O Banco Central (BC) anunciou uma novidade que deve beneficiar toda a população brasileira. Trata-se de do PIX, um sistema de pagamentos que substituirá os tradicionais DOC e TED e permitirá transferências online de dinheiro, 24 horas por dia, inclusive entre contas de diferentes instituições.
De acordo com BC, o novo sistema estará disponível a partir de novembro de 2020 e até lá diversos testes serão realizados pela plataforma. Inicialmente, o sistema funcionará paralelamente aos tradicionais DOC e TED, mas ao que tudo indica é bem provável que ele acabe se tornando um substituto para ambos.
O que é e como funciona o PIX?
O PIX estará disponível para todos aqueles que possuam contas bancárias, sejam elas em um banco tradicional, em uma financeira ou em uma fintech. Estão contempladas na modalidade não só as contas correntes, mas também as contas poupança e contas de pagamento.
A principal vantagem é a concretização da transação de forma imediata. Hoje, quando se faz uma TED, por exemplo, as transações são liquidadas em até 30 minutos, em horário bancário, e em até um dia útil quando a transação ocorre fora do horário comercial. Com o PIX as liquidações serão efetuadas imediatamente, mesmo no caso de transações entre bancos diferentes.
“Para além da rapidez e praticidade dos pagamentos instantâneos, a sociedade poderá sentir os benefícios da maior competição no mercado de pagamentos de varejo, com redução de custos e melhoria na qualidade dos serviços. Além disso, essa iniciativa, em linha com a revolução tecnológica em curso, possibilita a inovação e o surgimento de novos modelos de negócio e promove a eletronização dos pagamentos, reduzindo o risco operacional e as dificuldades relacionadas ao uso do dinheiro em espécie.” ressaltou João Manoel Pinho de Mello (foto), diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução.
Mais praticidade às transações
Além disso, as transações PIX poderão ser feitas por meio de QR Code ou mediante a utilização de informações como número do celular, e-mail, CPF ou CNPJ. A ideia é que novas formas de pagamento digital possam se beneficiar desse sistema, tornando mais simples a vida dos usuários.
No que diz respeito aos QR Code, o BC estabeleceu que haverá dois tipos: o estático e o dinâmico. O estático poderá ser usado em múltiplas transações e permitirá a definição de um valor fixo para um produto ou a inserção do valor pelo pagador. Poderá ser usado para uma transferência entre duas pessoas, por exemplo.
Já o QR Code dinâmico será de uso exclusivo a cada transação e permitirá a inserção de informações adicionais, o que facilita a conciliação e automação comercial. Ele servirá para o pagamento de uma compra em um supermercado ou em um restaurante, entre outras possibilidades.
Mais possibilidades para o futuro
Além das novidades trazidas pelo PIX, o BC estuda novas funcionalidades que poderão ser incorporadas no futuro, como o pagamento por aproximação. Serviços cujo recolhimento de taxas são feitos diretamente junto à União poderão se beneficiar dessa tecnologia. É o caso do pagamento de taxas para emissão de passaportes ou mesmo de entradas em parques federais.
“Além disso, medidas que impõem a obrigatoriedade de oferta desse serviço aos maiores agentes do mercado farão com que o PIX chegue a uma maior parcela da população, possibilitando que as pessoas escolham a opção que lhes for mais conveniente.” diz Breno Lobo, do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro.
O sistema estará disponível para todas as instituições bancárias, mas assim como ocorre com DOCs e TEDs, estará sujeito a cobranças por parte das instituições financeiras.
Fonte(s): BCB, Computer World e Agencia Brasil.
