A briga pelo título de supercomputador mais rápido do mundo é sempre uma disputa bastante acirrada. A rápida evolução tecnológica faz com que essas supermáquinas não fiquem com o primeiro lugar por muito tempo.
A bola da vez é uma máquina norte-americana que atende pelo nome de Summit. Ela foi projetada tendo o Departamento de Energia dos Estados Unidos como seu principal cliente e, por conta disso, terá aplicações de inteligência artificial e machine learning rodando com foco de pesquisar fontes alternativas de energia para as próximas gerações.
A máquina deve ainda auxiliar nas pesquisas relacionadas ao câncer e ao Alzheimer. Vamos conhecer um pouco mais sobre essa que é considerada a máquina científica mais poderosa já criada?
Uma máquina de fazer inveja
O Summit tem potência real para fazer até 200 petaflops de operações por segundo. Para se ter uma ideia do tamanho do número, pense no número 200 seguido por mais 15 zeros: isso dá 200 quatrilhões. Esse número é quase o dobro do registrado pela máquina recordista até então, a chinesa Sunway TaihuLight, que atinge uma marca de 125 petaflops.
®NATIONAL LABORATORY
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Para atingir essa capacidade, são necessários nada menos do que 9 mil processadores e quase 28 mil GPUs. As GPUs foram otimizadas para trabalhar com machine learning e inteligência artificial e, segundo o fabricante, juntas elas são responsáveis por cerca de 95% da capacidade de trabalho do supercomputador.
Movida à água
Outro detalhe bastante interessante é o sistema de resfriamento utilizado pela máquina. Para que toda essa infraestrutura não superaqueça, são necessários cerca de 15 mil litros de água por minuto. Dessa forma, é possível fazer com que a máquina opere no máximo sem que exista qualquer risco de superaquecimento.
Falando ainda do hardware, aqui vão mais alguns números impressionantes para ilustrar o poder de fogo que o Summit tem: são 10 petabytes de memória RAM e mais 250 petabytes de espaço de armazenamento. Colocando isso em números mais próximos da nossa realidade, falamos de um espaço equivalente a 250 mil HDs de 1 TB.
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O papel do Summit no futuro
Como já mencionamos, o Summit é um supercomputador criado sob medida para o Departamento de Energia dos Estados Unidos. Porém, isso não significa que as suas aplicações vão se limitar às pesquisas desse órgão. Há muitos outros usos previstos para ele e logo de início ele deve servir de ferramenta para a área de saúde.
Serão desenvolvidas ferramentas para extrair e analisar dados médicos da população norte-americana com relação ao câncer e ao Alzheimer. A ideia é encontrar padrões de comportamento e evolução da doença, facilitando a busca por mecanismos que possam combater o desenvolvimento dessas doenças.
Já em se tratando das aplicações para Departamento de Energia, o Summit deve se envolver em pesquisas que busquem encontrar uma nova geração de materiais. Serão analisados dados sobre energia de fusão, sobre eficiência de baterias e propriedades de materiais de construção a partir de suas escalas atômicas.
O supercomputador ocupa um espaço de mais de 520 metros quadrados do Laboratório Nacional de Oak Ridge, no estado do Tennessee, nos Estados Unidos. Comparando seu tamanho com instalações do nosso dia a dia, é como se ele ocupasse uma área equivalente à de duas quadras de tênis.
Fonte(s): TechCrunch e ExtremeTech
