Já parou para pensar no que realmente acontece quando um site te pergunta se aceita cookies? Talvez você, como muitos, clique em “Aceitar” sem dar muita atenção, afinal, você só quer acessar o conteúdo o quanto antes. Mas, afinal, o que são esses famosos “cookies” e por que todos os sites parecem tão interessados em nos falar sobre eles?
Os cookies, longe de serem apenas um termo técnico chato na internet, são pequenos guardiões da sua experiência online. Eles lembram quem você é (ou pelo menos, o seu navegador), o que você gosta, e até onde parou em sua última visita. Em outras palavras, os cookies tornam a navegação na web mais pessoal e menos robótica. Imagine entrar em uma loja onde o vendedor já sabe seu nome, suas preferências e até o que você comprou da última vez. Confortável, não é? Ou talvez um pouco assustador, dependendo de como você olha para isso.
Neste texto, vamos desmistificar o que são os cookies, para que servem, como funcionam, e por que, de repente, todo mundo parece precisar da sua permissão para usá-los. Acompanhe para entender mais sobre esses pequenos pedaços de dados que fazem a grande web girar.
Cookies são pequenos arquivos de texto que os sites enviam para o seu navegador quando você os visita. Pense neles como crachás de identificação para o seu navegador. Assim como um crachá pode dizer quem você é e onde trabalha, os cookies contêm informações sobre sua visita ao site, como suas preferências de idioma, itens adicionados ao carrinho de compras, e até mesmo detalhes de login.
Mas por que “cookies”? Bem, a origem do nome é um tanto nebulosa, mas uma teoria popular é que remete ao conceito de “magic cookies” da computação, que são dados que são enviados e devolvidos sem alterações, um pouco como passar um biscoito em uma festa sem comê-lo. Curioso, não é?
Agora, imagine que cada vez que você visita um site, ele lhe entrega um “biscoito virtual”. Este biscoito tem uma etiqueta com seu nome (ou melhor, o nome do seu navegador) e algumas anotações sobre o que você gosta. Da próxima vez que você visitar o site, ele lerá o biscoito e dirá: “Ah, você de novo! Lembro que você não gosta de anúncios sobre sapatos. Vou me lembrar de não mostrá-los desta vez.”
Em essência, cookies são como amigos digitais que se lembram das suas preferências para tornar suas visitas subsequentes aos sites mais agradáveis e personalizadas. Sem eles, cada visita a um site seria como conhecer alguém pela primeira vez, todas as vezes.
Cookies têm muitas funções, mas todas giram em torno de melhorar sua experiência na internet, ajudando sites a se lembrarem de você e das suas preferências. Aqui estão alguns dos principais usos dos cookies:
Imagine ir a uma padaria onde o padeiro já sabe que você ama pão de queijo e sempre tem um fresquinho esperando por você. É mais ou menos isso que os cookies fazem na internet: tentam tornar sua experiência tão personalizada e agradável quanto possível (com a diferença de que, na internet, às vezes você nem sabe que o “padeiro” está prestando atenção em você).
Tecnicamente, aqui está o que acontece passo a passo:
No universo dos cookies, existe uma variedade de “sabores”, cada um projetado com um propósito específico em mente. Veja os mais comuns que você encontrará enquanto navega:
São os cookies temporários que existem apenas enquanto o seu navegador está aberto. Eles são usados para manter o estado da navegação durante a sua sessão. Assim que você fecha o navegador, esses cookies desaparecem. Imagine que são como bilhetes de entrada temporários para um site.
Diferentemente dos cookies de sessão, os cookies persistentes ficam no seu dispositivo por um período definido no cookie. Eles são usados para lembrar suas preferências e ações em vários sites, e permanecem até sua data de expiração ou até você excluí-los manualmente. São como crachás de identificação duradouros que informam ao site quem você é cada vez que retorna.
Estes são os cookies definidos pelo próprio site que você está visitando. Eles podem ser tanto de sessão quanto persistentes e são usados para melhorar sua experiência de usuário no site, lembrando suas preferências, como idioma e localização.
Ao contrário dos cookies de primeira parte, os cookies de terceiros são criados por domínios que não são o site que você está visitando diretamente. Eles são frequentemente usados para publicidade e análise externa. Por exemplo, um site pode usar um serviço de análise web que define seu próprio cookie para coletar informações sobre como você interage com o site.
Estes são absolutamente necessários para que um site funcione corretamente. Eles permitem que você navegue pelo site e use suas funções básicas. Sem esses cookies, o site pode não funcionar como esperado.
