Ao comprar um computador ou notebook, certamente você já observou nas especificações técnicas quantas entradas USB o equipamento oferece. Porém, o que talvez você não saiba é que existem diferenças significativas entre os tipos de entrada USB.

Os padrões mais recentes do mercado – USB 3.0, 3.1, 3.2 e USB4 – oferecem taxas de transferência de dados extremamente rápidas e eficientes. Todos os modelos da categoria SuperSpeed e suas evoluções são projetados para acompanhar as demandas tecnológicas atuais, garantindo maior velocidade e desempenho. 

Entender as diferenças entre essas versões é fundamental para fazer a escolha ideal e garantir compatibilidade com seus dispositivos.

Conheça as diferenças entre as versões USB

USB é uma sigla em inglês para Universal Serial Bus. Esse padrão foi criado no final dos anos com o objetivo de fazer com que periféricos pudessem se conectar com mais facilidade aos PCs. Hoje, além de mouses e teclados, monitores, impressoras, smartphones e diversos outros tipos de dispositivos tiram proveito dessa entrada para tornar as conexões mais simples.

A principal diferença entre as versões está na taxa máxima de transferência suportada. Quando o primeiro modelo surgiu, em 1998, ele suportava apenas 1.5 Mbps. Pouco mais de 20 anos depois, as versões atuais podem chegar a até 20 Gbps. Confira a taxa de transferência máxima de cada uma das versões.

A evolução da entrada USB

As versões 1.0 e 1.1 caíram em desuso e não são mais utilizadas. A versão 2.0, lançada no ano 2000, ainda está presente em muitos dispositivos, mas é cada vez mais raro ver um equipamento que tenha várias entradas USB não incluir ao menos uma USB 3.0 entre elas. O padrão USB 3.0 caminha para a popularização em massa, enquanto as versões 3.1 e 3.2 ainda são restritas a produtos de topo de linha.

Além das maiores taxas de transferência, as entradas USB acima da versão 3.0 apostam ainda em um melhor fornecimento de energia. Para se ter uma ideia, elas são capazes de transferir até mais 80% de energia em relação às portas USB 2.0 e, por isso, são mais indicadas para recargas de smartphones e tablets.

Ainda que exista retrocompatibilidade entre as versões e os conectores sejam idênticos, a melhor forma de descobrir se uma entrada é do tipo 2.0 ou 3.0 é observando a cor do conector. A recomendação é para que os fabricantes utilizem conectores azuis para as portas USB 3.0 e preto para as 2.0.

A tendência é que os conectores 2.0 caiam em desuso com o passar do tempo e que as versões 3.0, 3.1 e 3.2 dominem o mercado. A mudança não tem uma data para acontecer, pois ela acompanha tendências dos consumidores e os custos operacionais dos fabricantes.

Ainda hoje é comum encontrarmos equipamentos novos com ao menos uma entrada USB 2.0. Isso auxilia a reduzir custos de produção e diminuir o preço final do produto. Em muitos casos, as especificações técnicas da USB 2.0 ainda atendem de maneira satisfatória os consumidores, portanto a demanda pela troca ainda não é das mais altas.

Fornecimento de Energia das Versões USB

Com o avanço das versões do USB, também houve melhorias no fornecimento de energia, principalmente com a introdução do USB Power Delivery (USB-PD), que permite transferências de potência mais altas, ideais para dispositivos maiores ou mais exigentes, como notebooks e monitores.

Conectores e Compatibilidade

Eles também  evoluíram junto com a tecnologia. O conector USB-A foi o padrão mais utilizado por muitos anos, mas o USB-C vem se popularizando devido à sua praticidade: ele é reversível e pode ser conectado de qualquer lado, além de suportar mais energia e dados em velocidades superiores.

 Confira abaixo a compatibilidade entre versões e tipos de conectores:

Integração com outras tecnologias

O USB moderno é combinado com outras tecnologias para permitir funcionalidades além da transmissão de dados. Tecnologias como Thunderbolt e DisplayPort podem utilizar conexões USB-C para fornecer vídeo em alta resolução e conectar GPUs externas, por exemplo. 

Confira as integrações mais comuns:

A chegada do USB4

O USB4, lançado em 2019, trouxe uma revolução significativa ao adotar o padrão Thunderbolt, atingindo velocidades de até 40 Gbps. Sua versão mais recente, USB4 2.0, anunciada em 2022, pode atingir até 120 Gbps em modos específicos de operação. Além da maior velocidade, o USB4 oferece suporte a tecnologias de transmissão de vídeo e áudio de alta resolução, como DisplayPort 2.1, além de integrar-se a dispositivos PCI Express, como GPUs externas.

Fornecimento de energia

Além das maiores taxas de transferência, as entradas USB acima da versão 3.0 oferecem um melhor fornecimento de energia. Para se ter uma ideia, elas são capazes de transferir até 80% mais energia em comparação com as portas USB 2.0, sendo mais indicadas para recargas rápidas de smartphones e tablets. O USB4 eleva ainda mais essa capacidade, permitindo até 100W de potência com o protocolo Power Delivery (USB-PD), enquanto o USB4 2.0 pode fornecer até 240W de potência, ideal para dispositivos mais exigentes.

Retrocompatibilidade e conectores

Ainda que exista retrocompatibilidade entre as versões, e os conectores das versões anteriores sejam idênticos fisicamente, a recomendação é observar a cor do conector para identificar portas USB 2.0 e 3.0. Os conectores azuis são geralmente usados para portas USB 3.0, enquanto os pretos indicam USB 2.0. O USB-C, presente a partir do USB 3.1 e obrigatório no USB4, é mais moderno, reversível e versátil, sendo compatível com múltiplas tecnologias.

Tendências do mercado

A tendência é que os conectores USB 2.0 caiam em desuso com o passar do tempo, sendo substituídos pelos padrões 3.x e USB4, especialmente à medida que a demanda por maior velocidade e energia aumenta. No entanto, a transição depende de fatores como custo de produção e aceitação do mercado. 

Hoje, é comum encontrar dispositivos que ainda possuem ao menos uma entrada USB 2.0 para manter custos mais baixos, mas, à medida que mais dispositivos adotam o USB-C e o USB4, a mudança para esse novo padrão será inevitável.

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