Todos os anos os grandes fabricantes colocam novidades tecnológicas no mercado. Entretanto, por mais que por trás delas exista algo de revolucionário, de nada adianta todo o esforço se o público não gostar do resultado: acabamos diante das tecnologias que não deram certo.
Exemplos não faltam e elaborar uma lista como essa seria uma tarefa praticamente interminável. Entre produtos de nicho, que até vingaram por um certo tempo, e novidades que vieram e não conquistaram ninguém, separamos cinco tecnologias relativamente conhecidas que não caíram nas graças dos consumidores.
Com o sucesso do filme Avatar, no final de 2009, os consumidores queriam poder repetir essa experiência em casa. Nascia ali um nicho com grande potencial para ser explorado: o das TVs 3D. A indústria bem que tentou: foram dezenas de modelos colocados nas lojas, com diversas variações entre si de tecnologias 3D (com óculos especiais ou sem).
Porém, a novidade esbarrou em dois problemas: o alto custo de produção e o baixo volume de conteúdo disponível. Aos poucos as TVs 3D foram caindo em segundo plano e os consumidores pareciam mais interessados nos modelos 4K. Como resultado, menos de 10 anos depois, as TVs 3D praticamente não são mais fabricadas.
Os smartphones com o sistema operacional Windows Phone, da Microsoft, foram uma tentativa da empresa de fazer frente a um mercado dominado por duas empresas. Embora muitos usuários gostassem da novidade, o volume de vendas foi baixo e especialmente o Android monopolizou os produtos nas faixas de preço mais acessíveis.
Com a chegada do Windows 10, a empresa até tentou transformar os dois sistemas – o mobile e a versão para desktop – em uma coisa só, mas os desenvolvedores não apostaram na ideia. Com poucos aplicativos, o Windows Phone foi deixado de lado aos poucos até praticamente sumir do mercado.
Um óculos de realidade aumentada capaz de exibir diversos tipos de informação no display. A ideia do Google Glass parecia arrasadora e saída de um filme de ficção científica. Seu projeto foi apontado como uma das grandes inovações da indústria, capaz de se tornar uma revolução assim como os smartphones.
Porém, o tempo passou, ele demorou bastante a chegar ao mercado e, quando chegou, custava caro e não era tão legal assim. Os consumidores perceberam e logo torceram o nariz. Dois anos depois, o futurista Google Glass foi descontinuado e as equipes de desenvolvimento foram para outros projetos.
Tudo parecia certo para que o Blu-ray se tornasse a evolução natural dos DVDs: imagens de melhor qualidade e maior capacidade de armazenamento eram os seus diferenciais. Porém, embora esse mercado tenha crescido, na prática os discos azuis nunca chegaram a superar os DVDs.
O maior empecilho para eles foram os serviços de streaming. A popularização deles fez com que as mídias em geral usadas para os filmes se tornassem obsoletas. Morreram as locadoras de vídeo e caiu o interesse do público pela compra desse tipo de produto. O Blu-ray lutou bravamente, mas não resistiu – e sua participação no mercado é cada vez menor.
No início dessa década, a potência de um PC gamer era definida pela quantidade de placas de vídeo que eles eram capazes de suportar. As tecnologias SLI e Crossfire permitiam que as máquinas tivessem duas ou até quatro GPUs, tornando-as mais potentes.
Porém, as fabricantes foram deixando essa ideia de lado e investiram em GPUs mais potentes e capazes de dar conta do recado sozinhas. Sem apoio dos desenvolvedores de jogos e das fabricantes, a ideia – que já não era das melhores, convenhamos – acabou sendo colocada de lado.