Esses cookies permitem que o site lembre as escolhas que você fez (como seu nome de usuário, idioma ou a região em que você está) para proporcionar uma experiência mais personalizada.
Eles coletam informações sobre como você usa o site, quais páginas você visitou e quais links você clicou, tudo para melhorar o desempenho do site e a qualidade da experiência do usuário.
Usados para exibir anúncios mais relevantes para você e seus interesses. Eles também são usados para limitar o número de vezes que você vê um anúncio, bem como ajudar a medir a eficácia de uma campanha publicitária.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, assim como o GDPR na Europa, é uma legislação que visa proteger a privacidade e os dados pessoais dos cidadãos. Uma das maneiras como isso é feito é regulando o uso de cookies que coletam dados pessoais. Mas por que essas leis são tão específicas sobre cookies?
🔎 Quer saber mais sobre segurança online? Então veja 6 cuidados com dados pessoais na internet para pôr em prática!
A discussão em torno do fim dos cookies de terceiros tem ganhado força nos últimos anos, principalmente devido a questões de privacidade e segurança. Esses cookies, que são criados e compartilhados por domínios diferentes do que você está visitando, são frequentemente usados para rastrear usuários pela web, coletando informações sobre seus hábitos de navegação, interesses e comportamento online.
A principal crítica aos cookies de terceiros é que eles permitem uma vigilância quase constante das atividades online dos usuários, muitas vezes sem o seu conhecimento ou consentimento explícito. Isso levantou sérias preocupações sobre privacidade e controle de dados pessoais.
Com a introdução de leis rigorosas de proteção de dados, como a GDPR na Europa e a LGPD no Brasil, o uso de cookies de terceiros sem consentimento explícito tornou-se problemático. Essas regulamentações exigem maior transparência e consentimento do usuário, algo que os cookies de terceiros dificultam de garantir.
Em resposta às crescentes preocupações com a privacidade, grandes desenvolvedores de navegadores, como o Google (Chrome), Mozilla (Firefox) e Apple (Safari), começaram a implementar políticas mais estritas para bloquear ou limitar cookies de terceiros por padrão.
➡️ Veja também: Chrome começa a bloquear cookies de rastreamento
No momento, a indústria está buscando alternativas menos invasivas para rastrear o comportamento do usuário e medir a eficácia da publicidade. Tecnologias emergentes e novas abordagens, como o Privacy Sandbox do Google, prometem fornecer insights valiosos para anunciantes e criadores de conteúdo, mantendo ao mesmo tempo a privacidade do usuário.
O conceito de cookies foi criado em 1994 por Lou Montulli, um engenheiro de software da Netscape Communications. Eles foram inventados para solucionar o problema de manter o estado da navegação de um usuário no carrinho de compras em um site de e-commerce, marcando o início da experiência de compra personalizada na internet.
Embora muitos cookies tenham uma vida útil definida para expirar depois de um certo período, alguns cookies persistentes podem ter datas de expiração definidas para décadas no futuro. Isso significa que, teoricamente, um site pode “lembrar” de você por muitos anos.
A preocupação com a privacidade levou à criação do “Dia de Limpeza de Cookies” em 14 de dezembro, incentivando os usuários a revisar e limpar seus cookies armazenados para proteger suas informações pessoais.
Um único site pode armazenar dezenas de cookies em seu navegador. Em alguns casos, ao navegar intensamente pela web, seu navegador pode acumular milhares de cookies, cada um contendo bits de informações sobre suas preferências e atividades online.
Apesar de algumas preocupações de segurança, cookies não são vírus. Eles não podem infectar seu computador com malware ou executar programas. Sua função é puramente de armazenamento de dados. No entanto, em mãos erradas, as informações contidas em cookies podem ser exploradas para fins maliciosos.
Bloquear todos os cookies pode proteger sua privacidade, mas também pode limitar significativamente sua experiência na web. Muitos sites dependem de cookies para funções básicas, como manter você logado ou lembrar o conteúdo do seu carrinho de compras.
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Apesar de pequenos, os cookies desempenham um grande papel na personalização e na melhoria da nossa experiência online. Eles nos ajudam a navegar pela internet de forma mais conveniente, lembrando nossas preferências e logins, mas também levantam importantes questões de privacidade.
Ao compreendê-los melhor, podemos tomar decisões mais informadas sobre nossas preferências de privacidade e navegar pela internet de forma segura e responsável. Em última análise, a chave é encontrar um meio-termo que respeite tanto a conveniência quanto a privacidade, assegurando uma experiência online satisfatória para todos.
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