Os ataques cibernéticos são uma das maiores preocupações dos departamentos de TI modernos. Com o grande valor gerado pela informação na competitividade de mercado, ela se tornou um alvo constante de criminosos, que buscam comprometer a imagem de uma empresa visando benefícios.
Nesse cenário, conhecer e entender os principais tipos de ameaças cibernéticas é crucial para defender seu sistema contra riscos internos e externos. Neste artigo, veja quais são os 5 ataques mais comuns e como se prevenir!
Como funcionam os ataques cibernéticos?
Os ataques cibernéticos são qualquer tentativa de abusar da vulnerabilidade de sistemas e usuários para acessar dados e processos confidenciais. Os objetivos, geralmente, são de vazamento, extorsão ou, até mesmo, espionagem industrial.
Em relação ao modo de funcionamento, podemos separar as ameaças cibernéticas em dois grupos:
- ataques externos, que utilizam brechas em aplicações e dispositivos para acessar áreas restritas com força bruta;
- ataques internos, em que os criminosos utilizam táticas para acessar de forma legítima o ambiente protegido.
Já nos objetivos de ataque, podemos destacar algumas formas como os criminosos ganham vantagens ao comprometer os sistemas empresariais:
- busca de compensação por meio de extorsão (sequestro de dados);
- acesso a informações privilegiadas de mercado;
- venda desses dados para concorrentes e outras partes interessadas;
- comprometimento da imagem de uma empresa perante seu público.
Seja qual for a motivação, os cibercriminosos se aproveitam do anonimato e da dificuldade de rastreamento de técnicas invasivas para tirarem vantagem e colocarem negócios em situações operacionais delicadas.
Por que eles têm se tornado uma preocupação?
Em 2022, o Brasil registrou mais de 100 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos — um crescimento de 16% em relação ao ano anterior.
Quando analisamos essa tendência, é possível traçar um paralelo bastante evidente entre a popularização da transformação digital e a incidência de crimes contra dados empresariais.
Portanto, podemos concluir que não se trata de algo pontual, mas de uma consequência do aumento do valor das informações no mercado. Todas as vantagens que a gestão baseada em dados traz para um negócio exige também o aumento da preocupação com a sua integridade.
Nesse cenário, o papel dos gestores de TI é ainda mais importante para o sucesso comercial. A equipe tecnológica é responsável por entregar as ferramentas necessárias para a competitividade moderna, mas, ao mesmo tempo, por garantir que elas possam ser usadas com segurança e eficiência.
Quais são os tipos de ataques cibernéticos?
A maior arma contra os cibercrimes é a informação. Conhecer e entender as ameaças cibernéticas mais praticadas ajuda a TI a desenvolver técnicas de prevenção que blindam o sistema empresarial contra riscos externos.
Então, não podemos deixar de tocar neste assunto sem listar os 5 tipos de ataques mais comuns e prejudiciais que as empresas sofrem rotineiramente. Acompanhe.
1. Phishing
O Phishing, uma corruptela da palavra pescaria, em inglês, é a prática de utilizar iscas digitais para enganar usuários, fazendo com que eles forneçam dados legítimos de acesso a um sistema sem perceberem.
Um exemplo muito comum disso é a construção de sites clonados, que imitam exatamente a página de login em sistemas empresariais, bancários etc.
Utilizando variações imperceptíveis na URL, eles levam o usuário a acreditar que está no endereço legítimo e digitar credenciais de login, que são registradas pelo criminoso. Assim, é possível utilizar os mesmos dados para acessar informações sensíveis com facilidade.
2. Malware
Malware, ou software malicioso, é qualquer tipo de código furtivo instalado em um dispositivo (computador, smartphone, entre outros) que passa a executar ações localmente sem o conhecimento do usuário.
Geralmente, eles são instalados não intencionalmente, disfarçados de outros arquivos ou embutidos em aplicações de terceiros.
A partir do momento em que são ativados, agem automaticamente, realizando funções diversas. Os malwares podem ser utilizados para espionar uso de sistemas, interceptar comunicações, registrar teclas digitadas, captar e enviar dados ou até diminuir a capacidade de processamento da máquina.
3. Ransomware
O Ransomware é a categoria de malware que mais se popularizou nos últimos anos. Esse código bastante especializado tem como função criptografar dados a que tem acesso a partir do dispositivo em que foi instalado — que pode ir do disco local da máquina até bancos na nuvem.
O objetivo é impedir o usa da empresa de suas próprias informações e também de dados de clientes, algo que inviabiliza a produtividade na era digital e pode acarretar vazamentos sérios.
Quando bem-sucedido, o criminoso pede uma compensação em dinheiro (geralmente, criptomoeda) para devolver o acesso aos dados — daí o nome Ransom, resgate, em inglês.
4. Engenharia social
Todos os itens até aqui podem estar categorizados na engenharia social, mas é importante tratar essa prática como uma ameaça em si.
Enquanto muita gente pensa que invadir sistemas é como nos filmes, os profissionais de TI sabem que a maior vulnerabilidade está sempre no usuário. É por isso que os ataques mais comuns buscam não forçar a entrada, mas, sim, enganar as pessoas, para que elas concedam acesso sem perceberem.
Entre as práticas de engenharia social estão o envio de e-mails falsos, o Phishing ou, até mesmo, o acesso físico ao dispositivo que o colaborador utiliza para trabalhar.
5. DDoS
O ataque de negação de serviço, ou DDoS, é a ameaça mais popular que não envolve diretamente a engenharia social, sendo considerada uma prática de força bruta.
No modelo, o criminoso utiliza um grande número de dispositivos cooptados por malwares para fazer um volume de acesso superior ao que o servidor da empresa aguenta. Quando isso acontece, o sistema sai do ar e isso se torna uma brecha para invasões ou o comprometimento de produtos digitais oferecidos pelo negócio.
Como se proteger?
Por mais que toda TI precise de um plano de contenção de incidentes, é inegável que a prevenção é a maior arma contra ataques cibernéticos.
Mas como garantir a segurança do seu sistema? Podemos resumir as boas práticas de proteção nos quatro verbos a seguir.
Invista
Computadores corporativos, servidores confiáveis, soluções de monitoramento, plataformas robustas: todo investimento em tecnologia contribui para aumentar a segurança da informação, desde que seja adequado e bem dimensionado às suas necessidades.
Atualize
Sistemas atualizados reduzem o risco de ataques que abusam de brechas de segurança. Se os criminosos estão sempre aprimorando suas técnicas, você deve garantir que o sistema está a par com a sofisticação de ferramentas de invasão.
Capacite
Como citamos, a maior brecha de segurança que uma empresa pode ter é o usuário. Capacitar e educar todos os colaboradores diminui consideravelmente o risco de ataques bem-sucedidos de engenharia social.
Monitore
O controle de acesso, o monitoramento de uso e os históricos de modificação criam uma barreira efetiva de integridade para os dados. Quando a TI conta com ferramentas de acompanhamento, ela consegue não apenas identificar as brechas antes que os ataques aconteçam como também percebê-los em seu início, para poder executar medidas protetivas.
O investimento em tecnologia e o conhecimento são pilares da segurança da informação. Com uma TI estratégica, é possível evitar todos os tipos de ataques cibernéticos e manter a confiabilidade operacional do seu negócio.
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