Já ouviu falar em virtualização de servidores ou hardwares? Talvez essa expressão ainda seja nova para você, mas ela se refere a uma técnica que permite criar um computador virtual no seu PC, que possibilita a instalação de um sistema operacional independente, a execução de programas e a realização de tarefas.
É uma tecnologia importantíssima para aumentar a eficiência operacional nas máquinas, seja em organizações ou para o uso pessoal. Então, vale a pena saber mais sobre ela. Quer entender como funciona esse tipo de solução? Continue a leitura e confira!
O que é virtualização?
A virtualização de computadores é uma técnica que possibilita a criação e a execução de vários sistemas operacionais e aplicativos em um único hardware físico, aproveitando ao máximo sua capacidade de processamento, memória, armazenamento e rede. É como se você estivesse simulando diversos PCs virtuais em um só, cada um com seu próprio ambiente isolado.
Essa prática proporciona muitos benefícios para os usuários, desenvolvedores e administradores de TI, tais como:
- ganho de eficiência do recurso — reduz o número de servidores físicos necessários para executar os aplicativos, economizando espaço, energia e custos;
- utilização de toda a capacidade do hardware físico — evita o desperdício de recursos e aumenta o desempenho dos sistemas;
- gerenciamento facilitado — simplifica o uso e o gerenciamento dos sistemas operacionais e aplicativos, já que permite criar, configurar, migrar, clonar, restaurar e excluir as máquinas virtuais de forma rápida;
- qualifica o uso — padroniza, aumenta a segurança e a recuperação dos sistemas em caso de falhas ou desastres;
- proporciona a compatibilidade e portabilidade — permite executar sistemas operacionais e aplicativos de diferentes plataformas e versões em um mesmo hardware físico, sem conflitos ou dependências.
A virtualização é uma tecnologia que está na base da computação em nuvem, permitindo que os provedores de serviços ofereçam recursos sob demanda aos usuários com custos mais baixos e alta disponibilidade.
Ela também é uma prática padrão na arquitetura de TI corporativa, melhorando significativamente a gestão dos recursos da tecnologia da informação, promovendo a segurança dos dados e a agilidade nos processos de negócio.
Quais são os tipos de virtualização e para que servem?
A virtualização oferece serviços de infraestrutura, plataforma e software sob demanda pela internet. Mas nem todo processo de virtualização é igual. Existem diferentes tipos de serviço, cada um com suas vantagens e desvantagens.
Os principais incluem:
- virtualização de servidor: consiste em dividir um servidor físico em vários servidores virtuais, cada um com seu próprio sistema operacional e aplicações;
- virtualização de armazenamento: trata de agrupar vários dispositivos de armazenamento físicos em um único dispositivo lógico, que pode ser acessado por vários servidores virtuais;
- virtualização de rede: é a criação de redes virtuais independentes das redes físicas, que podem conectar vários servidores virtuais entre si ou com a internet;
- virtualização de desktop: serve para executar o sistema operacional e as aplicações do usuário em um servidor centralizado, que pode ser acessado por vários dispositivos remotos, como notebooks, tablets ou smartphones.
Isso tudo contribui para proporcionar mais inovação e flexibilidade às organizações, permitindo que elas se adaptem às mudanças e às demandas do mercado de forma mais ágil, conectada e moderna. A virtualização também facilita a transição para a computação em nuvem, que oferece ainda mais benefícios e oportunidades para os negócios.
O que acontece ao ativar a virtualização de hardwares?
Se você está disposto a executar vários sistemas operacionais e aplicações em um mesmo computador físico ou notebook, por exemplo, aproveitando melhor os recursos disponíveis, precisará ativar a virtualização por hardware. Ao fazer isso, o que acontece é que o processador passa a ter dois modos de operação: o modo nativo e o modo virtual.
No modo nativo, ele executa as instruções diretamente no hardware, sem nenhuma interferência. Já no modo virtual, o processador executa as instruções em um ambiente simulado, que imita o hardware real. Esse ambiente simulado é chamado de máquina virtual.
Isso traz benefícios como economia de espaço, energia, custos e manutenção, entre outros. Além disso, a virtualização de hardwares facilita a migração, o backup, a recuperação e a segurança dos dados. Por exemplo, se um sistema operacional ou uma aplicação apresentar algum problema, basta desligar a máquina virtual e iniciar outra sem afetar o funcionamento do computador físico.
Você também pode usar esse recurso virtual para testar novos sistemas operacionais e aplicações sem riscos de danificar o hardware ou comprometer os dados existentes. Se você quiser experimentar o Linux, mas não quer formatar o seu computador com Windows, é só criar uma máquina virtual com Linux e executá-la dentro do Windows. Assim, você pode usar os dois sistemas operacionais ao mesmo tempo, sem conflitos ou perdas.
