Ao menos por enquanto, ainda não há uma previsão de quando o 5G poderá funcionar no Brasil. Porém, em países como o Japão, a expectativa já é pela chegada da tecnologia 6G. Por lá serão investidos mais de US$ 2 bilhões em pesquisa e desenvolvimento na expectativa de que até 2030 o 6G possa ser implantado.
Porém, se ainda não temos nem o 5G direito, já dá para saber quais serão as características do 6G? Sim, é possível. A expectativa é que a geração futura da transmissão de dados online possa ser até dez vezes mais potente do que 5G. Entenda melhor o que isso significa na prática.
Nos Estados Unidos, no Canadá, no Japão e na Coreia do Sul, os primeiros planos de dados 5G começaram a ser comercializados para o público em 2019. Ainda que em escala limitada, por lá já é possível desfrutar dos benefícios da tecnologia, desde que você tenha equipamentos compatíveis com essa qualidade de sinal.
No Brasil, no início do mês de fevereiro a Anatel aprovou uma proposta de edital de licitação das faixas de radiofrequência que serão usadas para a implantação do 5G por aqui. Inicialmente, ficou definido que utilizaremos as faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz.
Nos próximos 45 dias – portanto até o final do mês de março de 2020 – o edital será aberto a consulta pública e, somente após uma audiência final, é que poderá ser liberado. Na prática, após todos os trâmites legais e o processo de implantação da nova tecnologia, é pouco provável que tenhamos acesso ao 5G por aqui antes de 2022.
A velocidade na transmissão de dados é um dos aspectos mais marcantes da evolução das tecnologias de telefonia móvel. Enquanto uma conexão 4G suporta transferências de até 1 gigabit por segundo (Gbps), no caso do 5G essa velocidade chega a até 10 Gbps. Já no caso do 6G a proposta é de uma conexão até dez vezes mais rápida do que o 5G, ou seja, falamos de 100 Gbps nas transferências.
A diminuição da latência é outro fator importante na evolução dessas tecnologias. No 4G, os padrões determinam que o atraso máximo no tempo de resposta seja de 20 ms, enquanto no 5G esse número cai para 4 ms. No 6G, especula-se a possibilidade de chegarmos a impressionantes 1 ms.
Além disso, a cada geração que passa as conexões se tornam mais estáveis e capazes de sustentar um número maior de dispositivos ligados a uma mesma rede. A medida é mais do que necessária para suportar o crescimento do número de itens conectados à internet de forma simultânea.
O governo japonês planeja investir cerca de US$ 2 bilhões em pesquisas relacionadas ao 6G. A ideia é que, saindo na frente, as empresas japonesas tenham a oportunidade de registrar um número maior de patentes de novas tecnologias, gerando assim mais royalties para o país. Aqueles que dominarem os padrões de hardware e software provavelmente terão vantagens competitivas ao receber receitas decorrentes de licenciamento.
Além do Japão, a Coreia do Sul e a China também adotaram uma postura similar na expectativa de que as suas empresas também obtenham patentes relacionados à essa tecnologia. A expectativa de todos os envolvidos é que o 6G esteja disponível para os consumidores até 2030.
Fonte(s): TechTudo, Gizchina, Gizmochina e Tecnoblog.