A transformação digital aumentou exponencialmente a capacidade que a informação tem de gerar valor para os negócios. Assim, executar a coleta e análise de dados com eficiência passou a trazer vantagens competitivas cada vez maiores. São notáveis as melhorias nos processos operacionais, mas a própria atuação da empresa no mercado também se beneficia disso.
É possível elaborar análises mercadológicas mais completas, de modo a identificar boas oportunidades. A experiência do cliente, por exemplo, evolui constantemente, o que atribui mais valor ao produto ou serviço de sua empresa.
E é sobre isso que você vai aprender neste conteúdo. Mostraremos aqui técnicas e recursos necessários para fazer uma análise de dados eficiente. Confira!
Escolha um fator a ser analisado
O primeiro passo de qualquer análise de dados que realmente funcione deve ser a identificação de um aspecto específico a ser analisado. Isso significa, na prática, delimitar um escopo no qual estão definidos os critérios para transformar dados em informações relevantes.
Se sua empresa pretende fazer uma análise de mercado para vendas, por exemplo, deve conhecer em detalhes o comportamento do cliente, suas preferências, os hábitos de compra, entre outras questões. Assim, estabelecerá, logo de início, o ambiente a partir do qual levantará os dados — como redes sociais —, o que exatamente quer saber e como isso será abordado.
Após a coleta, entretanto, é provável que você tenha em mãos um volume gigantesco de dados. Por isso, é importante também definir, dentro desse objetivo maior, qual será o fator específico a ser analisado. No exemplo dado acima, um ponto que seria passível de análise é a faixa etária do seu público-alvo.
Posteriormente, o processo se tornará mais fluido e você passará a trabalhar com diferentes focos, a depender do objetivo de cada análise. Em um mesmo conjunto de dados coletados nas redes sociais, é possível executar análises para os setores de marketing, vendas, logística, entre outros.
Determine métricas
Transformar dados em informações úteis requer uma análise com embasamento sólido e confiável. E não há maneira mais segura de fazer isso do que estabelecendo métricas. Do contrário, a análise pode se tornar muito abstrata, ficando por conta do feeling do gestor ou do time que lida com os dados — deixando, então, de ser um processo planejado e controlado.
Ao determinar métricas, os dados se tornam mais confiáveis. Um bom exemplo está na manutenção. Algumas empresas têm investido em sistemas que fazem análises de dados do comportamento das máquinas para prever falhas e agir de forma preditiva, evitando as quebras. As métricas, nesse caso, estão diretamente ligadas a sensores específicos em cada máquina.
Nesse ambiente, há escalas para temperatura e vibração de um motor. Se os dados coletados em tempo real mostram que há uma anomalia no comportamento, a partir da utilização das métricas como referência, é agendada uma manutenção preventiva no equipamento.
Em pesquisas de mercado ou de satisfação do cliente, diversas métricas podem ser utilizadas para cada fator que se busca analisar. Cabe ao gestor e à equipe definirem quais são os mais relevantes.
Faça uma tabulação dos dados
Levantar dados para análise inclui dois passos insubstituíveis: a definição de métricas, sobre a qual falamos, e a limpeza dos dados. Ambas as ações colaboram para que as informações sejam de confiança. Afinal, métricas inapropriadas podem comprometer a verificação, assim como um volume gigantesco de dados “inúteis” para aquela análise específica.
Em outras palavras, se você quer fazer tabulação organizada dos dados referentes à satisfação do cliente que compra seu produto, não é producente manter informações de contato, endereço e valor do pedido no mesmo documento. Os únicos dados a serem mantidos na planilha são os estritamente relevantes para cada métrica a ser investigada.
Posteriormente, eles se transformarão em gráficos e tabelas no relatório final.
Elabore uma apresentação eficiente
A apresentação final dos dados deve ser didática, simplificada e objetiva. Quanto mais rápido e com menos dificuldade a informação for passada, melhor. O ideal é que a apresentação seja adaptada para cada situação e cada destinatário.
A mesma análise de satisfação dos clientes que usamos como exemplo poderia ser transformada em um relatório para os gestores da empresa e uma apresentação para discussão com a equipe de marketing.
Em todo caso, é importante considerar qual é a informação que você quer passar, para quem e por quê. Isso fará toda a diferença na hora de transformar uma análise em gráfico, tabela, texto ou outro formato.
Conte com ferramentas e metodologias de análise de dados
Na era da transformação digital, é essencial colocar a inovação tecnológica para trabalhar a seu favor. Existem ferramentas específicas para lidar com grandes volumes de dados, como as de Big Data Analytics e Internet das Coisas (IoT), assim como metodologias específicas para transformar esse processo em uma estratégia empresarial.
Quando sua empresa coleta um grande volume de informações, o armazenamento se torna uma questão a ser pensada: ao mesmo tempo em que a perda desses dados pode gerar prejuízos enormes, é preciso garantir que eles estejam organizados para verificações constantes e eficazes. Afinal, o objetivo é fazer da análise de dados uma parte da rotina operacional da sua empresa.
Esse grande volume de informações é o que chamamos de Big Data. Para lidar com ele, é crucial deixar de lado as planilhas gerenciadas manualmente e contar com ferramentas confiáveis que façam essa análise de acordo com os critérios que você estabeleceu — exatamente o que uma solução de Big Data Analytics oferece.
De um ponto de vista metodológico, estamos falando de implementar o conceito de Business Intelligence (BI). Um sistema de BI coleta, organiza e analisa os dados automaticamente, de acordo com as necessidades específicas do seu negócio.
Isso pode ser feito com base nas demandas dos clientes, das condições atuais do mercado, dos aspectos tecnológicos — como no caso da manutenção, citado anteriormente —, entre outros aspectos. Uma vez estabelecido o modo de funcionamento desse sistema, o gestor deixa de se preocupar com a execução da análise e passa a investir seu tempo em otimizá-la.
Ou seja, enquanto o sistema faz a análise com mais eficiência e por conta própria, o gestor foca em ações como uso das informações, definição de novas métricas, observação das novas tendências de TI e do mercado e tantas outras. O que o BI proporciona é a transformação do processo de análise em uma rotina operacional interna.
A vantagem competitiva que esse sistema oferece é significativa, pois coloca sua empresa à frente da concorrência ao torná-la mais adaptável às demandas do mercado. Por isso, não deixe de planejar a implementação dessa estratégia para criar uma cultura inovadora na sua organização!
Se gostou do artigo, deixe seu comentário e conte-nos suas experiências com a análise de dados!