. Além disso, o processo pode ser automatizado, bem como permitir a medição e o monitoramento de indicadores.
Teste de Aceitação Informal
Aqui, não há uma definição tão clara dos procedimentos que serão realizados. Por isso, é mais subjetivo em relação ao Teste de Aceitação Formal, inclusive com a possibilidade de os usuários se familiarizarem com o software, mesmo se ele tiver erros. Em outras palavras, por mais que o usuário use a solução todos os dias, não vai encontrar um bug que prejudique suas tarefas.
Teste Beta
A principal característica do Teste Beta é o nível menor de controle se comparado aos outros dois tipos de teste de aceitação. Na prática, quem define como o procedimento será conduzido é o próprio testador da aplicação: ele cria o ambiente, seleciona os dados de entrada, entre outros procedimentos relacionados.
Testes de desempenho
Em um teste de desempenho, são avaliadas as seguintes características de um software:
- tempo de resposta;
- velocidade;
- escalabilidade;
- estabilidade mediante cargas de trabalho elevadas.
Com base nessa lista, o intuito do teste de desempenho é verificar se a aplicação vai rodar sem nenhum gargalo operacional. Por exemplo, quando muitos usuários estão acessando ao mesmo tempo, espera-se que ele não fique instável e saia do ar.
Testes de segurança
Como já falamos aqui, a segurança deve ser uma preocupação cada vez maior de quem desenvolve software. Nesse sentido, usa-se o teste de segurança para detectar vulnerabilidades e ameaças em um sistema, que venham a causar algum ataque externo ou violação de privacidade de dados, por exemplo.
Importante ressaltar que existem testes específicos dentro da parte de segurança. Um deles é o SAST (Static Application Security Test), usado não nas etapas finais de produção, mas durante o desenvolvimento do software. Se forem encontradas vulnerabilidades e falhas, é possível corrigi-las com mais facilidade e não acumular com outros eventuais erros em etapas posteriores de testes.
Como escolher e gerenciar os testes de software?
Dentre os vários tipos de testes de software, é preciso escolher os que mais fazem sentido em um projeto específico. Um dos principais pontos a ser considerado são os requisitos de testes, algo que inclui as funcionalidades que devem ser testadas e as reais necessidades dos usuários.
Imagine um software de gestão comercial. Para essa aplicação chegar sem erros aos usuários e performar bem, podem ser feitos:
- testes funcionais — para verificar aspectos como cadastro de produtos, gestão de estoque e emissão de notas fiscais;
- testes de integração — para verificar a capacidade do software de se integrar a outras ferramentas;
- testes de desempenho — para verificar se o software continua responsivo mesmo com muitos usuários simultâneos;
- testes de segurança — para verificar a robustez do software em relação aos seus dados, principalmente os confidenciais.
Como vimos, o teste de software é de suma importância na qualidade do produto que chega ao usuário final. Por isso, ele não deve ser negligenciado, independentemente de ser feito de modo manual ou automatizado. Tudo para contemplar aspectos como segurança, desempenho e funcionalidades.
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