Garantir a segurança dos endpoints é crucial para a empresa. Afinal, ninguém quer sofrer ciberataques, receber pedidos de resgate para informações valiosas ou até ter dados sensíveis roubados e vendidos para concorrentes.
Contudo, muita gente se pergunta: o que é, afinal, um endpoint? É um software? Para tirar as suas dúvidas e explicar qual é a importância de garantir a segurança desse elemento e como fazer isso, preparamos este artigo. Siga com a leitura!
O que é endpoint?
A definição é ampla, mas, de modo geral, um endpoint nada mais é do que um dispositivo, seja ele móvel ou não, que esteja conectado em uma rede privada. Ele transmite e recebe dados e informações. Pode ser um notebook, um smartphone, um tablet ou um desktop, desde que esteja conectado.
Switches e roteadores que estejam conectados a outros dispositivos computacionais ligados à rede também são exemplos de endpoints, assim como:
- dispositivos vestíveis, como os smartwatches, e dispositivos médicos inteligentes;
- periféricos, como scanners, impressoras e fotocopiadoras;
- estações de trabalho e servidores;
- dispositivos que contenham a tecnologia Internet das Coisas (IoT).
É interessante notar que o termo é utilizado em tecnologia e também em artigos e vídeos que envolvam proteção de dados e informação.
Assim, não é incomum ler sobre endpoint security, ou segurança de endpoint. Nesse caso, estamos falando de uma política completa de proteção à uma rede empresarial que envolva tecnologia de ponta e políticas de controle de acessos.
Essa proteção é realizada por meio do monitoramento contínuo, que pode ser feita tanto pelo time interno de TI como por profissionais externos. Independentemente da opção que a sua empresa escolha, o conhecimento técnico em segurança de rede é imprescindível.
Outro detalhe importante é que os endpoints não se referem exclusivamente aos dispositivos que se conectam à rede por meio de um firewall corporativo externo. Afinal, qualquer equipamento que esteja ligado na rede pode ser considerado um endpoint, não importa se remoto, no local ou móvel.
Como hoje é cada vez mais comum encontrar dispositivos com IoT, além da tendência Bring Your Own Device (Traga seu próprio dispositivo, BYOD) e o trabalho remoto, os riscos crescem. Isso porque o número de dispositivos conectados à rede corporativa está cada vez maior.
Nesse sentido, o home office é uma revolução positiva para os colaboradores e líderes, mas também exige atenção por parte da empresa. Quanto maior for o número de dispositivos de endpoint, maiores serão as chances de que hackers e pessoas não autorizadas encontrem vulnerabilidades e iniciem um ciberataque.
Qual é a diferença entre endpoint, api, firewall e segurança de rede?
O endpoint costuma ser confundido com outros conceitos. Neste post, falaremos de cada um deles e como se diferenciam.
API
A sigla significa Application Programming Interface, ou Interface de programação de aplicação, em nosso idioma. Trata-se de uma série de normas que proporcionam a comunicação e transmissão de dados entre plataformas, por meio de protocolos e padrões.
A palavra-chave aqui é integração: pense, por exemplo, em quem posta músicas do Spotify no Instagram. As duas plataformas são distintas, mas a API proporciona essa comunicação. Do mesmo modo, aplicativos como o Uber, que utilizam o Google Maps para ajudar os motoristas, também são exemplos.
As duas aplicações não são a mesma coisa. O endpoint até pode fazer parte da comunicação com uma API, mas essas soluções são distintas. Enquanto o primeiro representa o dispositivo, a API representa a transmissão de informações, como no caso da ligação entre duas plataformas.
Firewall
Os firewalls, também presentes em computadores pessoais, são os responsáveis pela filtragem do tráfego que circula na rede. Eles servem, por exemplo, para impedir o acesso a determinados sites, que podem expor o dispositivo a ciberataques.
A diferença é que a segurança de endpoint é mais ampla, vai muito além da filtragem. Ela envolve questões como:
- monitoramento de status;
- patching (correção de softwares);
- logging;
- entre outros.
Desse modo, o firewall, assim como o antivírus, pode fazer parte de uma estratégia ampla de segurança no endpoint — mas os dois termos não são sinônimos.
