Já imaginou ter uma TV com tela de última geração criada com cascas de arroz? Pode parecer inusitado, mas não impossível para os japoneses. Pesquisadores do país conseguiram desenvolver LEDs usando somente o alimento e outros compostos químicos orgânicos.
Esse experimento tem sido estudado e aprimorado por Ken-ichi Saitow, da Universidade de Hiroshima, segundo informações do Inovação Tecnológica. Ele observa que as cascas de arroz atuam como uma fonte de dióxido de silício quando estadas em alta pureza, formando o composto conhecido como sílica.
Dessa forma, elas podem ser usadas como matéria-prima para o silício poroso, que possui pontos microscópicos responsáveis pela luz emitida nas telas de LED. Essa forma de produção pode oferecer diversos benefícios, e se feita em larga escala, pode mudar toda a indústria de dispositivos que usam LED. Por causa disso, vale a pena conferir como essa tecnologia funciona.
Os pesquisadores japoneses conseguiram processar a sílica da casca do arroz ao fazer uma combinação de moagem, gravação química e alguns tratamentos térmicos. Basicamente, as cascas do grão foram moídas, com seus compostos orgânicos sendo queimados. Em seguida, o pó de sílica que se formou foi aquecido em forno elétrico para que fosse transformado em pó de silício.
Após esse processo, os pesquisadores purificaram o silício poroso e reduziram a substância a partículas de apenas três nanômetros de diâmetro. Fazendo isso, as superfícies dessas partículas alcançaram uma estabilidade química que as torna prontas para operar como fontes luminescentes.
Os LEDs que tinham o arroz como matéria-prima foram por fim amontoados em diversas camadas. Isso foi feito para que fosse possível implementar elementos que permitissem a condução de eletricidade e emissão de luz.
Conforme destacado por Saitow, o método desenvolvido por sua equipe é ecologicamente correto, pois utiliza somente produtos naturais para a produção dos LEDs.
O pesquisador comenta que atualmente a indústria usa diversos materiais tóxicos para a produção dessa tecnologia, como cádmio, chumbo e outros metais pesados, contribuindo com isso para a maior poluição do nosso planeta. Para ele, é possível que a produção feita a partir das cascas de arroz seja implementada em larga escala, o que contribuiria em muito para a preservação ambiental.
Apesar do método desenvolvido por Saitow e sua equipe representar uma inovação no segmento de LEDs, cascas de arroz já são usadas para a produção de sílica há alguns anos, inclusive no Brasil.
Por aqui, a empresa alemã Ferrostaal lançou em 2019 o projeto Orysazil, em Itaqui-RS. A unidade de produção da empresa gera aproximadamente 2.500 toneladas de sílica e energia por mês, tendo as cascas de arroz como sua principal matéria-prima.
Já que o assunto é LED, que tal aprender um pouco mais sobre esse emissor de luz? Lâmpadas e telas que usam essa tecnologia se tornaram as queridinhas do mercado nos últimos anos, devido às diversas vantagens que elas oferecem, sendo criado diversos upgrades como o QLED e OLED.
Mas você sabe quais as diferenças entre esses modelos, e qual é o melhor para se assistir um filme ou jogar um jogo com gráficos de última geração? Descubra isso logo abaixo.
A tela de LED comum foi a primeira evolução em relação às telas de cristal líquido. TVs e monitores que contém esse tipo de tela conseguem exibir cores de ótima qualidade, brilho e contraste, mas a formação das imagens fica à mercê do processador e do sistema do aparelho.
Essa tecnologia recebe o nome de mini devido à redução das micro lâmpadas usadas para emitir a luz da tela. Com isso, é possível ter um maior controle da emissão de luz, tendo cores e contrastes de maior qualidade. Além disso, as cores escuras ficam mais intensas.
Sigla que significa “diodo emissor de luz com pontos quânticos”. Telas QLED possuem como diferença serem formados por pontos quânticos, que conseguem filtrar melhor a luz, brilho e contraste dos pixels que formam a imagem, apesar dos tons mais escuros ficarem menos intensos do que o visto no Mini LED.
Porém, SmartTVs QLED de última geração já contam com uma tecnologia que combina os seus recursos com mini LEDs.
A última geração de telas de TVs não usa iluminação traseira. Ao invés disso, as imagens são formadas por diodos orgânicos que emitem sua própria luz. Dessa forma, aparelhos que contam com essa tecnologia conseguem ser muito mais finos do que aqueles que usam outros tipos de tela.
Além disso, o brilho, contraste e qualidade das cores de uma OLED supera as geradas pelos tipos de tela listadas acima, inclusive em tons mais escuros. Por ser uma tecnologia de última geração, ela possui como desvantagem o alto preço cobrado nos dispositivos que contém esse tipo de LED.
Fascinante este mundo de LEDs e como recursos como cascas de arroz podem transformar toda essa indústria, não é mesmo? Se deseja saber mais sobre as principais novidades e tendências do mundo da tecnologia, não deixe de acessar o nosso blog. Temos dezenas de materiais e tutoriais sobre os mais diversos temas lhe esperando. Clique aqui e aproveite.
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