A Copel – Companhia Paranaense de Energia Elétrica – inaugurou no final de março a primeira eletrovia do Brasil! O evento foi realizado no Km 3 da BR-277, em Curitiba, e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o governador do Paraná, Beto Richa, e o presidente da Copel, Antonio Sergio Guetter.
A primeira unidade da eletrovia deve funcionar entre as cidades de Curitiba e Paranaguá. No total, serão oito eletropostos de distribuição de energia, localizados nas seguintes cidades: Foz do Iguaçu, Medianeira, Cascavel, Laranjeiras do Sul, Guarapuava, Irati, Curitiba e Paranaguá.
Todos os entrepostos devem estar funcionando até o final do ano:
“A troca de carros convencionais por carros elétricos é uma etapa importante da transformação que acontecerá no setor energético nos próximos anos. A Copel está pronta para atender esse novo cenário com soluções de mobilidade elétrica e uma rede de energia robusta e inteligente”, afirma o presidente da Copel, Antonio Sergio Guetter.
Para a implantação do projeto estão sendo investidos R$ 5,5 milhões.
Cada eletroposto terá 50 kVA (kilovoltampere) de potência – o equivalente a dez chuveiros elétricos ligados ao mesmo tempo – e três tipos de conectores, próprios para atender os modelos de carros elétricos ou híbridos disponíveis no Brasil.
As estações serão todas de carga rápida: levará entre meia e uma hora para carregar 80% da bateria da maioria dos carros elétricos. Esses modelos rodam de 150 a 300 quilômetros a cada carga.
Outra boa notícia: como forma de estimular o uso de veículos com essas características, a recarga dos veículos será gratuita nessas estações.
Se nos Estados Unidos e na Europa os carros elétricos vivem um momento de ampla expansão, no Brasil o cenário é muito diferente e estamos bem atrás nesse sentido. Um estudo recente da FGV, publicado no final do ano passado, indica que foram vendidos até agora no Brasil apenas 5,9 mil carros elétricos e híbridos, número que representa apenas 0,3% da frota mundial.
O modelo mais vendido por aqui é o Toyota Prius, avaliado em R$ 120 mil, e que responde por quase 80% das vendas. Ainda segundo o mesmo estudo, a frota mundial de veículos para passageiros com essas características era de 2 milhões em 2016. A previsão é que esse número chegue a 13 milhões em 2020 e a 140 milhões em 2030 – o que corresponderia a 10% da frota total de carros.
A pesquisadora Tatiana Bruce, responsável pelo estudo da FGV, afirma que em outros países o que mais tem pesado em favor da adoção das novas tecnologias é o subsídio para a aquisição desse tipo de veículo. No Brasil, os carros elétricos são isentos de IPI (Imposto de Importação) e os modelos híbridos têm redução da alíquota de 35% para até 7%.
Alguns municípios, como São Paulo, oferecem isenção de IPVA para veículos com essas características, além de eles não serem obrigados a participar do rodízio implantado na cidade.
Fonte(s): COPEL