Em algum momento da vida, você já deve ter pedido a recomendação de determinados produtos a amigos e conhecidos, a fim de evitar decepções após a compra. Enquanto algumas marcas são mencionadas como excelentes, outras são lembradas como “feitas para estragar” — trata-se da obsolescência programada.
E você, já ouviu a respeito desse conceito? Sabe como ele afeta os equipamentos eletrônicos? Gostaria de descobrir como desviar desse problema e garantir o retorno dos seus investimentos em equipamentos? Então, continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
O que é obsolescência programada?
Alguns produtos são feitos para durar por menos tempo ou funcionar com menos eficiência depois de um determinado período — uma prática desleal de produção que tem como consequência a insatisfação do consumidor.
Essa durabilidade menor, que seria programada pelas fábricas, teria um objetivo claro para os negócios: aumentar a frequência de compras e, consequentemente, o lucro das companhias.
Embora as pessoas pensem que essa é uma prática recente, existem documentos que provam que algumas indústrias já pensavam assim nos anos 1920. Em uma revista direcionada ao setor publicitário nessa época, encontramos a seguinte afirmação: “um artigo que não estraga é uma tragédia para os negócios”.
Existem três tipos principais de obsolescência:
- planejada ou programada: as indústrias fabricam produtos com componentes de qualidade inferior para acelerar o desgaste e sua necessidade de reposição ou até com falhas de projeto propositais;
- perceptiva: provocada quando os novos produtos apresentam um design diferente dos antigos. Assim, o consumidor tem uma percepção rápida de que um produto está desatualizado e sente o desejo de trocá-lo ou é induzido a isto por críticas de outros consumidores — pressão social consumista;
- técnica ou funcional: envolve uma série de situações, que vão desde o surgimento de produtos com tecnologia superior (que os torna mais eficientes e desejados pelos consumidores) até a falta de peças de reposição ou a inviabilidade econômica do conserto — um produto novo fica mais barato que o serviço de manutenção de um produto usado.
Realmente existem eletrônicos feitos para estragar?
Infelizmente, sim! Apesar de nada recomendável, algumas empresas apostam nesse conceito para alavancar suas vendas. Para essas companhias, fabricar produtos que estragam rapidamente gera mais lucros, pois exige que o consumidor aumente a frequência da compra.
Para isso, elas apostam em práticas que chegam a ser desleais: chips programados para dar pane depois de um determinado tempo de uso, carcaças que não dispersam o calor e aceleram o desgaste de componentes etc.
No entanto, a vantagem dessa prática para essas empresas depende muito da capacidade crítica do consumidor. À medida que ele se torna mais consciente e menos disposto a pagar por produtos de pior qualidade, a companhia passa a acumular perdas em vez de lucros.
Basta lembrar de um exemplo no mercado brasileiro: havia uma marca de eletrônicos chamada CCE, conhecida por vender produtos cuja qualidade era criticada pelos usuários, que usaram a sigla como um acróstico para “Começou Comprando Errado”.
Ao longo de algumas décadas, a imagem da empresa se tornou tão negativa que impediu a continuidade de comercialização da marca. Portanto, a estratégia da obsolescência programada até gera lucro em um primeiro momento, mas inviabiliza a competitividade em longo prazo.
Por essas razões, atualmente muitas empresas entendem que essa é uma estratégia equivocada, que prejudica a imagem da marca no mercado. Isso significa que ela não conseguirá fidelizar o cliente e terá cada vez mais dificuldades (e custos) para atrair novos consumidores.
Como lidar com a questão em ambiente corporativo?
Quando falamos de uma companhia, essa questão ganha uma relevância ainda maior. Quando as empresas realizam compras, elas estão fazendo investimentos. Portanto, cada equipamento adquirido deve gerar um retorno satisfatório, o que envolve durabilidade e resultado.
Com as ferramentas que os CIOs têm em mãos na atualidade (sites de reclamações, comentários e avaliações em fóruns especializados, resenhas técnicas), eles precisam selecionar marcas e equipamentos que garantem uma relação custo-benefício favorável.
Portanto, para não investir nos recursos de forma equivocada, é preciso analisar essas avaliações, comparando-as e identificando as melhores oportunidades com base em outros requisitos além do menor preço.
