Vivemos sob constante ebulição econômica, social, familiar e tecnológica. As mudanças são tão aceleradas que criaram o conceito de mundo VICA: volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Diante de todas essas transformações, é natural que pessoas nascidas em períodos diferentes tenham comportamentos distintos, o que causa um impacto considerável dentro das empresas. Neste momento, presenciamos a chegada da geração Z ao mercado de trabalho. Lidar com eles é o novo desafio da gestão de pessoas.
Quer saber como receber essa nova geração no mercado de trabalho? Então, não perca este post! Vamos falar sobre as características desse grupo, explicar como se relacionam com a autoridade, com outras pessoas e com a tecnologia e, principalmente, como trabalhar com eles. Confira!
O que é a geração Z?
A geração Z é o grupo de pessoas que nasceu no período delimitado entre o início dos anos 90 e o ano de 2010, que marca o fim da primeira década do século XXI. Embora hoje em dia o ingresso no mercado de trabalho aconteça cada vez mais tarde, o fato é que vários desses jovens já estão iniciando sua vida profissional e começando a compor o quadro de colaboradores das empresas.
Quais são as características dessa geração?
Para entender as características dessa geração, precisamos analisar o contexto em que cresceram. Em países desenvolvidos, onde essa nomenclatura foi criada, esses jovens sequer conheceram o mundo sem internet.
No Brasil, mesmo com o avanço tecnológico um pouco mais lento, eles tiveram contato com a web ainda muito cedo. Portanto, sua visão da realidade foi mediada e formada a partir da interação com canais virtuais. Assim, eles são considerados nativos digitais interativos.
Porém, não são apenas as mudanças tecnológicas que influenciaram o comportamento desse grupo. Eles viveram em uma sociedade na qual a família tradicional foi bastante desconstruída e as relações se baseiam muito mais no diálogo que na autoridade.
Por isso, eles têm uma postura diferente no que se refere a níveis hierárquicos. Em vez de simplesmente aceitarem as normas do trabalho como a geração X ou fingir que as aceitam como os Millenials, eles questionam o que os deixa insatisfeitos e esperam ser ouvidos.
Isso significa que a geração Z é arrogante? Não exatamente! Eles vivem em uma sociedade em permanente transformação e, por isso, eles não só lidam bem com a mudança, mas entendem que seu papel também é propor essas alterações.
Sabem o que querem, têm o pensamento crítico desenvolvido, são eficientes e mais maduros do que se imagina. As chances de conquistarem rapidamente posições de responsabilidade são grandes. Como consumidores, costumam ser exigentes.
Qual é a relação da geração Z com a tecnologia?
Embora tenhamos falado rapidamente sobre a influência do desenvolvimento tecnológico na formação da geração Z, esse é um aspecto importante, que merece ser observado com maior atenção.
Devido a essa ligação com o mundo digital, eles têm uma noção completamente diferente de tempo e espaço, conceitos que virtualizaram.
Estar em um lugar não significa ter o “corpo presente”, mas ter a possibilidade de interagir por meio de uma série de canais. A rede é a plataforma que os conecta a praticamente tudo: às outras pessoas, ao conhecimento, ao entretenimento e ao trabalho.
A familiaridade com o mundo digital abriu uma outra possibilidade diante deles: a de implementarem suas ideias por meio de uma startup e criarem o próprio negócio.
Essa é uma opção que concilia três características importantes do grupo: domínio da tecnologia, motivação mais relacionada à realização do que ao dinheiro e espírito empreendedor. Assim, eles podem fazer do trabalho uma extensão de casa e, mais que isso, da sua própria personalidade.
Como trabalhar com a geração Z?
Depois de conhecer essas características, talvez você se pergunte: de que maneira minha empresa pode incorporar a geração Z como força de trabalho e obter deles os melhores resultados?
Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que esse grupo tem muito a aprender, mas que as organizações também devem se espelhar em alguns dos seus comportamentos.
Para sobreviver no mercado, as empresas precisam inovar e, em alguns casos, se reinventarem completamente. Esse objetivo tem como seu principal obstáculo o medo da mudança, muito comum em profissionais um pouco mais acomodados, acostumados à zona de conforto.
Nesse sentido, a geração Z é capaz de ajudá-los mostrando o que o consumidor atual e exigente deseja, e como a empresa pode desenvolver produtos e serviços adequados aos novos tempos.
Além disso, algumas dicas relacionadas à gestão de pessoas podem ser úteis. Confira!
Invista na cultura corporativa
A geração Z está menos interessada em dinheiro do que na realização. A identificação com os valores da companhia é apontada por eles como o principal motivo para permanecerem em uma empresa. Eles admiram organizações que proporcionam um ambiente justo e igualitário, pautado pela ética e nas relações humanas e institucionais.
Aposte em programas de mentoria
Esse grupo entende que o auxílio de um mentor que os ajude a melhorar o desempenho profissional e impulsionar a carreira é quase tão importante na hora de aceitar uma vaga quanto a assistência médica. Esse fato mais uma vez derruba a crença de que eles são uma geração arrogante.
Eles não só entendem que precisam aprender, mas valorizam quem se dispõe a ensinar e a iniciativa de empresas que oferecem mentoring.
Seja um líder inspirador
Embora tenha uma relação diferente com a hierarquia, isso não significa que a geração Z não respeite a autoridade. Esse grupo se sente altamente estimulado quando seus líderes são inspiradores, abertos e dinâmicos.
Ofereça planos de carreira claros
A geração Z se sente atraída por empresas que oferecem planos de carreira estruturados. No entanto, eles também afirmam que essa não é a realidade atual em boa parte dos negócios, o que é lamentável.
Afinal, esse tipo de iniciativa mostra transparência e motiva as pessoas a aprimorarem o desempenho para alcançarem as posições desejadas dentro da organização, e não fora dela.
Proporcione qualidade de vida
A geração Z prioriza qualidade de vida. Para eles, não adianta ter um limite altíssimo no cartão de crédito e um bom saldo bancário.
Eles querem viver bem, desenvolver um trabalho com senso de propósito e alcançar equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Muitas empresas solucionam essa equação flexibilizando o que é possível no ambiente corporativo.
Se é possível obter os mesmos resultados com trabalho remoto e regras flexíveis, expandir a mobile workforce de uma empresa é uma excelente alternativa para atrair e reter essa geração.
Como dissemos no início do post, a geração Z está apenas ingressando no mercado de trabalho. Por isso, ainda temos muito a aprender sobre seu comportamento e valores, bem como as melhores práticas para engajá-los.
O ideal é que essa seja uma jornada de aprendizagem para todos os envolvidos, o que inclui tanto as pessoas experientes que fazem parte das empresas quanto aqueles que estão chegando cheios de novos conceitos!
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