O WhatsApp se tornou sinônimo de troca de mensagens em todo o mundo. Porém, pesquisadoras da Inglaterra vão além e dizem que o WhatsApp faz bem à saúde daqueles que o utilizam. Será mesmo?
Pelo menos isso é o que indica um estudo publicado no International Journal of Human-Computer Interaction pelas pesquisadoras Linda Kaye e Sally Quinn, da Universidade Edge Hill. O texto, em inglês, pode ser acessado neste link. Vamos compreender mais detalhes sobre o tema da pesquisa.
Há muitos relatos de que o simples fato de as pessoas utilizarem mensageiros faz com que elas se tornem menos sociáveis. Quem defende essa tese aponta que, ao abrir mão de relações pessoais, as pessoas se sentiriam mais solitárias e menos predispostas a se colocarem no lugar de outro.
Porém, o estudo conduzido na Universidade Edge Hill destacou efeitos positivos na saúde dos pacientes analisados. Aqueles que utilizavam o aplicativo se sentiam menos solitários, especialmente devido ao fato de poderem conversar com grupos de familiares e amigos.
A pesquisa apontou que os que mais conversavam pelo app relataram estar mais conectados e felizes. Mesmo estando a quilômetros de distância de parentes e colegas, a conexão se mostrou facilitada para aqueles que tinham essa oportunidade de se corresponder.
É curioso notar, entretanto, que há estudos que associam o uso de redes sociais a problemas psicológicos, especialmente a ansiedade e a depressão.
“Há muito debate sobre como o tempo gasto com as redes sociais pode ser ruim para o nosso bem-estar, mas descobrimos que pode não ser tão ruim quanto acreditamos” , explica Linda Kaye, professora de psicologia e uma das autoras do estudo.
No entanto, ela ressalta que essa percepção foi observada em indivíduos com participação ativa em grupos. Eles se sentem menos sozinhos e solitários quando têm a chance de conversar com amigos e familiares. Essas ações beneficiam a autoestima e ampliam a capacidade de manter relações sociais mais duradouras.
“Isso nos dá a noção de que as tecnologias sociais como o WhatsApp podem simular as relações existentes e proporcionar oportunidades de comunicação, melhorando aspectos vistos pelos usuários como relacionados ao bem-estar”, completa a pesquisadora.
O estudo conduzido pelas pesquisadoras no Reino Unido leva em consideração o WhatsApp como uma ferramenta complementar de comunicação, e não como uma substituta. Por essa razão, é importante salientar que não se trata “apenas” de usar mais o WhatsApp, ou qualquer outro aplicativo, para se sentir melhor.
O estudo conduzido pelas pesquisadoras no Reino Unido leva em consideração o WhatsApp como uma ferramenta complementar de comunicação, e não como uma substituta.
A redução do tempo de descanso e a falta de horas adequadas de sono, por exemplo, são efeitos percebidos por aqueles que passam mais tempo no WhatsApp do que deveriam – os participantes do estudo utilizaram o mensageiro em uma média de 55 minutos por dia.
Portanto, independentemente dos resultados obtidos na pesquisa, é importante ressaltar que o uso com moderação, de redes sociais, de aplicativos ou mesmo do smartphone, ainda é o melhor conselho para todos. Somente assim eles poderão desfrutar dos benefícios que, de fato, todos esses serviços oferecem.