Além da questão financeira, as companhias também precisam levar em consideração a questão da sustentabilidade. É um ato de responsabilidade com o planeta escolher produtos duráveis, que contribuam para não aumentar o volume de resíduos eletrônicos despejados no meio ambiente.
Os impactos do lixo eletrônico — computadores, tablets, notebooks, smartphones — no meio ambiente são diversos. As baterias, por exemplo, liberam substâncias tóxicas que poluem a terra e a água, prejudicando a saúde do ser humano e dos animais. E o pior: permanecem no meio ambiente por mais de 100 anos até a sua total degradação.
No mundo corporativo, devemos buscar a disseminação de boas práticas de sustentabilidade ambiental, priorizando a aquisição de produtos que tenham componentes recicláveis ou que permitam upgrades, reduzindo significativamente a geração de resíduos.
Já no lado dos fabricantes de equipamentos, é necessário, algumas vezes, remodelar o projeto do produto para torná-lo mais durável e eficiente — reduzindo o consumo de energia, por exemplo. Isso poderá demandar algumas rodadas de inovação.
No campo da sustentabilidade social, as empresas podem contribuir fazendo a doação de equipamentos obsoletos para ONGs que providenciarão o seu reuso e o prolongamento de sua vida útil, servindo a propósitos sociais — como o acesso a cursos de informática para jovens que não têm condição financeira, para os quais esses equipamentos significam um suporte inestimável.
Já no aspecto econômico da sustentabilidade, escolher produtos duráveis contribui para a redução de custos e permite planejar melhor a reposição dos equipamentos em longo prazo, de modo que os recursos para o investimento possam ser provisionados gradativamente, sem surpresas com indisponibilidade de máquinas — panes e perdas de equipamentos —, que geram gastos imprevistos e transtornos ao negócio.
Como avaliar a obsolescência de equipamentos?
Mesmo para os peritos técnicos, é muito difícil caracterizar a prática de obsolescência programada. Portanto, para avaliar a obsolescência de equipamentos, precisamos pesquisar quais são os produtos de ponta em cada segmento e qual é o tempo médio de vida útil desses produtos. Desse modo, podemos ter parâmetros comparativos, assim como identificar o nível de satisfação dos seus usuários.
Uma forma de fazer essa pesquisa é acessando os sites de reclamação ou de proteção ao consumidor, entre outros. Assim, é possível fazer a escolha dos produtos que demonstram maior equilíbrio entre vida útil, custo e desempenho. Afinal, os equipamentos utilizados nos sistemas produtivos das empresas devem gerar maior produtividade.
Como avaliar os fornecedores antes da contratação de qualquer serviço ou compra de equipamentos?
Estabeleça critérios de seleção de fornecedores antes da contratação de qualquer serviço ou compra de equipamentos. Procure saber como é o serviço de assistência técnica, se têm práticas de logística reversa, levante o tempo de garantia dos equipamentos, a disponibilidade de peças de reposição acessíveis etc. Esses critérios permitirão realizar comparativos justos entre os fornecedores.
Além disso, empresas que oferecem logística reversa, serviços de assistência técnica eficientes, peças de reposição acessíveis e tempo de garantia estendido costumam fornecer produtos e serviços de qualidade.
Fornecedores que têm certificação de sistema de gestão ambiental e gestão da qualidade — ISO 14001 e ISO 9001 —, por exemplo, demonstram boas práticas de proteção ao meio ambiente e de valorização da qualidade de seus produtos e serviços. Por isso, sempre que possível, devem ser priorizados na hora de contratar serviços ou comprar equipamentos.
O que não pode ser considerado obsolescência programada?
Não podemos limitar a evolução tecnológica, taxando todas a iniciativas de lançamento de novos produtos como uma prática de obsolescência programada. Precisamos admitir que, mesmo que os produtos que compramos hoje sejam de excelente qualidade e duráveis, as empresas não param de inovar.
Por isso, em pouco tempo temos à nossa disposição produtos com tecnologia superior. Mais velozes e com novos recursos disponíveis, eles despertam o nosso desejo de trocar os equipamentos que possuímos, mesmo que ainda estejam em excelente condição de uso.
Nesse sentido, a indústria não tomou uma iniciativa específica para prejudicar o funcionamento dos nossos atuais dispositivos. No entanto, ela desenvolveu opções melhores. Isso é muito nítido quando observamos a defasagem das tecnologias de hardware, por exemplo.
