Você já ouviu falar em display LTPO? A sigla significa óxido policristalino de baixa temperatura, e se refere a uma nova forma de tecnologia usada em telas OLED. Seu maior diferencial está no fato dela reduzir o consumo de energia dos dispositivos, pois consegue variar de forma dinâmica a taxa de atualização da tela onde está inserida.
Vale destacar que a tela é o principal gastador de bateria de um smartphone, o que faz os dispositivos que possuem essa tecnologia uma ótima opção para aqueles que querem um celular com uma bateria que dure mais tempo.
Pensando nisso, criamos este artigo para te ajudar a ficar por dentro da nova tecnologia que promete ser cada vez mais aderida por fabricantes de smartphones e outros dispositivos eletrônicos que possuam telas.
Como funciona o display LTPO
Antes de explicarmos como funciona a tecnologia LTPO, precisamos esclarecer o que é uma taxa de atualização. Basicamente, ela determina quantas vezes a tela de um dispositivo consegue atualizar uma imagem (quadro). Dessa forma, um smartphone que possua uma tela de 90 Hz é capaz de exibir 90 quadros por segundo.
Taxas de atualização maiores resultam em uma melhor experiência de um usuário em relação a tela do celular, mas acabam gastando mais a bateria do aparelho. É nesse sentido que o display LTPO se torna tão especial, pois consegue alterar de forma muito mais dinâmica e automática a taxa de atualização do aparelho.
A tecnologia consegue variar a taxa de atualização para até 1 Hz, poupando muito mais bateria, sem perder a experiência do usuário. Isso ocorre porque as grandes variações são feitas em ações simples do telefone onde ícones e objetos não ficam em grande movimentação, como exibir uma notificação de mensagem, por exemplo.
Benefícios do LTPO
O LTPO é considerado uma evolução do LTPS (silício policristalino de baixa temperatura, e apresenta diversos benefícios em relação ao seu antecessor. Alguns smartphones que possuem a tecnologia antiga até permitem a alteração da taxa de atualização, mas ela é feita de forma automática e é limitada em poucas opções de quadros por segundo.
Já o LTPO, permite maiores alterações entre as taxas de atualização, que são feitas de forma automática, além de um maior controle de energia e temperatura da tela. Outra ótima vantagem é o fato da tecnologia não precisar de outros componentes físicos no smartphone para poder ser executada.
Outro caso onde há vantagem é no consumo de conteúdos. Boa parte dos filmes são produzidos em 24 fps, e reproduzi-los em uma tela com taxa de atualização de 60 Hz ou mais pode induzir oscilações nos movimentos da tela.
Por fim, vale destacar que taxas de atualização mais baixas poupam a energia gasta pela GPU do dispositivo, que não precisará desenhar 60 ou 120 novos quadros por segundo o tempo todo. Dessa forma, podemos concluir que o LTPO é a melhor opção quando se trata de utilizar uma taxa de atualização específica, conseguindo dessa forma uma melhor autonomia da bateria do dispositivo.
Quais dispositivos já contam com a tecnologia?
O LTPO foi desenvolvido primeiramente pela Apple. Porém, a Samsung criou uma versão própria que conta com os mesmos recursos, batizada de HOP (óxido híbrido e silício policristalino).
O Apple Watch Series 4 foi um dos primeiros dispositivos a contar com a nova tecnologia, mas ela só se mostrou realmente benéfica na Series 5 do relógio digital da Apple, lançado em 2019. Em smartphones, as versões mais recentes de ambas as empresas, como o iPhone 13, o Galaxy Note 20 Ultra e a linha Galaxy S21 já contam com os novos recursos.
Já em monitores, o LTPO está sendo aderido por modelos de última geração que usam taxas de atualização mais rápidas.
