Dependendo da sua idade, talvez você se lembre que em um passado não tão remoto havia ascensoristas dentro dos elevadores. Eles fechavam a porta do equipamento e apertavam o botão do andar em que a pessoa desejava ir. Como é possível imaginar, com a evolução tecnológica, esse e outros trabalhos simplesmente desapareceram. Por outro lado, a transformação digital e a indústria 4.0 estão provocando o surgimento de outras opções de carreira. Você sabe quais são essas profissões em alta?
Segundo a previsão do Fórum Econômico Mundial, 65% das crianças que estão iniciando sua vida escolar hoje em dia provavelmente terão profissões que ainda nem existem. Porém, essa transformação toda já está começando e tem impacto no nosso dia a dia. Especialmente na área de TI, surgiram novas ocupações nos últimos cinco anos. No entanto, isso é só o começo! Esse mercado promete ainda muitas outras novidades.
Quer saber quais são as profissões que estão surgindo ou conquistando uma grande relevância com a Indústria 4.0? Então, continue a leitura!
Quais são as profissões em alta na Indústria 4.0?
Fizemos uma seleção com algumas profissões que estão surgindo com o crescimento da Indústria 4.0. Existem tantas opções que o profissional de TI já pode imaginar que estão em ascensão quanto uma alternativa bastante inusitada ao final da lista. Confira!
Analista de IoT
A Inteligência das Coisas é um dos pilares da Indústria 4.0. Espera-se que ela desempenhe um papel crucial na criação de fábricas completamente automatizadas, em que um dispositivo se comunicará com o outro para garantir o fluxo perfeito de atividades. Nesse contexto, o analista de IoT será essencial. Ele será responsável pela integração perfeita entre as máquinas e otimização dos processos. Estima-se que a demanda por esse tipo de profissional crescerá entre 11% e 30% nos próximos 10 anos.
Especialista em cibersegurança
Com grande parte das atividades das empresas sendo automatizadas, os sistemas concentrarão um volume cada vez maior de dados. A integração de sistemas ciber-físicos dará a eles também o controle sobre ações reais, o que naturalmente gera uma enorme preocupação com a cibersegurança. Por isso, essa é uma área em crescimento, que sofre com a falta de profissionais qualificados, apesar de oferecer excelentes salários.
Segundo estudos recentes, estima-se que os crimes virtuais gerarão perdas em torno de $ 6 trilhões em 2021. Para se protegerem, as empresas estão buscando desesperadamente especialistas. No mundo inteiro, a previsão é de que haja 1,5 milhão de vagas na área até 2019. No Brasil, a remuneração varia entre R$ 3 mil para os cargos de analistas a R$ 22 mil para gerentes de cibersegurança.
Especialista em Big Data
Não é sem motivo que os especialistas em Big Data estão entre os cinco mais demandados pelo mercado brasileiro. As empresas estão entendendo que a análise de dados pode evitar verdadeiros desastres na gestão. O cruzamento de um alto volume de informações permite a visualização do cenário interno e externo das organizações, levando a uma tomada de decisão muito mais precisa e segura.
O papel dos especialistas em Big Data, também chamados de cientistas de dados, é coletar um grande volume de informações, cruzá-las, interpretá-las e utilizá-las para prever cenários e tendências. Dessa forma, ele aponta quais são os caminhos arriscados para uma empresa tomar, além de encontrar oportunidades que ela pode explorar para maximizar seus lucros.
Projetista para tecnologias 3D
Muitas empresas estão substituindo os protótipos físicos por modelos em três dimensões. Essa possibilidade reduz o custo no desenvolvimento de bens e serviços, pois obtém um resultado muito próximo do produto real e verifica sua viabilidade antes de materializar a produção. Dessa forma, a organização diminui as chances de erros e parte para outras etapas mais caras depois de testes e análises virtuais.
Por isso, essa é uma das profissões em alta nesse momento da Quarta Revolução Industrial. Para alguns especialistas, a impressão 3D é uma peça-chave para a Indústria 4.0 devido à possibilidade de testar e validar o produto. Estudos de resistência, montagem e mecanismos podem ser realizados com custos baixíssimos. Também é possível fabricar moldes de injeção, dispositivos de fixação e gabaritos para otimizar a futura produção.
Técnico em impressão de alimentos
Desta lista, talvez essa seja a profissão mais inusitada. Sim, existem empresas se especializando e produzindo dispositivos para imprimir comida! Algumas dessas máquinas criam o alimento a partir da superposição de camadas. Em outros casos, elas realmente misturam ingredientes e formam uma espécie de massa comestível.
Um desses equipamentos promete fazer com que o consumidor deixe de utilizar alimentos processados e industrializados, favorecendo uma alimentação mais natural. A proposta dessa impressora 3D é executar os pratos a partir de matérias-primas frescas. O usuário escolhe a receita, a máquina indica quais são os ingredientes que devem ser colocados em cada cápsula e inicia a fabricação.
Portanto, existe mercado para técnicos capazes de desenvolver esse tipo de equipamento, aperfeiçoá-lo e garantir sua manutenção e bom funcionamento ao longo da vida útil.
O que o profissional de TI deve fazer diante dessas novas profissões?
Inevitavelmente, o desenvolvimento da tecnologia cria uma crise nos postos de trabalho convencionais. Isso não é novo. Como já falamos, desapareceram do mercado o ascensorista, assim como os quebradores de gelo, armadores de pinos de boliche, acendedores de lâmpadas da iluminação pública, telefonistas que conectavam os fios em uma central para fazer ligações e assim por diante.
No entanto, da mesma forma que a tecnologia extingue profissões, ela cria espaço para muitas outras. A tendência é que, em uma indústria totalmente automatizada, o funcionário do chão da fábrica desapareça. Porém, o mercado precisa de pessoas capacitadas para continuar desenvolvendo dispositivos, aperfeiçoando-os e garantindo sua manutenção, além de pensar em processos cada vez mais inteligentes.
O caminho para manter uma carreira em ascensão é apostar na qualificação. O profissional precisa estar preparado para a disrupção, focando na inovação e superação dos atuais paradigmas. Essa competência é necessária para levar a empresa a um nível superior de performance, com aumento da produtividade e redução de custos.
Também não se pode questionar que o profissional relevante será aquele capaz de liderar. O conjunto de habilidades relacionado à gestão de pessoas será essencial para motivar a equipe, alinhar tarefas, garantir a execução de projetos e instaurar uma cultura pautada pela flexibilidade. Isso significa que, em um mercado que muda constantemente, o time precisa aprender permanentemente, adaptar-se às novas tendências de forma ágil ou ainda se antecipar a elas.
Finalmente, trazendo um pouco de filosofia para o ambiente tecnológico, não podemos negar que realmente vivemos na era da modernidade líquida, onde “tudo que é sólido se desmancha no ar”. Isso vale também para profissões, carreiras e empresas, que precisam se reinventar permanentemente para se manterem relevantes e prósperas.
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