Segurança de rede
Como logo no início do texto já falamos da segurança do endpoint, pode parecer que esses dois conceitos são sinônimos. Contudo, há diferenças. Enquanto a endpoint security protege os dispositivos, a segurança de rede tem como foco a proteção da própria rede.
Uma analogia que costuma ser feita é a sua casa como o dispositivo e a avenida como a rede. Para proteger a sua casa, você pode instalar um circuito fechado de segurança, alarmes e cercas eletrificadas, por exemplo.
Por isso, mesmo que a rua (que seria a rede) seja perigosa, com a proteção que você garantiu para a residência, as chances de que ela seja invadida são menores.
Assim, se a ponta de extremidade (endpoint, o dispositivo) está segura, as chances de que a rede seja invadida por criminosos ou ladrões de informações é reduzida.
É por isso, inclusive, que é preciso trabalhar simultaneamente tanto com uma política de proteção do endpoint como com ações de segurança à rede. Só assim será possível fortalecer significativamente as defesas da sua infraestrutura.
Por que uma empresa deve implementar a segurança de endpoint?
Como vimos no tópico anterior, o endpoint é, basicamente, um dispositivo conectado à rede. A princípio, isso é comum. Portanto, para que implementar uma política de segurança desses pontos de extremidade? Um antivírus sozinho não resolveria o problema?
Em primeiro lugar, a segurança de um endpoint envolve uma série de práticas e atividades digitais que garantem a segurança de todos os dispositivos conectados à rede corporativa. Assim, essas soluções cobrem toda a rede e a protegem contra diversos tipos de ataques.
Nesse sentido, ela é bem mais robusta do que um antivírus funcionando em modo solo, que será capaz apenas de detectar e bloquear arquivos maliciosos. No caso da segurança de endpoint, estamos falando de um planejamento que mantém a segurança de toda uma infraestrutura.
Dessa forma, um antivírus é apenas uma das formas de defesa desse sistema, que engloba outras ferramentas de proteção. A segurança do endpoint utiliza um modelo de serviço entre o cliente e o servidor, por exemplo, com instâncias instaladas em cada um deles.
Nesse caso, a segurança do endpoint envolverá ao menos uma no servidor e agentes atuando nos dispositivos. É essa integração que proporciona validar e bloquear diversos acessos, mantendo a rede e os dispositivos protegidos.
Já o antivírus utiliza um único programa, instalado no próprio dispositivo — ou em vários, caso a licença preveja mais de uma instalação em diferentes equipamentos. Ele varre e detecta ameaças (como o ransomware, por exemplo), mas não tem a eficiência de um serviço completo de segurança do endpoint.
Os elementos da segurança do endpoint
Caso você tenha um antivírus instalado apenas em uma máquina, todos os outros dispositivos conectados à rede estarão em perigo. Nesse sentido, a segurança de endpoint é mais robusta e realiza o gerenciamento de tudo que esteja ligado à rede corporativa.
Assim, é possível controlar cada um dos acessos, evitar que pessoas não autorizadas cheguem a dados sensíveis e defender a infraestrutura de possíveis invasões de hackers. Uma solução assim é construída com base em uma arquitetura cliente-servidor.
Ou seja, a solução é instalada no servidor central da empresa ou na máquina que realiza todo o gerenciamento de rede da organização. Todos os dispositivos que buscarem a conexão deverão passar pelo software cliente.
Ele é o responsável por fazer a ligação direta com o servidor, mantendo uma obrigação de autenticação e também bloqueando acessos não autorizados. A proatividade é um dos diferenciais de um sistema de segurança de endpoint, visto que essa solução mantém o controle da rede de forma automática.
Isso significa que não será preciso acioná-lo manualmente ou manter um profissional encarregado disso. O sistema também é capaz de realizar a varredura dos dispositivos e expulsar da rede qualquer usuário que não tenha as credenciais exigidas.
Além disso, o sistema também é programado para mapear vulnerabilidades que possam ser exploradas por criminosos e corrigir falhas de maneira preventiva.
Quais são seus benefícios?
A principal razão para que uma empresa invista em segurança de endpoint é a proteção dos seus dados, da sua rede e da sua infraestrutura. No entanto, a boa notícia é que ela conquista outras vantagens quanto opta por esse caminho. Vamos conhecê-las.
