Campeã do mundo em 2010, a seleção da Espanha chegou para a Copa de 2018 como uma das favoritas ao título. Porém, o país que tem um dos campeonatos mais fortes do mundo não se resume ao futebol. Desde a época do Descobrimento do Brasil, as tecnologias espanholas sempre se destacaram.
O país já foi uma das grandes potências do mundo no passado, mas mesmo perdendo a imponência com o passar do tempo, muito do que foi criado pelos seus inventores permanece sendo utilizado até hoje. Nesse artigo, listamos cinco tecnologias criadas por espanhóis que acabaram por revolucionar o mundo.
Embora a Espanha tenho sido uma grande potência na época da Grandes Navegações, especialmente entre 1400 e 1600, o submarino foi criado apenas no final do século XIX. A invenção é obra do engenheiro Isaac Peral.
Ele revolucionou a forma de navegar ao criar uma embarcação marítima movida a eletricidade e capaz de viajar completamente submersa.
O primeiro modelo foi construído completamente em aço e a criação tinha fins militares. A peça, com 230 anos de vida, está exposta hoje no Porto de Cartagena na cidade de Murcia, na Espanha.
Mesmo antes dos smartphones se tornarem um sucesso, muitas pessoas tinham em sua casa ou escritório calculadoras digitais. Essas peças de tecnologia extremamente simples e úteis existem graças ao trabalho do espanhol Leonardo Torres y Quevedo.
Em 1914, baseado nos projetos de Blaise Pascal — o inventor da primeira calculadora — ele adaptou a ideia para que fosse possível tirar proveito dos modernos recursos digitais.
O resultado foi uma invenção que se popularizou rapidamente e hoje é indispensável para a maioria de nós.
Leonardo Torres y Quevedo, o mesmo engenheiro que criou a calculadora digital, também foi o responsável pela primeira patente do “sistema funicular aéreo em múltiplos cabos”. Traduzindo, falamos aqui dos teleféricos — uma das invenções mais importantes da história da Espanha.
O primeiro modelo funcional que se tem notícia entrou em funcionamento em 1907 em Monte Ulía, em San Sebastián, na Espanha. O sucesso foi imediato e a ideia rapidamente foi exportada para outros países.
Por exemplo, o teleférico das Cataratas do Niágara, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, foi um dos primeiros a se apropriar do projeto e o próprio Quevedo acompanhou de perto a sua implementação. Sem contar o famoso bondinho do Rio de Janeiro!
Muitas das doenças que existiram no passado foram transmitidas em função do compartilhamento de seringas. As seringas descartáveis, por incrível que pareça, começaram a ser utilizadas somente em 1973, quando o engenheiro aeronáutico Manuel Jalón as trouxe para o país.
Ele já era conhecido por uma outra invenção curiosa: o esfregão. Graças ao sucesso desse utensílio doméstico ele conseguiu financiamento para produzir 20 mil seringas hipodérmicas descartáveis de plástico.
A ideia revolucionou o mercado e os estudos mostraram uma redução nos índices de contaminação. A pequena fábrica da cidade de Fraga, que apostou na ideia, cresceu e se tornou uma referência, exportando o item para o mundo todo.
O uso do vapor de água para produção de movimento mecânico tem registros já há 2 mil anos, mas nada do que havia sido criado era prático e eficiente. Em 1606 o inventor espanhol Jerónimo de Ayanz y Beaumont obteve do Império Espanhol a patente de um sistema que usava vapor para drenar minas.
Beaumont não teve muito tempo para colher os louros da sua invenção, uma vez que morreu muito doente em 1613. No entanto, seu nome ficou na história de uma invenção que não parou de se desenvolver ao longo do século XVI.
O motor a vapor foi um dos grandes responsáveis pela Revolução Industrial, que ocorreria no final do século seguinte, especialmente na Inglaterra.
Fonte(s): Spain in Theusa, Spain for Pleasure e Wikipédia