Já faz tempo que o departamento TI se transformou em um setor estratégico. Hoje, a otimização do uso dos recursos tecnológicos gera impactos significativos para qualquer empresa. Consequentemente, a gestão de servidores logo entrou na mira dos gestores, e por essa razão as organizações vêm procurando soluções cada vez mais otimizadas para armazenar seus dados.
No entanto, escolher a melhor opção pode ser uma tarefa difícil. Afinal, o que vale mais a pena: ter um servidor na nuvem ou local? A ascensão da cloud computing é uma realidade, mas muitos gestores ainda têm dúvidas sobre o assunto e não sabem se realizar uma migração vale a pena.
Neste post nós contamos com a ajuda de Leonardo Paulo, que é Sales Account Manager da Supermicro, para tirar todas as suas dúvidas sobre servidores locais e em nuvem, além de conhecer os prós e contras de cada escolha. Confira!
Quais são as vantagens e desvantagens do servidor local?
Para alguns gestores, a ideia de desistir do controle de um servidor local não é uma opção. Afinal, certos ambientes exigem acesso imediato a ele, e hospedá-lo internamente é a melhor alternativa, já que ele oferece muito controle físico sobre seu backup e nem sempre requer o uso de internet.
Outra vantagem está na performance. Com a centralização dos dados, o processamento pode ser feito de maneira mais rápida e eficiente pela sua própria equipe, especialmente se sua carga de trabalho exigir hardware de ponta. Além disso, de acordo com Leonardo, algumas aplicações podem não se adaptar bem ao servidor na nuvem.
“Não dá pra você imaginar que todo mundo pode migrar para a nuvem sem problema. Tem muita aplicação que precisa rodar em casa, precisa ter um servidor dedicado ou ter uma aplicação diferente, que ela não vai funcionar bem na nuvem. Não vai ser performático.”, diz ele.
A principal desvantagem, no entanto, está no alto custo do servidor local. Afinal, é preciso instalar um hardware caro para depois mantê-lo. Se surgirem problemas como a depreciação de equipamentos ou instabilidade, a solução será responsabilidade da sua equipe.
Por fim, servidores locais ocupam espaço, exigem muita energia e geram calor. Os servidores que administram sua empresa precisam providenciar um local resfriado e seguro para garantir o funcionamento dos servidores de maneira eficiente.
Quais são as vantagens e desvantagens do servidor na nuvem?
Um servidor na nuvem permite que o usuário transfira o armazenamento de dados do servidor local para a um provedor online, reduzindo ou eliminando o uso de data centers dentro da organização.
Segundo Leonardo, a migração dos servidores locais para a nuvem é uma tendência que começou fora do Brasil. “Quando isso chegou aqui, uma das principais vantagens vistas em colocar o servidor na nuvem era não ter que se preocupar mais com o hardware e com a infraestrutura que você tem no seu data center”, explica.
Atualmente, o controle de renovações, garantias, compras, investimentos, hardware e infraestrutura é um grande problema para os líderes de TI. “No caso, quando ele passa isso para a nuvem, ele transfere todo esse problema da infraestrutura. Quando um gerente ou diretor de TI pensa em uma estrutura, ele se baseia na necessidade que tem hoje, mas para a empresa isso é muito volátil. No Brasil, é muito difícil você ter um forecast apurado do que você precisa comprar.”
Outro ponto positivo é ter a flexibilidade de poder aumentar a capacidade de processamento e armazenamento facilmente, sem se preocupar com a infraestrutura, com gastos de alto valor ou outros problemas que incidem na manutenção do hardware. “Tem a questão da elasticidade: você consegue usar realmente o que está precisando”.
Além disso, armazenar dados e executar aplicativos a partir da nuvem torna fácil para os funcionários se conectarem e trabalharem em qualquer hora ou lugar.
Entre as desvantagens, é possível mencionar a dependência de um contrato com um servidor. Por esse motivo, a questão da segurança também é controversa, já que muitos gestores não se sentem confortáveis ao depender de terceiros para garantir a inviolabilidade de seus dados.
“Por mais que se diga que a nuvem é segura, de uma certa forma você tem um contrato no qual quem está retendo suas informações pode ter problemas de perda de dados. Isso é diferente de você ter o dado do seu lado”, diz Leonardo.
Como acontece a migração de um servidor local para um servidor na nuvem?
Segundo Leonardo, a empresa que deseja fazer a migração de um servidor local para a nuvem dispõe de duas opções: a primeira é montar um time especializado para esse processo, enquanto a segunda é contratar uma consultoria especializada.
“Você precisa entender um pouco sobre como vai funcionar essa migração e a aplicação na nuvem. Tem muitas aplicações hoje que nasceram para a nuvem. Isso é uma vantagem, mas também existem muitas outras que não estão preparadas”. Por isso, deixar a migração sob responsabilidade de pessoas que não estão 100% qualificadas para isso não é uma boa opção.”, diz Leonardo.
Esse é mais um motivo pelo qual o profissional recomenda a contratação de uma consultoria. “Elas existem em peso no mercado. O mais indicado é fazer isso, porque você já pega um serviço mais especializado”, diz ele.
A opinião de um especialista
A escolha entre em um servidor em nuvem ou local deve levar em consideração as necessidades (tanto tecnológicas quanto financeiras) de cada equipe. Sendo assim, o que cada empresa deve fazer é focar no seu próprio perfil para entender qual das duas soluções é a mais indicada para o seu negócio.
Há situações em que a melhor alternativa é uma conciliação entre ambas as opções. Se uma empresa tem um banco de dados que demanda uma alta concentração de recursos, por exemplo, pode optar pelo servidor local com o objetivo de priorizar a densidade. Já os outros serviços que dialogam com este banco podem ser hospedados em servidores na nuvem, aproveitando a sua segmentação e elasticidade.
“Eu acho que, hoje, o modelo ideal é a infraestrutura híbrida. Parte da estrutura continua com o cliente (tem o core dele) e uma parte está na nuvem. Ao mesmo tempo, ele tem uma estrutura local, que vai rodar algumas aplicações que não rodam bem na nuvem e também são coisas seguras, que ele precisa que estejam lá, fisicamente na infraestrutura dele. Esse é o modelo que tem sido mais bem aplicado.”, diz Leonardo.
Agora que você já entende melhor as particularidades entre o servidor na nuvem e local, não deixe de aprofundar seus conhecimentos sobre o tema. Assine a nossa newsletter e receba as novidades do blog diretamente no seu e-mail!