O que você compra com R$ 25? Certamente, a quantia não é suficiente para mais do que dois almoços. Porém, estudantes brasileiros do Amapá conseguiram criar um microscópio para smartphone que custa apenas R$ 25 – e pode ser essencial para as aulas de Biologia.
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A novidade surgiu no Instituto Federal do Amapá (IFAP) e foi possível graças ao reaproveitamento de pequenos acessórios. A ideia do grupo agora é expandir a produção e permitir que outras escolas públicas tenham acesso às ferramentas em seus laboratórios.
Para colocar em prática essa ideia, os estudantes utilizaram itens como parafusos, capas de CD e lanternas. Para compor as lentes, foram utilizados leitores de DVD reaproveitados. A grande vantagem é que o microscópio se torna um acessório que pode ser utilizado com qualquer smartphone, mesmo os mais simples.
®G1 (Fotógrafo John Pacheco)
Os responsáveis pelo projeto são os estudantes Carlos Eduardo Silva e Thaís Rodrigues, de apenas 16 anos. Sob a orientação do professor Joádson Rodrigues, o projeto foi inscrito na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, evento realizado no mês de março na cidade de São Paulo.
“Aqui no IFAP não tínhamos o laboratório de biologia quando entrei, em 2016. O professor havia visto esse trabalho na internet nos Estados Unidos e quis trazer para a nossa realidade. Fomos vendo o projeto original e trocando as peças para outros materiais mais acessíveis”, comentou Carlos Eduardo, que cursa Edificações, em entrevista para o G1.
Para que mais pessoas possam ter acesso a esse microscópio caseiro e de baixo custo, o professor (juntamente com os alunos) elaborou um manual de como construir o equipamento. O acrílico das capas de CD serve como base, os parafusos fixam a parte superior o regulam a altura e o celular se encarrega de fazer o trabalho de lente ocular do microscópio.
Ainda segundo a reportagem do G1, o IFAP agora pretende levar essa iniciativa como uma ação de extensão nas escolas da periferia e da Zona Rural. As escolas ribeirinhas, por exemplo, que não têm acesso a laboratórios como esse poderão se beneficiar bastante da iniciativa. “Vamos educar professores e alunos, pois não precisa nem de energia elétrica, somente o celular”, declarou Márcio Castro, diretor-geral do campus Macapá.
®G1 (Fotógrafo John Pacheco)
O projeto foi o vencedor da 5ª Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap), na categoria “Ciências Biológicas – Ensino Médio”. Ou seja, uma ideia simples, de baixo custo e amplo alcance social e que está acessível para todos aqueles que desejem reproduzir a experiência em suas instituições de ensino.
Se você se interessou pela iniciativa e quer obter mais detalhes sobre ela, é possível entrar em contato diretamente com o Instituto Federal do Amapá. Neste link, do site oficial, você encontra todas as informações que precisa para obter informações via e-mail, telefone ou pelas redes sociais.
Fonte(s): G1