Se você é usuário do navegador Microsoft Edge, prepare-se que em 2019 haverá mudanças. Em uma postagem em seu blog oficial, a Microsoft informou que para o ano que vem planeja um novo Microsoft Edge, agora baseado no projeto open source Chromium, o mesmo que é base para o Google Chrome e o Opera.
Reformulado, o navegador poderá ser instalado até mesmo em versões mais antigas do sistema operacional Windows, como o Windows 7 e o Windows 8. A notícia pode ter pego muita gente de surpresa, mas na prática apenas corrobora o fato de que o projeto por trás dos dois navegadores concorrentes é hoje mais interessante e versátil.
São vários motivos que levaram a Microsoft a tomar essa decisão. O primeiro deles é que o simples fato de esse ser um projeto open source – e aparentemente estar mais adiantado que o produto da Microsoft – torna a adaptação mais fácil, até mesmo para os desenvolvedores da empresa.
Com a mudança, por exemplo, a Microsoft espera atingir um número maior de usuários, uma vez que aumentará o número de páginas web compatíveis com sua tecnologia.
Atualmente, quando os desenvolvedores criam conteúdo para web eles testam as funcionalidades primeiro no Google Chrome, pelo simples fato de ele ser usado por um número maior de pessoas.
Além disso, a adoção dessa tecnologia deve permitir que o browser receba atualizações mais rápida, assim como ocorre no Google Chrome e no Opera. Isso porque as novidades deixariam de estar atreladas a atualizações do Windows 10.
Hoje, o navegador está integrado ao SO e, por essa razão, ele é menos flexível do que os demais nesse sentido – pois cada atualização precisa, necessariamente, vir a partir do Windows 10.
Por fim, as mudanças permitiriam ainda que o Microsoft Edge fosse utilizado em outros sistemas operacionais, ampliando assim o seu mercado potencial. Todas essas modificações têm o intuito de tornar o browser mais competitivo no mercado. Hoje o Google Chrome detém cerca de 63,5% de market share, enquanto o Microsoft Edge e as antigas versões do Internet Explorer, juntos, não ultrapassam os 7,3%.
Apesar das mudanças internas – que na prática devem significar muita coisa nova no funcionamento do browser – a empresa garantiu que externamente não haverá novidades. O nome do navegador permanecerá sendo o mesmo.
Além disso, as funcionalidades já suportadas atualmente pelo Edge continuarão sendo executadas nas versões futuras. A empresa afirmou ainda que deve manter os mesmos padrões de interface, seguindo a tradição da empresa em manter uma identidade visual padronizada entre os seus produtos.
Apesar de o novo Microsoft Edge ter sido confirmado pela empresa, uma data oficial para essa mudança não foi revelada. A expectativa é que uma versão para testes possa ser utilizada pelos participantes do programa Windows Insider ainda em 2019, mais precisamente no último trimestre do ano. Porém, não será uma surpresa se a novidade aparecer no Edge somente em 2020.