Para ativar a virtualização de hardwares, é preciso ter:
- um processador que suporte essa tecnologia;
- software que gerencie as máquinas virtuais.
Esses softwares permitem criar, configurar e controlar as máquinas virtuais, definindo aspectos como o tamanho da memória, o espaço em disco, a rede e os dispositivos periféricos. Depois de criar as máquinas virtuais, basta instalar os sistemas operacionais, as aplicações desejadas e começar a usar.
Como fazer a virtualização do PC?
Quer seguir adiante e fazer a virtualização do seu PC? Para isso, sugerimos que você fique de olho nos passos que preparamos. Eles são:
- Escolher um software de virtualização adequado ao seu sistema e às suas demandas;
- Instalar o software seguindo as configurações do fabricante;
- Instalar o sistema operacional que vai rodar na máquina virtual;
- Configurar seu PC virtual com as características que você deseja;
- Executar a máquina virtual e utilizar o PC criado.
Esta é uma forma simples e eficiente de ter vários sistemas operacionais em um único computador. Com a virtualização do PC, você pode testar novos softwares, rodar jogos antigos, acessar dados e aplicativos de diferentes plataformas, entre outras possibilidades.
Como ocorre a virtualização de hardware?
A virtualização de hardware consiste em criar uma camada de abstração entre o hardware e o software, chamada de hipervisor ou monitor de máquina virtual (VMM). O hipervisor é responsável por gerenciar o acesso dos sistemas operacionais e aplicações convidadas ao hardware, garantindo o isolamento, a segurança e o desempenho de cada um.
O hipervisor também pode oferecer recursos virtuais que não existem no hardware real, como placas de rede, discos e memória adicionais. Isso gera vários benefícios, como:
- redução de custos;
- flexibilidade e independência de vários hardwares físicos;
- disponibilidade de dados;
- segurança do sistema hospedeiro;
- compatibilidade com vários softwares.
Essa virtualização de hardware também pode ser classificada em dois tipos principais:
- virtualização completa: em que o hipervisor emula todo o hardware para os sistemas operacionais e aplicações convidadas, que não precisam ser modificados para rodar em um ambiente virtualizado;
- virtualização parcial: na qual o hipervisor intercepta apenas as instruções privilegiadas dos sistemas operacionais e aplicações convidados, que precisam ser adaptados para rodar em um ambiente virtualizado.
Quais são os maiores desafios da virtualização?
Embora a virtualização proporcione muitos benefícios para os usuários, ela também apresenta alguns desafios que devem ser considerados antes de sua implementação. Um dos principais desafios da virtualização é o gerenciamento dos recursos virtuais.
Como os recursos de hardware são compartilhados entre vários ambientes virtuais, é preciso garantir que cada um receba a quantidade adequada de processamento, memória, armazenamento e rede. Além disso, é preciso monitorar o desempenho e a disponibilidade dos recursos virtuais, bem como realizar backups e atualizações de forma eficiente e segura.
Outro desafio que não pode ser ignorado é a segurança dos dados e das aplicações. Embora a virtualização possa aumentar a segurança ao isolar os ambientes virtuais, ela também pode criar riscos, como ataques entre máquinas virtuais, vulnerabilidades nos sistemas operacionais e nos hipervisores, e perda ou roubo de dados. Por isso, é necessário adotar medidas de proteção adequadas, como criptografia, firewall, antivírus e controle de acesso.
Um terceiro desafio da virtualização é a compatibilidade das aplicações. Nem todos os programas estão preparados para rodar em ambientes virtuais, podendo apresentar problemas de funcionamento, licenciamento ou suporte. Por isso, é importante realizar testes prévios e verificar as especificações técnicas das aplicações antes de virtualizá-las.
Por fim, o que também pode dificultar a virtualização é a capacitação dos profissionais. Esse tipo de atividade requer conhecimentos específicos sobre as ferramentas e as técnicas utilizadas para criar e gerenciar os ambientes virtuais.
Além disso, é preciso estar atento às novidades e às tendências do mercado, como a computação em nuvem, o edge computing e a inteligência artificial, por exemplo. Por isso, é fundamental investir em treinamento e certificação dos profissionais envolvidos na virtualização.
Em suma, a virtualização é uma solução de tecnologia que exige planejamento e cuidado para superar os desafios da sua implementação. Vale lembrar que não se trata de uma solução mágica, mas sim de uma estratégia que deve ser alinhada aos objetivos e às necessidades de cada negócio.
Felizmente, a tecnologia da virtualização de hardware vem se desenvolvendo e se popularizando, sendo incorporada a data centers, nuvens computacionais, desktops e até dispositivos móveis. Como você já viu, ela possibilita que as organizações e até mesmo os usuários aproveitem melhor os recursos de hardware disponíveis, contribuindo para a competitividade das atividades.
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