O que é obsolescência programada?

A obsolescência programada é uma prática adotada por indústrias com o objetivo de encurtar a vida útil de produtos, incentivando a substituição contínua por novos modelos. Em termos práticos, isso significa que certos dispositivos são construídos com materiais e características que, em algum momento, vão perder sua eficiência ou tornar-se obsoletos em um período programado, ainda que tecnologicamente possam durar mais. 

A estratégia tem por finalidade estimular o consumo e manter o ciclo econômico ativo, mas traz consigo consequências ambientais e sociais relevantes. Historicamente, a origem desse conceito remonta à década de 1920, quando o Cartel Phoebus — um grupo de fabricantes de lâmpadas — limitou a duração das lâmpadas incandescentes a mil horas de uso, muito menos do que a tecnologia permitia na época. 

Outro marco importante ocorreu em 1932, com o corretor Bernard London, que sugeriu institucionalizar essa prática nos Estados Unidos como uma solução para a crise econômica. 

Na prática, a obsolescência programada pode ocorrer de diversas formas:

  1. Obsolescência perceptiva: relaciona-se à mudança estética dos produtos, como ocorre na moda e em smartphones, induzindo o consumidor a desejar novos modelos apenas por razões visuais.
  2. Obsolescência funcional: ocorre quando um produto deixa de ser compatível com novas versões de software ou com outros dispositivos, mesmo que continue funcionando fisicamente.
  3. Obsolescência sistêmica: caracteriza-se pela impossibilidade de reparo, seja por componentes inacessíveis, como baterias integradas, seja pela indisponibilidade de peças de reposição.
  4. Obsolescência legal: surge da introdução de normas que proíbem o uso de produtos antigos, como a restrição de veículos a diesel em certas regiões urbanas.

Exemplos de obsolescência programada e descarte correto do lixo eletrônico

É possível observar essa prática tanto em produtos do dia a dia quanto em tecnologias mais avançadas. Abaixo, alguns casos notórios:

  • Smartphones e laptops: empresas de tecnologia no exterior já foram multadas por diminuir o desempenho de dispositivos mais antigos por meio de atualizações de software. Isso força os usuários a adquirir novos modelos.
  • Eletrodomésticos: itens como máquinas de lavar e geladeiras frequentemente possuem peças críticas que falham antes do esperado. Muitas vezes, o custo da substituição é tão alto que torna mais viável comprar um aparelho novo.
  • Veículos: a indústria automobilística adota novas tecnologias que tornam modelos anteriores obsoletos, como sistemas de entretenimento que deixam de ser atualizados. Além disso, leis de emissões restringem a circulação de veículos mais antigos.
  • Brinquedos e eletrônicos descartáveis: Produtos infantis frequentemente incluem componentes selados ou de difícil reparo, como baterias internas, inviabilizando sua reutilização e incentivando o descarte.

O impacto do descarte inadequado

A aceleração do consumo tem como consequência um volume crescente de lixo eletrônico, que muitas vezes é descartado de maneira incorreta. Isso contamina o meio ambiente e também desperdiça recursos valiosos. 

Afinal, computadores, celulares e eletrodomésticos contêm metais como ouro, cobre e alumínio, além de substâncias tóxicas, como chumbo e mercúrio, que podem contaminar o solo e os lençóis freáticos.

A decomposição e a incineração incorreta desses resíduos liberam gases de efeito estufa e compostos tóxicos na atmosfera, agravando as mudanças climáticas. 

A Organização das Nações Unidas estima que, globalmente, mais de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico sejam geradas anualmente, muitas vezes enviadas para aterros sem tratamento adequado.

Como fazer o descarte correto do lixo eletrônico

O descarte adequado é super necessário para minimizar o impacto ambiental da obsolescência programada. Algumas boas práticas incluem:

  1. Identificar pontos de coleta autorizados: muitos municípios e lojas de eletrônicos oferecem pontos de coleta para descarte de baterias, celulares e pequenos dispositivos.
  2. Participar de programas de logística reversa: fabricantes e distribuidores são cada vez mais obrigados por lei a recolher produtos antigos.
  3. Doação e reuso: produtos em boas condições, mesmo que ultrapassados, podem ser doados ou revendidos em mercados de segunda mão. Tal prática prolonga sua vida útil e evita o descarte precoce.
  4. Central de Sustentabilidade: empresas comprometidas com a sustentabilidade, como a Positivo Tecnologia, possuem serviços especializados de reciclagem. Através desses programas, cada componente é separado e enviado para recicladores que garantem o tratamento correto.

Para mais detalhes sobre como a Positivo está liderando iniciativas de sustentabilidade e TI verde, visite Positivo TI Verde. E para se manter atualizado sobre tecnologia, tendências e novidades do mundo digital, acompanhe nosso blog Positivo Do Seu Jeito..

Com pequenas ações, podemos contribuir para um consumo mais consciente e reduzir o impacto da obsolescência programada no meio ambiente. Vamos juntos transformar o presente e construir um futuro mais sustentável!

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