Em um movimento audacioso, a Deezer, uma das principais plataformas de streaming de música, lança uma ferramenta inovadora com o objetivo de detectar músicas geradas por Inteligência Artificial. O avanço tecnológico tem permitido a criação de músicas utilizando IA, mas a Deezer busca garantir a autenticidade e a transparência, identificando e marcando essas faixas em sua plataforma.
A iniciativa ressalta a importância de proteger os direitos dos artistas e oferecer clareza aos usuários sobre o conteúdo que estão consumindo. Além disso, a Deezer revelou que mais de 100 mil músicas ou criações musicais são adicionadas à plataforma todos os dias, destacando a necessidade de garantir que a IA seja usada de forma responsável na criação de novos conteúdos.
Em um exemplo notável, o DJ francês David Guetta usou IA para reproduzir uma voz semelhante à do rapper americano Eminem em um de seus shows. Guetta, no entanto, afirmou que não tinha intenção de comercializar a música, mas sim de “abrir o debate”.
A entrada da Inteligência Artificial na indústria da música é um fenômeno recente, mas já está causando um grande impacto. A capacidade de clonar vozes de artistas usando IA apresenta desafios significativos para a indústria da música, que agora precisa encontrar maneiras de identificar e gerenciar conteúdo gerado por IA.
A iniciativa da Deezer de criar uma ferramenta para detectar música gerada por IA é um passo significativo nessa direção. A ferramenta não apenas ajudará a identificar músicas que utilizam vozes sintéticas de artistas existentes, mas também servirá para aumentar a transparência e desenvolver um novo sistema de remuneração para artistas profissionais.
A ferramenta proposta opera com base em um algoritmo sofisticado capaz de identificar as características únicas das músicas geradas por IA. Ao analisar a composição, a melodia, o ritmo e outros elementos musicais, a ferramenta pode distinguir com precisão as faixas criadas por inteligência artificial das produzidas por humanos.
Este processo de identificação é realizado automaticamente, garantindo que as músicas geradas por IA sejam devidamente marcadas na plataforma da Deezer.
“Nosso objetivo é eliminar o conteúdo ilegal e fraudulento, aumentar a transparência e desenvolver um novo sistema de remuneração pelo qual artistas profissionais sejam recompensados pela criação de conteúdo”, segundo Jeronimo Folgueira, CEO da Deezer em comunicado.
A utilização de IA para gerar música está longe de ser uma questão simples e traz consigo uma série de desafios e controvérsias. A principal preocupação é a possibilidade de a IA ser usada para criar músicas que imitem indevidamente as vozes de artistas famosos, o que poderia levar a problemas de direitos autorais e fraude.
Além disso, a música gerada por IA pode diluir a autenticidade da música, já que as criações geradas por máquinas podem não carregar o mesmo valor emocional e artístico que as músicas criadas por humanos.
O CEO da Deezer ressalta que muito conteúdo entra diariamente e que “a IA pode ser usada para criar novos conteúdos incríveis e acredito que a inteligência artificial generativa pode gerar enormes benefícios. Mas precisamos garantir que seja feito com responsabilidade.”.
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