Assim como os profissionais, a gestão de pessoas na TI está sempre em aprimoramento. Todos os anos, surgem novas metodologias, abordagens e processos que sugerem melhorias e diferenciais importantes para a atuação das empresas no mercado. Por isso, elaboramos este post fundamental sobre o tema. Afinal, você sabe o que é squad? Caso a resposta seja não, sem problemas.
A solução não é exatamente nova, mas está se tornando cada vez mais popular, sobretudo entre as empresas mais novas e arrojadas, como as startups e os empreendimentos ligados à tecnologia. Por isso, reunimos tudo o que você precisa saber, explicando o que são os squads, como funcionam, quais suas vantagens e muito mais. Então, não perca tempo e acompanhe!
O que é squad?
Uma boa forma de abordar esse conceito é entendendo o significado dessa palavra. Squad é uma expressão que vem do inglês e, em português, significa esquadrão. Como pode notar, é um termo que tem origem na estratégia militar, pois simboliza um agrupamento de unidades, que podem ter funções ou características semelhantes ou distintas.
No mundo corporativo, os squads ganham um novo significado. Basicamente, um squad é um pequeno grupo multidisciplinar, ou seja, uma equipe enxuta, mas composta por colaboradores com qualidades e competências diferentes. O objetivo desse método de organização é alavancar a produtividade, o engajamento e a qualidade de novos projetos.
Por exemplo, em vez de organizar a produtividade da empresa em grandes setores isolados, como o departamento de TI, de marketing, de arte digital e afins, a gestão opta por formar uma equipe multidisciplinar para cada projeto — claro, de acordo com a necessidade e a disponibilidade de profissionais para isso.
Por exemplo, imagine uma empresa que desenvolve aplicativos. Em vez de segmentar os times entre a galera que programa, a que ilustra e a que desenvolve estratégias de marketing, a gestão opta por estruturar equipes qualificadas e dedicadas exclusivamente à resolução de um projeto — por exemplo, dois programadores, um designer de interfaces (UI), um analista de marketing e um copywriter.
A cada novo projeto, um squad desse perfil assume a operação, garantindo uma integração muito maior entre as diferentes áreas e criando um produto muito mais completo, bem-feito e otimizado. Outro ponto importante é notar que os squads não existem apenas para otimizar a produtividade, mas principalmente para estimular a inovação.
Isso acontece, especialmente, nas empresas de tecnologia, como boa parte dos grandes apps do mercado. Para testar novas ideias e funcionalidades, a gestão pode elaborar squads específicos, combinando especialistas de UX, UI, programação, testagem e ciência de dados para não apenas desenvolver as interfaces, como avaliar o sucesso dessas iterações na prática.
Como funciona um squad?
Além de elevar a produtividade, os squads estão diretamente ligados às metodologias ágeis, que são cada vez mais requisitadas das equipes de desenvolvimento. O objetivo desse modelo de organização é estruturar equipes pequenas e de talentos distintos, mas com uma responsabilidade muito clara e específica — e com um grande diferencial, que é a autonomia total para a tomada de decisões.
Afinal de contas, algumas das principais características desse modelo são o tamanho, dificilmente passando de 10 integrantes, e a autonomia operacional. Os squads sempre têm um objetivo central que, geralmente, é o que justifica a criação desse time. Para isso, essa pequena equipe de especialistas tem carta branca para trabalhar, idear, arriscar e inovar.
Esse nível de autonomia é algo muito importante, pois evita a ociosidade de uma hierarquia mais tradicional, em que as decisões precisam ser discutidas e revistas com os gestores de projeto a todo o momento. Por isso, a estruturação de squads também é vista como uma estratégia que facilita a escalabilidade de empresas em crescimento.
Outro ponto importante é que os squads são estruturas temporárias. Primeiro, um objetivo incentiva a criação do squad. Depois que esse objetivo é alcançado, seja pelo sucesso ou fracasso, é comum que ocorra a dissolução do grupo, que pode ser reorganizado em novos squads para testar novas ideias, soluções, projetos e iniciativas.
Por isso, a gestão de equipes squad é muito diferente da gestão de equipes tradicionais, principalmente quando pensamos em lideranças específicas. Enquanto times setoriais (departamento de programação, ilustração ou afins) contam com os heads, que são os tech leads, diretores de arte e por aí adiante, os squads não necessariamente contam com uma liderança fixa.
Os projetos e iniciativas são menores, e é justamente a ausência de uma hierarquia rígida que permite a autonomia dos profissionais, que podem trabalhar de maneira mais engajada, arrojada e inventiva. Mas claro, é comum que surjam lideranças naturais nos squads, sobretudo porque os resultados dos projetos precisam ser apresentados periodicamente à supervisão.
