Com a transformação digital se tornando uma necessidade de mercado, empresas de vários setores têm lidado com as mesmas dificuldades no desenvolvimento de seus produtos ou serviços: a velocidade com a qual precisam identificar e solucionar problemas.
Você também se encontra nessa situação? O Design Sprint é a metodologia perfeita para lidar com projetos mutáveis e dinâmicos. Neste artigo, contamos o que é esse modelo, por que ele pode te ajudar a melhorar a gestão da sua equipe e como implementá-lo no seu próximo projeto. Vamos começar?
O que é um Design Sprint
Quando falamos em transformação digital e um novo mercado voltado para a produtividade participativa, o principal desafio de gestores é a adaptação da sua equipe a uma dinâmica de inovação.
Em muitos casos, já não é mais possível esperar todas as etapas de desenvolvimento e produção para validar uma ideia.
Por exemplo, se o seu produto é um aplicativo, uma mudança importante na UI pode significar um ganho de mercado sobre a concorrência. É um fator importante demais para ficar atravancado por discussões intermináveis de idas e vindas na estratégia global do projeto.
O Design Sprint é uma metodologia desenvolvida pelo Google Ventures para atacar esse problema. É uma maneira ágil, estruturada e colaborativa de conceituar e tangibilizar uma ideia em um curto espaço de tempo.
O objetivo é conseguir comprimir semanas ou até meses de discussões em ciclos de no máximo cinco dias — de segunda a sexta. Quando o plano é bem implementado e apoiado por uma infraestrutura tecnológica, é possível construir e testar essa ideia em até 40 horas — um ganho fundamental para a competitividade de negócios digitais.
Quando ele é necessário
O Design Sprint é indicado em vários casos, mas principalmente quando a empresa percebe que há um atraso muito grande entre conceito e entrega. Em vez de gastar semanas com desenvolvimento para lançar o produto e só então conseguir validar a ideia inicial, a proposta é ter um atalho de aprendizado.
É um conceito parecido com a metodologia lean e funciona para qualquer empresa que aposta em transformação digital como foco do negócio: levantar hipóteses, medir, aprender e iterar o mais rápido possível.
Quais são seus benefícios
Além da agilidade em novas soluções de produto, o Design Sprint traz uma cultura de inovação e colaboração dentro de uma empresa. O ponto central da metodologia é reunir todos os setores que participam do desenvolvimento em um único grupo participativo, desde pesquisadores, designers, desenvolvedores até o próprio usuário.
Essa centralização das discussões e sincronia entre profissionais traz agilidade na produção, menos retrabalho e iterações com mais frequência.
Quando se trabalha em mercados com maturidade em meios digitais, uma nova feature pode ser suficiente para ganhar vantagem sobre a concorrência ou quebrar o modelo vigente com uma ideia disruptiva, tornando-se uma referência naquele nicho.
Como implementar o Design Sprint na sua empresa
O Design Sprint é um framework simples de ser implementado, mas seu sucesso depende da participação ativa de todos os colaboradores. Então, vamos apresentar o modelo padrão de cinco dias para que você possa elaborar o seu próprio calendário e discutir com os outros participantes a melhor forma de abordar a metodologia.
Dia 1: Unpack (Definição)
O primeiro dia de um Design Sprint é voltado para identificação e alinhamento de um problema. É quando uma questão é levantada como prioritária e todos os participantes contribuem com suas informações sobre ela — pode ser um problema técnico, uma necessidade de iteração, uma falha de produto etc.
Com a colaboração de todos, aquele assunto é entendido em sua totalidade e definido como o ponto a ser atacado no sprint da semana. É a base necessária para que o project manager guie toda a equipe nos próximos dias.
Dia 2: Sketch (Divergência)
Essa é a fase mais parecida com o tradicional brainstorming, sendo que a diferença está no foco em divergência. Em vez de a equipe se reunir para jogar e debater ideias, cada participante é incentivado a buscar soluções separadamente para o problema.
Dessa forma, a tendência é que cada um analise e solucione a questão baseada em seu background profissional — sem amarras, sem o medo de sugerir algo na frente de várias pessoas. Apenas quando o prazo terminar é que todas as ideias propostas serão reunidas.
Dia 3: Decide (Decisão)
Esse é o dia mais crítico do Design Sprint e não dá para perder muito tempo debatendo todas as ideias propostas. O foco precisa estar na previsão de retorno de cada sugestão em relação ao problema apresentado e, claro, a viabilidade de prototipar e testar a ideia antes que o prazo termine.
Dia 4: Prototype (Prototipação)
Depois que a ideia é escolhida, é hora de colocá-la em prática. O objetivo de um protótipo não é terminar com um produto pronto (até porque seria impossível em um dia), mas uma representação da solução proposta com média a alta fidelidade.
Dia 5: Test (Teste e validação)
O último dia da semana é reservado para testar, medir, analisar e aprender com o protótipo desenhado. No final do dia, ainda é possível aprimorar o que deu certo e descartar o que não for relevante.
Ou seja, em cinco dias, um problema é identificado, analisado e corrigido. Quando a iteração é bem-sucedida, a próxima semana já parte de um degrau acima da anterior, enquanto o protótipo parte para desenvolvimento.
Se não houve um consenso ou uma solução relevante, a próxima segunda-feira não parte mais da estaca zero — vocês podem atacar o mesmo problema tendo na bagagem o que aprenderam das últimas tentativas.
A produtividade participativa como motivadora de crescimento
O que faz do Design Sprint uma metodologia muito utilizada é o sucesso de sua abordagem moderna ao modelo de produtividade no mundo corporativo.
A colaboração multidisciplinar ativa e o apoio tecnológico para desenvolvimento de projetos está aumentando a eficiência de negócios digitais no mundo inteiro, resultando em um crescimento expressivo muito rápido e na consolidação de novos players que sequer existiam há alguns anos.
Mas isso não é apenas uma oportunidade, é também um desafio. Se você pretende ser uma peça-chave para a evolução da sua empresa, é hora de olhar com atenção para metodologias como o Design Sprint e elaborar, junto de toda a equipe de desenvolvimento de produto, uma forma de implementá-la para mais agilidade e qualidade na sua entrega.
E você sabe qual é o potencial dessa nova forma de produtividade dentro das empresas para crescimento e consolidação de uma marca? Leia agora este artigo sobre organizações exponenciais e inspire-se para transformar o seu local de trabalho!