Outro ponto que precisamos levar em consideração é que nem sempre a baixa durabilidade ou resultado insatisfatório de um equipamento é ocasionado pela obsolescência programada.
Muitas vezes, os equipamentos são operados de forma inadequada, por pessoas não habilitadas ou que desconsideram as instruções do fabricante. Nesse caso, a indústria não deve ser responsabilizada por problemas decorrentes do mau uso.
O que a sociedade tem feito a esse respeito?
Existem movimentos sociais em diversos países do mundo no sentido de estabelecer critérios legais para mitigar a prática de obsolescência programada, tais como:
- determinar o tempo mínimo aceitável de duração de um produto (vida útil esperada);
- ampliar a responsabilidade do fabricante pelo tempo de vida útil do produto — e não somente pelo período de garantia;
- identificar, no produto, o tempo de vida útil ou o número de utilizações previstos;
- criar certificações ou selos que atestem que uma empresa combate a obsolescência programada;
- investir na conscientização dos consumidores sobre a obsolescência programada e sobre boas práticas de consumo sustentável e equilibrado, evitando a compra por impulso, distinguindo bem o que é desejo do que é necessidade.
Outro movimento importante é o que está levando as empresas a implantarem boas práticas de compliance — assegurando que a empresa vai agir de acordo com as regras aplicáveis ao seu negócio — e a gestão antissuborno, baseada em requisitos da norma ISO 37001. Podemos considerar que empresas que trilham esse caminho são contrárias às práticas de obsolescência programada.
Movimentos como esses devem ser incentivados, para assegurar práticas éticas de produção e comercialização de produtos.
Qual é a visão da Positivo sobre o assunto?
A Positivo entende que oferecer produtos de alta qualidade é um sinal de respeito ao consumidor e de responsabilidade com o planeta. Esse compromisso fica muito claro a partir da própria política da empresa, que se revela em ações práticas. A seguir, confira quais são elas.
Política de garantia
A política de garantia não é apenas uma série de regras que define a assistência que a empresa presta ao usuário. Ela é um compromisso com o consumidor e um incentivo à produção de qualidade.
Recolher equipamentos e trocar máquinas com vícios comprovados envolve custos. Então, quando uma empresa se dispõe a fazer isso, ela está garantindo que investirá na melhoria de seus produtos para que nada disso seja necessário.
A Positivo assegura uma garantia total de 365 dias a partir da entrega de seus produtos — 275 dias a mais do que o exigido por Lei (inciso II do art. 26 do Código de Defesa do Consumidor).
Ou seja, apenas quem sabe que investe na qualidade de seus produtos se dispõe a oferecer uma garantia maior do que a lei exige, pois está ciente de seus esforços para torná-los duráveis e funcionais.
Descarte ecologicamente correto
A Positivo entende que seu papel não é apenas prover equipamentos de qualidade para o mercado, aumentando a vida útil dos equipamentos e garantindo que eles não se transformem em lixo tão cedo.
Como a perda da eficiência e o encerramento da vida útil dos equipamentos em algum momento é inevitável, a empresa entende que tem um papel importante no destino adequado desse material. Para isso, ela coloca um serviço de descarte à disposição do usuário.
Ao entender que o produto Positivo ou alguma de suas partes (baterias, mouse, teclado) chegou ao fim de sua vida útil, o consumidor pode entrar em contato com a Positivo por e-mail ou telefone.
O serviço de atendimento informa qual é a Assistência Técnica mais próxima — que funciona como um posto de coleta de logística reversa —, onde o usuário pode deixar seu produto para que ele tenha um descarte apropriado e ambientalmente responsável.
Como vimos, a obsolescência programada é uma prática prejudicial ao consumidor e que acarreta a perda de credibilidade do fabricante do produto. Esse tipo de ação deve ser combatido por meio da valorização de empresas que prezam pela qualidade do produtos e têm comportamento ético.
Outro ponto importante é que não podemos confundir a obsolescência programada com a defasagem tecnológica, já que os produtos evoluem em suas funcionalidades continuamente, fazendo com que os equipamentos antigos precisem ser substituídos para gerar maior produtividade para as empresas.
Agora que você já sabe o que é obsolescência programada e quais são suas consequências em nível econômico, social e ambiental, que tal entender os impactos do índice de falha nos equipamentos sobre a continuidade do seu negócio? Confira o link e boa leitura!