Os softwares usados atualmente na maioria das organizações, embora tenham sido ideais quando foram implementados, podem, com o tempo, não conseguir acompanhar o ritmo da tecnologia mais recente. Diante desse cenário de rápida transformação tecnológica, cresce o número de empresas que apostam na modernização de aplicações.
Segundo o relatório Markets and Markets, o tamanho do mercado global de modernização de aplicações tem uma taxa de crescimento (CAGR) de 16,7%. De 15,2 bilhões de dólares em 2022, espera-se que esse mercado alcance 32,8 bilhões de dólares em 2027.
Isso significa que é hora de as empresas começarem a modernizar seus sistemas e abraçar novas oportunidades de crescimento e expansão. Continue para entender mais sobre como funciona esse processo de atualização e os benefícios associados a ele.
O que é modernização de aplicações?
A modernização de aplicações é uma estratégia de TI para acompanhar as tendências tecnológicas da transformação digital e acelerar o crescimento da empresa. Ela consiste em aprimorar a entrega dos softwares usados na atual infraestrutura de TI.
Em vez de começar do zero, desenvolvendo ou adquirindo programas completamente novos, a proposta da modernização é atualizar, buscar novas versões das aplicações existentes e ferramentas complementares. Para muitas organizações, isso significa incorporar recursos tecnológicos avançados e de alto nível, como IoT, IA, ML e ferramentas de Big Data.
A modernização também pode envolver o uso de plataformas tecnológicas que funcionam de maneira colaborativa em tempo real, como a nuvem, criar espaços para comunicação virtual e envolvimento da força de trabalho.
Como funciona?
A modernização de aplicações é um processo essencial para manter a competitividade das empresas no contexto tecnológico de constante evolução. Porém, esse processo não é único e varia conforme as necessidades e características de cada empresa.
Abaixo, apresentaremos algumas maneiras comuns pelas quais as organizações modernizam suas aplicações.
Microsserviços
Em vez de manter aplicações grandes e monolíticas, as empresas estão dividindo suas aplicações em partes menores, chamadas de microsserviços. Cada microsserviço executa uma função específica, tornando a gestão e a manutenção mais flexíveis.
Uso de contêineres
O container em TI é como um compartimento isolado em um servidor, projetado para executar aplicações distribuídas. Ele permite que vários sistemas separados funcionem em um único sistema operacional (SO).
Migração para a nuvem
Migrar tecnologias legadas para plataformas em nuvem, como AWS (Amazon Web Services) e Azure (Microsoft Azure), oferece inúmeras vantagens para a empresa, como escalabilidade sob demanda, redução de custos com infraestrutura, mais flexibilidade e acesso a uma ampla gama de serviços gerenciados.
Adoção do código aberto
Em vez de depender apenas de software comercial de terceiros, as empresas estão utilizando software de código aberto, desenvolvido por uma comunidade de programadores.
Esse tipo de software permite que as organizações acessem e personalizem o código-fonte para atender às suas necessidades específicas, economizando custos e ganhando flexibilidade.
Práticas Ágeis
A aplicação de práticas ágeis, como o desenvolvimento ágil e a integração contínua/entrega contínua (CI/CD), permite que as empresas atualizem constantemente a tecnologia conforme as tendências.
Utilização de APIs
Uma API (Application Programming Interface) oferece o compartilhamento de dados e a comunicação entre aplicações, permitindo fácil integração de aplicações legadas com sistemas mais recentes baseados em nuvem.
As APIs auxiliam as empresas a colher os benefícios da computação em nuvem sem precisar substituir os sistemas existentes.
Integração DevOps
A integração do desenvolvimento e da operação de software, conhecida como DevOps, é um processo útil para modernizar aplicações. Esse processo envolve a colaboração estreita entre equipes de desenvolvimento e operações, resultando em uma entrega mais rápida e eficiente de software, com menos erros e interrupções.
Por que vale a pena investir nesse processo?
Embora muitos sistemas legados sejam essenciais para o funcionamento das empresas, os gestores de TI devem considerar o custo contínuo de mantê-los em relação ao custo e à migração da modernização de aplicações.
Entretanto, também é importante olhar além desses gastos e considerar as vantagens estratégicas das aplicações mais modernas. Veja abaixo.
Compatibilidade
A modernização de aplicações legadas aumenta a interoperabilidade com novas tecnologias, plataformas e códigos. Além disso, permite que as organizações integrem perfeitamente as suas aplicações, de modo que estejam mais bem posicionadas para satisfazer exigências atuais e futuras.
Nativo da nuvem
A modernização do parque tecnológico ajuda as organizações a reestruturar aplicações legadas para aplicações nativas da nuvem. É uma maneira de obter mais escalabilidade, segurança, agilidade e custos mais baixos.
Mais segurança
Aplicações legadas tornam as empresas mais vulneráveis a ameaças à segurança. Isso ocorre porque aplicações obsoletas geralmente são incompatíveis com padrões de segurança e métodos de autenticação modernos.
Portanto, modernizar as aplicações pode eliminar as vulnerabilidades de segurança que os sistemas legados representam.
Aumento de produtividade
Modernizar as aplicações e facilitar o acesso a melhores serviços para os desenvolvedores pode tornar as equipes de engenharia mais produtivas.
Como ter sucesso na modernização de aplicações?
As tecnologias não se tornam desatualizadas da noite para o dia: é um processo gradual. No entanto, as aplicações que não são atualizadas regularmente enfrentam um risco maior de se tornarem obsoletas mais cedo.
A seguir, confira algumas dicas para começar o planejamento da modernização de aplicações na sua empresa.
Avaliar os sistemas atuais
Se a aplicação legada não atender às necessidades de TI ou causar um impedimento ao sucesso dos negócios, ele precisará de um exame mais minucioso. É importante avaliar as questões relacionadas ao uso dos sistemas atuais para clientes ou funcionários.
Não apenas a usabilidade, mas o custo também deve ser um fator decisivo sobre continuar usando sistemas legados ou abandoná-los. Quanto mais problemas você descobrir, mais crítico será atualizar a aplicação.
Definir metas e métricas
Para começar a planejar um projeto de modernização, é necessário que a equipe de TI envolva no processo as principais partes interessadas da empresa para identificar as metas de negócios que o projeto deve alcançar.
Isso é importante por um motivo simples: a atualização da infraestrutura de tecnologia está sempre associada a um objetivo específico da empresa. Por exemplo, uma clínica pode decidir modernizar o seu sistema de registo eletrônico de saúde (EHR) para reduzir os tempos de espera e aumentar a satisfação dos pacientes com o serviço da clínica.
Com metas claras, será mais fácil definir métricas para monitorar o progresso da empresa com as aplicações aprimoradas.
Preparar todos para as mudanças
Os funcionários podem não aceitar as mudanças prontamente porque estão acostumados com as formas atuais de fazer as coisas, e a adoção de novas ferramentas e fluxos de trabalho diferentes pode perturbar a sensação de segurança e estabilidade.
Treinamento, suporte e uma comunicação aberta com os funcionários pode ajudá-los a se adaptarem às mudanças advindas da modernização de aplicações.
Com tecnologias disruptivas surgindo dia após dia, o futuro de uma empresa depende, mais que nunca, de ser mais adaptável às mudanças. Agora que você já sabe o que é modernização de aplicações, chegou a hora de dar esse passo para a transformação digital.
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