Nem toda inteligência artificial é igual, e isso se deve às diferenças nas suas capacidades e funcionalidades. A IA é um campo vasto que abrange desde algoritmos simples, que executam tarefas específicas, até sistemas complexos que têm o potencial de aprender, adaptar-se e até mesmo simular o comportamento humano.
A principal razão para essas diferenças é o objetivo específico para o qual cada IA é desenvolvida. Algumas são criadas para realizar uma tarefa única de forma extremamente eficaz, como um assistente virtual que responde a comandos de voz ou um algoritmo de recomendação de filmes.
Outras são desenvolvidas com o intuito de avançar em direção a uma compreensão mais profunda e ampla do mundo e do comportamento humano, visando criar sistemas que possam operar em uma variedade de contextos e realizar múltiplas tarefas de forma independente.
Existem sete tipos principais de inteligência artificial, classificados de acordo com suas capacidades e funcionalidades.
Essas classificações ajudam a entender como cada tipo de IA funciona e o quão avançada é em termos de emular a inteligência humana. Abaixo, exploramos cada um desses tipos:
As máquinas reativas são o tipo mais básico de IA. Elas não possuem memória e não conseguem utilizar experiências passadas para tomar decisões futuras. Sua função principal é reagir a estímulos específicos de maneira predefinida.
Um exemplo clássico de máquina reativa é o Deep Blue, da IBM, que venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov. Embora capaz de analisar inúmeros movimentos de xadrez, o Deep Blue não tinha capacidade de aprender com partidas anteriores — ele apenas respondia ao tabuleiro em sua configuração atual.
Exemplos:
Este tipo de IA pode, além de reagir a estímulos, usar dados passados para informar suas decisões futuras, mas apenas por um curto período.
Sistemas de memória limitada são amplamente utilizados atualmente e incluem carros autônomos, que observam a velocidade e a direção de outros veículos, bem como as condições da estrada, para tomar decisões em tempo real.
Tais sistemas armazenam dados temporários, como a velocidade de carros próximos, mas não mantêm essas informações após a decisão ser tomada.
Exemplos:
ChatGPT, Google Gemini e Claude, por exemplo, que são todos modelos de linguagem de grande porte (LLMs – Large Language Models), se enquadram neste segmento.
Apesar de sua capacidade de gerar texto que parece bastante inteligente, esses modelos não possuem “memória” no sentido humano — ou seja, eles não podem recordar interações passadas além do contexto imediato da conversa.
Em outras palavras: eles não têm consciência, não possuem emoções, crenças ou o entendimento profundo de experiências passadas, o que os mantém firmemente na categoria de Memória Limitada.
A IA baseada na teoria da mente é um nível mais avançado, atualmente em desenvolvimento, que visa compreender os sentimentos, necessidades e pensamentos humanos. Essa IA precisa ser capaz de entender que as pessoas e outras entidades têm pensamentos e emoções que influenciam seu comportamento.
Embora ainda seja uma área de pesquisa em progresso, alcançar esse nível de inteligência artificial permitiria interações sociais mais naturais e empáticas entre humanos e máquinas.
Exemplos:
A IA autoconsciente é uma projeção futura e representa o nível mais avançado de IA, onde as máquinas teriam consciência própria, emoções e sentimentos.
A IA autoconsciente não só compreenderia as emoções humanas, como teoricamente também desenvolveria suas próprias crenças, desejos e potencialmente motivações. No entanto, a IA autoconsciente é ainda um conceito teórico e levanta questões éticas e de segurança significativas quanto à sua implementação.
Exemplo:
Também conhecida como “IA fraca”, a ANI é uma IA focada em uma tarefa específica. Este tipo de IA é comum nos dias de hoje e inclui assistentes virtuais como Siri e Alexa, algoritmos de recomendação de produtos em e-commerce, e sistemas de reconhecimento de imagem. Ela já é considerada ultrapassada.
A ANI não tem capacidade de ir além de sua área específica de aplicação e é limitada pelas regras e dados com os quais foi treinada.
A AGI, ou “IA forte”, refere-se a uma IA que possui capacidades cognitivas equivalentes às de um ser humano. A AGI seria capaz de realizar qualquer tarefa intelectual que um humano pudesse, aprendendo, adaptando-se e aplicando o conhecimento de um domínio para outro. No entanto, essa tecnologia ainda não existe e representa um objetivo de longo prazo para muitos pesquisadores de IA.
Exemplos:
A ASI ultrapassaria em muito a inteligência humana e poderia realizar qualquer tarefa melhor do que os humanos. Esta forma de IA teria uma compreensão superior e capacidades de tomada de decisão, processamento de dados em massa e até mesmo habilidades criativas e sociais.
Assim como a AGI, a ASI ainda é hipotética e suscita debates sobre os impactos potenciais na sociedade, caso seja desenvolvida.
Exemplo:
A inteligência artificial está evoluindo assustadoramente, mas ainda existem muitos caminhos a serem percorridos até alcançarmos todo o seu potencial. Ao compreender os diferentes tipos de IA — desde as máquinas reativas até a hipótese de superinteligência — é possível visualizar os limites da tecnologia atual e nos permitir sonhar com o que pode vir a ser no futuro.
Por isso, é essencial continuar explorando e discutindo as implicações dessas tecnologias. Para saber mais sobre como a inteligência artificial e outras inovações tecnológicas estão moldando o mundo, acompanhe o blog Positivo Do Seu Jeito e fique por dentro das últimas notícias e análises sobre tecnologia!