A Arquitetura Serverless é uma abordagem que está se tornando uma das maiores tendênciasdos últimos anos, principalmente por sua eficiência, economia e disponibilidade.
Mas você entende de forma ampla e aprofundada o que é a Arquitetura Serverless, como surgiu e quando vale a pena utilizar esse modelo? Nesta leitura, você entenderá melhor sobre o tema, garantindo as melhores escolhas para os seus projetos. Acompanhe!
O que é a Arquitetura Serverless?
Uma Arquitetura Serverless é aquela que dispensa o uso de servidores. No desenvolvimento de aplicativos, tanto mobile quanto web, a Arquitetura Serverless incentiva a contratação e hospedagem de serviços terceiros, tanto de backend quanto de funções personalizadas — Backend as a Service e Functions as a Service, respectivamente.
Nesse formato, os desenvolvedores podem comprar cotas de serviço de forma muito mais flexível e proporcional ao crescimento de suas aplicações — o famoso “pague conforme o uso”, em que o desenvolvedor paga apenas pelos créditos utilizados na prestação de serviços aos seus usuários. Assim, o custo é sempre proporcional aos recursos consumidos pela aplicação.
No fim das contas, “serverless” é apenas uma expressão, pois é claro que a aplicação continua conectada à internet e dependendo do uso de funções e servidores. A diferença é que esses recursos são terceirizados sob demanda, permitindo que o desenvolvedor cresça sua aplicação com eficiência, organização e sustentabilidade do ponto de vista dos custos e da agilidade.
Com a Arquitetura Serverless, quem desenvolve não precisa se preocupar com uma série de etapas críticas do desenvolvimento, como dimensionamento, capacidade, ajuste, otimização, gerenciamento, manutenção, virtualização de máquinas ou disposição de servidores físicos, pois tudo isso é abstraído e terceirizado por empresas que provêm esses serviços já prontos e otimizados.
Como surgiu a Arquitetura Serverless?
Assim como muitas outras tendências, a Arquitetura Serverless surgiu organicamente após outras evoluções pontuais, sobretudo após tecnologias de “dockerização”e microsserviços. Desde o boom da indústria de aplicativos, que começou pouco após 2008, o setor percebeu que era necessário reduzir o tempo de desenvolvimento e a complexidade dessa jornada.
Com o tempo, dois nichos de mercado surgiram e ganharam espaço, as BaaS e as FaaS — Backend as a Service e Function as a Service, respectivamente. Foi a partir dessas opções, que oferecem muita comodidade, praticidade e velocidade ao desenvolvimento, que começou a se popularizar a ideia de criar aplicações cada vez mais leves, flexíveis e dinâmicas.
Vale a pena usar a Arquitetura Serverless?
Assim como qualquer outra tecnologia no mundo do desenvolvimento, a resposta é: depende. A Arquitetura Serverless é uma abordagem excelente para quem quer cortar tempo de desenvolvimento (TTM: time to market) e proporcionalizar os custos operacionais com o volume de usuários a todo o momento.
No entanto, existem casos em que ainda é preferível optar por uma arquitetura tradicional, com o próprio time desenvolvendo os módulos, funções e recursos da ferramenta. Isso porque, assim, é possível reduzir o nível de dependência de terceiros, teoricamente, elevando a confiabilidade e disponibilidade da aplicação, assim como sua própria segurança.
Qual a diferença entre Arquiteturas Serverless e Computing?
Para a maioria de suas funções e recursos, a computação de uma aplicação Serverless ocorre remotamente, ou seja, em uma instância terceira e externa ao aplicativo em si. Se por um lado isso é muito interessante, pois reduz drasticamente o tempo de desenvolvimento, por outro lado, a abordagem também conta com seus desafios e peculiaridades.
Em contrapartida, existe a arquitetura de computação local, em que as funções e o backend são estruturados na própria aplicação — a arquitetura tradicional. Por exigir que tudo seja feito pela própria equipe de desenvolvimento, essa abordagem custa mais tempo, mas pode ser uma solução ideal para quem busca maior controle sobre a própria aplicação.
O que envolve a Arquitetura Serverless?
Não existem tecnologias ruins, mas conceitos aplicados de forma mal planejada. A Arquitetura Serverless é um exemplo disso, visto que serve muito bem uma parcela substancial das novas aplicações no mercado. Em grande parte, a abordagem Serverless está conectada com outra tendência, que é a Arquitetura de Microsserviços.
Nesta metodologia, a maior parte do desenvolvimento é terceirizado por meio da importação de módulos, recursos, funções e pacotes, plugando a aplicação a uma série de SaaS (Software as a Service), DaaS (Data as a Service), IaaS (Infrastructure as a Service), FaaS, BaaS e afins, agilizando o tempo de desenvolvimento em semanas e até mesmo meses.
Quando optar pela Arquitetura Serverless?
A Arquitetura Serverless é uma solução pontual para os times que precisam de velocidade e escalabilidade em uma só medida. Não por acaso, é uma arquitetura frequentemente utilizada no desenvolvimento de MVPs (Produto Mínimo Viável), com o objetivo de testar a viabilidade de uma ideia com agilidade e eficiência.
Por outro lado, em projetos menos sensíveis a prazos e mais críticos em termos de segurança e disponibilidade, a Arquitetura Serverless pode não ser a melhor alternativa. Dizemos isso, porque essa metodologia, por sua própria natureza, é completamente dependente do uptime (disponibilidade) e suporte dos serviços e soluções terceirizadas.
Então, caso ocorra um downtime (indisponibilidade) na prestação desses serviços, a aplicação é imediatamente afetada, sem que a sua equipe possa fazer algo para solucionar o problema localmente, já que se trata de um problema externo. É por isso que a escolha entre computação local e remota sempre deve ser ponderada com planejamento, visão e estratégia.
Como garantir a segurança da Arquitetura Serverless?
Por fim, vale falar sobre as formas de elevar a segurança dessas aplicações. Primeiramente, é importante investir em bons cursos para os profissionais de TI da sua equipe. Em seguida, é preciso estimular as boas práticas de programação, com documentação, métodos de monitoramento e introdução de recursos de backup para os casos de indisponibilidade de algum dos módulos.
Como visto, a Arquitetura Serverless é repleta de destaques (agilidade, economia e escalabilidade), mas também traz uma série de desafios e tecnicalidades (dependência, organização e complexidade). No fim, cabe aos profissionais identificar a solução ideal, assim como ocorre em outras decisões do setor, como a implementação de uma estratégia multicloud, por exemplo.
Agora que você tem uma noção mais ampla sobre a Arquitetura Serverless, aproveite o momento para conhecer as soluções da Positivo, acessando nossa página e entrando em contato!