Como anda a maior aeronave do mundo? Desde que foi apresentado ao mundo, em 2016, pouco se falou sobre o Airlander 10, um dirigível britânico que impressiona pelas suas dimensões. Apesar de alguns imprevistos no projeto, ao que tudo indica ele está próximo de se tornar realidade.
Em 2016, durante um voo de testes, o Airlander 10 acabou caindo, o que gerou uma publicidade ruim para projeto da Hybrid Air Vehicles (HAV). Em 2017 houve uma nova tentativa e dessa vez ela foi bem-sucedida, com pouco mais de três horas no ar sem nenhum contratempo.
Neste mês, a empresa liberou algumas imagens de como será a parte interna da aeronave quando estiver disponível para que o público possa voar com ela.
Conceitualmente é difícil definir exatamente o que é o Airlander 10, uma vez que ele não se enquadra propriamente em nenhuma categoria. Segundo os seus criadores, ele é uma aeronave híbrida, combinando elementos de avião, dirigível e helicóptero. Com 92 metros de largura, ele supera em 19 metros o Airbus A380.
A fabricante assegura que depois de passar por todas as etapas obrigatórias de testes ele está quase apto a ganhar os ares. Para dar um tira-gosto para o público, a empresa revelou durante a feira Airshow, realizada na cidade de Farnborough, na Inglaterra, detalhes sobre o espaço interno. O luxo das instalações foi o principal destaque.
Curiosamente, o Airlander 10 terá capacidade para apenas 19 passageiros. Porém, todos eles poderão desfrutar de instalações luxuosas, que transformam o veículo em uma espécie de hotel voador.
Cada cabine individual terá banheiro privado, janelas panorâmicas e parte do solo transparente, de forma que os passageiros possam ter uma visão singular lá do alto. A aeronave terá ainda um bar com chão transparente.
Outro detalhe interessante é que o Airlander 10 pode decolar e aterrissar em qualquer superfície plana, eliminando toda a infraestrutura necessária de um aeroporto, por exemplo.
Isso abre oportunidades para expedições luxuosas em lugares onde até então só seria possível chegar por via terrestre ou de helicóptero.
Todo o trabalho de design do interior ficou a cargo de um estúdio britânico chamado Design Q. O conceito do produto não é o de servir como um “mero veículo de transporte”, mas sim o de proporcionar uma “experiência única de voo”.
Em outras palavras, será preciso pagar caro para dar um passeio a bordo do Airlander 10, e ele não chega ao mercado como um substituto para os aviões atuais. Prova disso é que a sua velocidade máxima é de 148 km/h enquanto um Airbus 380 pode alcançar até 1.020 km/h.
De agora em diante a missão dos construtores da aeronave é cumprir as obrigações legais pelas quais ela precisa passar até a data do seu lançamento. Por exemplo, um dos requisitos é que o modelo tenha um mínimo de 200 horas de voo sem incidentes, algo que não foi possível de ser comprovado até então.
Os fabricantes estão animados e indicam que até o final de 2019 esse número deve ser alcançado.
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