A eficiência energética é um assunto que vem sendo foco de grandes debates no mundo corporativo. Sua importância vai muito além da busca por redução de custos e aumento na produtividade. Hoje, sustentabilidade e preocupação ambiental são fatores que influenciam diretamente na estratégia de negócios de qualquer empresa.
Mas é comum ter dúvidas sobre o assunto. Afinal, o quão relevante isso é para setores como o de TI? Quais os impactos financeiros para o negócio? Como otimizar o consumo energético? Devo me preocupar com EPEAT e RoHS?
Mostraremos aqui tudo o que você e sua empresa precisam saber sobre o tema. Confira!
Por que devo me preocupar com eficiência energética?
O fator financeiro continua sendo um dos mais relevantes quando o assunto é eficiência energética. Ainda assim, desenvolver e aplicar estratégias que visam otimizar o consumo de energia são práticas que devem fazer parte dos seus planos também por outras razões. Essa mudança faz mais do que simplesmente deixar a empresa em uma situação mais confortável com suas contas — ela gera oportunidade de negócios.
Uma política empresarial de consumo energético consciente envia uma mensagem muito clara ao mercado e à sociedade como um todo: “nós nos preocupamos com o planeta”. Na prática, isso significa reduzir o impacto que a geração, transmissão e distribuição da energia elétrica causam no meio ambiente. Além disso, outros benefícios serão alcançados dentro e fora da empresa.
Para começar, as práticas que levam a uma eficiência energética maior fazem com que o desempenho de seus equipamentos seja aproveitado com mais inteligência. Como mostraremos mais à frente, a tendência é que sua empresa passe a contar com performances melhores, graças à maior atenção dada a questões como temperatura e o próprio consumo de energia.
Do ponto de vista externo, seu negócio pode alcançar novas oportunidades no mercado. Esse é um fator importante da busca crescente por sustentabilidade: empresas que se envolvem com essa causa dão preferência àqueles que também adotam práticas “mais verdes”.
A preocupação ambiental se tornou parte orgânica do mercado, principalmente com a visibilidade dada às empresas pela transformação digital. Cada vez mais companhias adotam esse tipo de política, e cresce a pressão em todos os setores para que cada instituição faça sua parte.
Hoje, isso representa um diferencial competitivo. Mas, amanhã, a eficiência energética deve se tornar uma questão de sobrevivência no mundo corporativo.
Mas, afinal, o que causa o consumo elevado?
Que fatores merecem mais atenção?
Vamos destacar aqui os fatores mais relevantes quanto ao consumo de energia elétrica e mostrar o que você pode fazer para otimizar esse gasto.
Desempenho dos equipamentos
Tanto as máquinas de uma linha de produção quanto os hardwares de um servidor podem consumir em excesso, dependendo do ambiente e das condições de uso. Para evitar que o gasto seja maior que o necessário, faça uma medição de consumo em cada equipamento e verifique se está de acordo com o esperado.
Porém, as ações de prevenção e redução de custos devem começar já na compra. De forma geral, busque sempre produtos que contenham a etiqueta do Inmetro com a classificação A. Isso significa que, de acordo com os testes estipulados pelo órgão para cada tipo de equipamento, o consumo daquele sistema elétrico é adequado.
Uso disciplinado
Por mais que muita gente acredite que o problema do consumo de energia elétrica está unicamente atrelado ao desempenho dos equipamentos, a forma de uso tem um papel de protagonismo. Quanto mais conscientizados forem os profissionais e mais otimizados forem os processos, melhor será a relação entre uso e custo energético.
Crie uma cultura de sustentabilidade para que certas práticas façam parte da rotina de todos. Ao sair do escritório, por exemplo, todos os computadores devem ser desligados. Mesmo ausências mais curtas para reuniões devem ser acompanhadas do desligamento de monitores.
Vale lembrar que equipamentos em stand by continuam consumindo energia. Para cada setor e cada tipo de equipamento, é preciso estabelecer procedimentos detalhados para garantir que o uso seja inteligente e otimizado.
Iluminação e refrigeração
O controle de iluminação e temperatura é um ponto que costuma proporcionar reduções de custo significativas. Em escritórios, por exemplo, apagar as luzes durante o almoço e fora do experiente padrão são estratégias interessantes para começar.
O ar-condicionado costuma ser um grande vilão das contas de energia elétrica. Por isso, evite o uso em épocas mais frias do ano, estabeleça horários para seu funcionamento e não deixe de fazer análises periódicas de desempenho.
Aqui, vale destacar uma prática fundamental, tanto para equipamentos de infraestrutura quanto para quaisquer outros: a manutenção. Manter suas máquinas e hardwares funcionando corretamente é essencial para garantir um consumo adequado de energia.
Servidores que esquentam muito, por exemplo, representam um grande gasto de energia não só por consumirem mais, mas por exigirem um desempenho maior do sistema de refrigeração daquele ambiente.
São detalhes, mas que geram impactos enormes. Muitas vezes, vale a pena substituir um aparelho por um novo e ser recompensado com a redução do consumo elétrico.
Por onde começar?
Em termos gerais, uma política de sustentabilidade costuma ser simples. Colocá-la em prática, por sua vez, pode ser um desafio. O ideal é começar tomando como base alguns parâmetros estabelecidos por especialistas no assunto. Assim, sua empresa saberá que direção tomar e, aos poucos, vai se adaptando às necessidades.
O EPEAT (Eletronic Product Environmental Assessment Tool), por exemplo, é um método utilizado internacionalmente para avaliar o consumo e os impactos ambientais causados por um equipamento. Em poucas palavras, é um sistema de avaliação global que ajuda a identificar se um aparelho é ecologicamente “amigável”.
Já a RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances) é um conjunto de normas adotado pela União Europeia em 2003 que estabelece diretrizes para o uso restrito de certas substâncias em aparelhos eletrônicos. Na prática, a RoHS brasileira aponta critérios de sustentabilidade para a contratação de serviços ou compra e locação de equipamentos com esse tipo de risco ambiental.
Assim, o EPEAT e a RoHS podem ser parâmetros importantes para quem busca estabelecer uma estratégia de preocupação ambiental na empresa. Vale lembrar que a procura por profissionais especializados em eficiência energética é uma ótima alternativa para instituições que visam otimizar ao máximo seu consumo, reduzindo custos e assumindo a sustentabilidade como um de seus valores.
Faça uma análise em seu setor e veja de que forma essas questões podem ser repensadas. Os benefícios da eficiência energética podem reposicionar sua empresa no mercado, gerando novos negócios e fortalecendo sua marca!
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