A boa gestão de TI em startups é imprescindível. Afinal, essas empresas se destacam pelos seus conceitos inovadores e por um uso substancial de tecnologia. Nesse sentido, saber gerenciar a sua infraestrutura e seus ativos digitais é tão importante quanto o objetivo do negócio em si.
Alguns dos desafios que os gestores de startups enfrentam não são muito diferentes daqueles que estão presentes em outras organizações tradicionais: a necessidade de aumentar a produtividade, cortar custos, gerir dados sensíveis, entre outros.
Neste post, mostraremos os principais desafios da gestão de TI em startups e os caminhos para contorná-los. Continue a leitura!
1. Segurança da informação
A segurança tecnológica não se relaciona apenas aos dados sensíveis da startup, mas também às informações do cliente. Um vazamento pode revelar números de contas e documentos pessoais dos consumidores, o que seria desastroso para a reputação da organização.
Cabe aos líderes de TI estudar o cenário e adotar os princípios e práticas de privacidade de dados e segurança cibernética, para impulsionar o crescimento da empresa. Além, é claro, de aplicar medidas de conformidade para evitar invasões e vazamentos.
O primeiro passo é definir um plano de segurança de informação. Nele, constarão medidas para proteger os ativos, a identificação de ameaças em potencial (como malwares) e a implementação de controles técnicos, como adoção de firewalls, gestão de acesso, criptografias, entre outros.
2. Atualização constante dos processos de negócio
Pode até parecer um clichê, mas não é incorreto dizer que o mundo do trabalho está mudando. Algumas empresas adotaram o home office, outras automatizaram tarefas com inteligência artificial ou descobriram que lidar com a infraestrutura de TI não significa, exatamente, comprar todo ativo tecnológico que surgir no mercado.
Hoje, tudo está em qualquer lugar: estamos falando de ferramentas e serviços, mas também do trabalho dos colaboradores. Cabe aos gestores de TI dar suporte às pessoas onde quer que elas estejam, principalmente em startups que priorizam a mobilidade corporativa.
Nesse sentido, é preciso repensar os serviços de TI conforme a nova era do trabalho. Um exemplo é a construção de um ambiente de suporte para empresas que atuam em vários locais.
Outros exemplos são o banco de dados na nuvem, que está cada vez mais popular no meio corporativo, e a utilização de inteligência artificial em vários setores. Amanhã, as tendências podem ser outras. Portanto, depende do gestor de TI se atualizar e fazer com que o empreendimento modernize seus processos de negócio, segundo as novas demandas.
3. Produtividade
A pressão pelo aumento da produtividade é outro desafio significativo do setor de TI. Afinal, para se manterem competitivas, as startups precisam mostrar bons resultados. Só assim elas atrairão parceiros e se firmarão no mercado.
Para aumentar a produtividade como um todo, os gestores devem se apoiar em indicadores de performance. Com a análise dessas informações, será bem mais fácil mensurar os resultados alcançados e garantir que cada tarefa se alinhe aos objetivos principais do empreendimento.
Em termos de TI, alguns dos indicadores para serem acompanhados pelos gestores são os seguintes:
- tempo de resposta, que mede quanto tempo a equipe leva para atender às demandas;
- disponibilidade do sistema, relacionado ao percentual de tempo em que o negócio fica paralisado, sem produzir;
- tempo médio entre falhas, que mapeia erros sistêmicos;
- taxa de bugs críticos, que levam à insatisfação dos clientes;
- tempo médio de reparos.
4. Integração da equipe
Outro desafio dos gestores de tecnologia é gerenciar e integrar suas equipes. É preciso ter profissionais que tenham conhecimento técnico para guiar os colaboradores em prol de objetivos comuns, mas também habilidades relacionadas à liderança de pessoas.
Para isso, uma boa comunicação interna precisa ser prioridade. É necessário que os gestores saibam dar e receber feedbacks, tanto no time de tecnologia como nos outros setores relacionados.
Afinal, além de ser o porta-voz entre a equipe de tecnologia, uma liderança de TI também precisa mediar a comunicação com outros times no negócio. Por isso, gestores precisam ser transparentes, mas também trabalhar habilidades de inteligência emocional e gerenciamento de projetos.
5. Gestão de informações
Além de evitar vazamentos e o acesso não autorizado de criminosos às informações dos clientes e da empresa, é preciso elaborar políticas para gerir esses dados. Isso porque a organização precisa deles para crescer, mas o desafio é mantê-los preservados.
Para lidar com as ameaças, é fundamental que os gestores implementem uma cultura de gerenciamento responsável da informação na empresa, com políticas claras e treinamentos regulares para os funcionários.
Um exemplo de assunto que precisa ser considerado é a Lei Geral de Proteção de Dados, que regula o registro e a utilização dos dados das pessoas. Empresas que estejam em desconformidade com os princípios dessa legislação sofrem graves punições — que podem incluir multas de até R$50 milhões.
Portanto, os profissionais de TI devem estar alinhados aos outros setores da empresa. Imagine, por exemplo, que a equipe de marketing desenvolva uma campanha com dados sigilosos dos clientes, desrespeitando a LGPD? Para evitar isso, é preciso reforçar novamente o controle de acessos, que deve ser reiterado na hora de definir a política de segurança da informação.
6. Atendimento ao cliente
As suas decisões em TI têm como objetivo principal melhorar o atendimento e a experiência do cliente? Caso a resposta seja negativa, é melhor repensar: sem lucros e consumidores satisfeitos, o negócio se inviabiliza financeiramente.
Além da possibilidade de usar ferramentas que melhorem a gestão da qualidade de TI, como soluções de autoatendimento, um CRM para centralizar informações e o atendimento omnichannel, é necessário adotar uma cultura orientada ao suprimento de demandas dos consumidores.
Por isso, mapeie bugs críticos nas aplicações e ofereça uma resposta rápida para os clientes terem uma boa experiência com as soluções digitais. Também é muito importante investir em alta disponibilidade, combatendo a ociosidade dos equipamentos que levam à queda na qualidade de entrega de bons resultados.
Avalie a possibilidade de firmar uma parceria com startups que desenvolvem soluções especialmente adaptadas para o atendimento ao cliente. Assim, o seu empreendimento pode trocar favores com outros, e ambos crescerão mutuamente.
7. Atração de investimentos
Startups precisam de parceiros para investir o capital que a empresa necessita para crescer e se firmar no mercado. Além de ter uma boa ideia para atraí-los, também é importante manter um relacionamento positivo com eles.
Por isso, ao conseguir o primeiro aporte, produza alguns informes periódicos para os seus investidores entenderem que o negócio está progredindo. Uma boa ideia é apostar em relatórios trimestrais — e chamar os parceiros para opinar. Tão importante quanto atrair o dinheiro é manter um relacionamento sólido com essas pessoas.
8 Controle de custos
Muitos gestores ainda acreditam que basta sair comprando uma infinidade de equipamentos modernos e caros para a empresa atingir um novo patamar. Nesse sentido, uma das formas de controlar os custos é apostar na locação de equipamentos.
Este é só um dos modos que a empresa dispõe para economizar — e sem perder produtividade. Também podemos mencionar a automatização de tarefas, renegociação com fornecedores, terceirização de algumas tarefas e a localização de servidores.
Analise os processos da sua empresa e descubra fontes de cortar custos sem comprometer a criatividade. Como você pôde observar no artigo, este é só mais um dos desafios da gestão de TI em startups, que também envolve outros cuidados, como a gestão das informações, a atração de investimentos e políticas de atendimento ao cliente.
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