Mas como os squads são muito diversos e multidisciplinares, com cada um oferecendo sua competência para a conquista do objetivo, é comum que exista uma equalização do valor e da participação de todos no resultado, pois cada profissional contribui com o seu talento específico, seja em marketing, design, vendas, UX, programação ou afins.
Inclusive, é justamente essa estrutura multidisciplinar e colaborativa que reforça o propósito e a importância de cada um para o projeto. Como os times são extremamente pequenos, todo mundo está contando com o trabalho de seus colegas. Por isso, todos se esforçam para entregar o que é esperado, justamente para evitar ser o elo fraco ou negligente durante a operação.
Quais são os benefícios desse modelo de organização?
Produtividade, agilidade e autonomia. Em nossa visão, essas são as principais vantagens proporcionadas por esse modelo de organização, que é de reduzir custos da operação, agilizar o trabalho remoto e estimular a cultura de inovação. Abaixo, detalhamos cada um desses pontos. Confira!
Produtividade
A atuação dos squads é muito focada e cirúrgica. Essas equipes são criadas para atender alguma necessidade específica, como um desejo de inovação, a criação de um novo produto, a elaboração de interfaces com maior de potencial de conversão, o atendimento a um cliente especializado ou afins. É justamente esse tipo de foco que permite um desempenho acima do normal.
Autonomia
A própria estruturação dos squads oferece um ganho de autonomia. Dentro das possibilidades do grupo, tudo vale para alcançar o objetivo. Dessa forma, uma empresa com vários squads conta com um grande número de células autônomas, trabalhando com independência operacional para completar as tarefas, iterar e alcançar os objetivos.
Agilidade
Como em um efeito cascata, o maior nível de independência, foco e desempenho resultam em profissionais ainda mais ágeis, diferenciais e competitivos. Além disso, vale lembrar que muitas metodologias ágeis incentivam a estruturação desse modelo de equipe, pois entendem que os squads oferecem a melhor relação de dinamismo, velocidade e produção possível.
Como adotar o modelo de organização em squads?
A estruturação de squads exige a mesma expertise necessária para fazer a alocação de profissionais de TI — prática em que se aproveita os talentos que já existem na empresa para assumir novos projetos, responsabilidades e operações, em vez de realizar novas contratações.
Por isso, o primeiro passo é identificar a necessidade fundamental — por que você precisa criar um squad? A gestão quer testar novas funcionalidades, desenvolver novos produtos, prestar um atendimento qualificado para um cliente exclusivo? Enfim, existem muitas ocasiões que podem estimular a criação de um squad.
O importante é reconhecer esse objetivo, pois este será o fio condutor de todo o projeto, a razão pela qual se adotou esse modelo e o quê manterá os colaboradores ocupados. Depois, é hora de identificar as competências necessárias para atingir esse objetivo, em que listam os tipos de profissionais e perfis ideais para o projeto e seus desafios.
Com o objetivo e o perfil em mãos, é hora de avaliar o pool de talentos da empresa, buscando as pessoas que atendam a essas características. Em seguida, é preciso abordar esses colaboradores, individualmente ou em grupo. Geralmente, a abordagem em grupo tende a ser melhor, pois desde o início já cria um senso de colaboração e engajamento entre os selecionados.
No entanto, a abordagem prévia e individual também tem as suas vantagens. É muito importante selecionar os talentos fiéis à empresa. Afinal, montar um squad para ele ser desfalcado em duas semanas porque alguém deixou a empresa é um problema. Por isso, é preciso se certificar de que todos estão aptos, entusiasmados e comprometidos com a operação.
Após essa fase de recrutamento, é preciso fazer uma reunião para oficializar o grupo e apresentar o objetivo central e todos os seus detalhes. É nessa hora que se explicam as responsabilidades, atribuições e expectativas sobre o projeto. Além de, é claro, introduzir noções de autonomia, demonstrando como será o trabalho durante este período.
Também nessa reunião, é importante, quando possível, definir as métricas e indicadores que devem orientar os objetivos do grupo. Dessa forma, o próprio squad pode diagnosticar o sucesso ou fracasso de suas decisões e, com autonomia, orientar novas estratégias e soluções para os problemas que estão enfrentando.
Como pode ver, os squads são uma solução prática e intuitiva para elevar a eficiência dos trabalhos. Com pequenos grupos engajados, em vez de setores gigantescos e isolados, as empresas conseguem operar e inovar de maneira muito mais rápida e criativa, qualificando os seus serviços e alavancando os seus resultados.
Agora que você tem uma noção completa sobre o que é squad, aproveite para continuar aprimorando ainda mais a sua gestão. Para isso, baixe o nosso infográfico exclusivo, em que listamos As X vantagens do outsourcing de TI!