Redução de custos
Um sistema de segurança de endpoint exige, de modo geral, um software para o servidor e agentes para monitorar os dispositivos. Esse pacote sai mais barato do que acompanhar individualmente todos os mecanismos de segurança da empresa.
Instalação facilitada
Os sistemas de segurança de endpoint são fáceis de instalar — e também de configurar. Basta que você configure a instância principal no servidor e depois faça o mesmo com o software dos clientes para iniciar o monitoramento.
Controle de acessos e atividades
Algumas companhias contam com políticas de segurança para impedir o uso de dispositivos externos, como um disco rígido externo, por exemplo. Além disso, por mais que os líderes conscientizem os funcionários, um colaborador novo pode acabar burlando essas regras por engano.
Por isso, com um sistema de segurança de endpoint instalado, o gestor será capaz de bloquear essas atividades indesejadas e reduzir significativamente as brechas para que vulnerabilidades sejam exploradas.
Atualização contínua
O sistema de endpoint é atualizado de forma regular, em um único programa. Desse modo, não será preciso instalar uma suíte completa e ter que verificar manualmente a necessidade de acompanhar os updates de cada uma delas.
Gestão centralizada
A administração da rede passa a ser gerida pelo sistema de endpoint. Desse modo, os profissionais utilizarão essa solução digital unificada para lidar com autenticações, bloqueios, monitoramentos, autorizações, relatórios, entre outros.
Aumenta a conscientização entre os usuários finais
Algo muito interessante sobre um sistema de endpoint é que ele é capaz de coletar informações sobre ocorrências que ameacem a segurança e reportar isso aos gestores. Isso eleva a conscientização e o conhecimento técnico dos colaboradores sobre esses riscos, o que os ajuda a enfrentá-los.
Reduz o tempo de resposta
As soluções digitais dedicadas à segurança de endpoint acompanham o comportamento dos usuários dos dispositivos e sinalizam as atividades anormais. Por isso, é mais fácil detectar e responder aos incidentes de forma ágil.
Como proteger um endpoint?
Como vimos até aqui, os pontos de extremidade são os dispositivos conectados. Por isso, é preciso garantir a proteção para que os aparelhos não infectem toda à rede. Um mero pen drive que um colaborador tenha trazido de casa e plugado em um computador da empresa, sem autorização, pode causar danos sérios.
Por isso, proteger um endpoint envolve adotar um sistema de segurança e também políticas de proteção que detectem vulnerabilidades e realizem reparos necessários automaticamente.
Os líderes do negócio devem desencorajar o uso de equipamentos pessoais em dispositivos conectados à rede corporativa, como os já citados pen drives. Não à toa, o home office se tornou uma preocupação para gestores de TI porque práticas errôneas podem expor os dados da empresa.
Assim, um colaborador que está trabalhando de casa e insere um arquivo infectado na rede, no caso de uma empresa que não investe em segurança de endpoint, pode colocar toda a infraestrutura em risco.
Por isso, é necessário criar políticas de acesso. Dessa maneira, os usuários realizarão um uso seguro dos dispositivos e da rede corporativa. Ao mesmo tempo, a segurança do endpoint realizará o monitoramento de aplicativos indesejados, firewalls, patches e configurações dos navegadores, entre outros.
A segurança de endpoints está relacionada, portanto, a um conjunto de boas práticas para prevenção de vulnerabilidades e de resistência a ataques cibernéticos e tentativas de invasão. Assim, invista em softwares confiáveis, que sejam atualizados constantemente e produzidos por empresas referências no mercado.
Não utilize softwares piratas: eles podem até parecer confiáveis no curto prazo, mas a falta de atualizações e assistência serão letais para a rede corporativa. Além disso, os próprios arquivos de instalação podem contar malwares e trojans, por exemplo.
Outras empresas também apostam em scanners de rede, que permitem que os equipamentos conectados sejam mapeados e monitorados, ou em serviços de gestão de ativos, que garantem a proteção a equipamentos tecnológicos.
Como você viu no artigo, o endpoint nada mais é do que um dispositivo de entrada. Justamente por essa característica, e por estar conectado à rede, é o canal que muitos hackers encontram para invadir um sistema. Por isso, todo cuidado é pouco: o ideal é buscar um sistema de segurança específico e adotar uma política de conscientização sobre usos de equipamentos externos.
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