O Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil em 2020, rapidamente se tornou o meio de transações financeiras mais popular do país em um intervalo de tempo curtíssimo. No entanto, isso também atraiu a atenção de criminosos, que desenvolvem diariamente novas formas de fraudes para roubar dinheiro e dados bancários das vítimas.
Se você caiu em um golpe do Pix, não se desespere. Existem etapas que você pode seguir para tentar recuperar seu dinheiro e dicas para evitar futuros ataques. Abaixo, vamos conhecer os principais tipos de golpes do Pix, o que fazer se você for vítima e como se proteger contra fraudes online.
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Nesse golpe, os criminosos enviam um falso comprovante de transferência para a vítima, alegando que houve um engano e solicitando a devolução do dinheiro. No entanto, o dinheiro nunca foi realmente transferido. Para se proteger, sempre verifique seu extrato bancário para confirmar se a transferência foi realmente realizada antes de devolver qualquer quantia.
Exemplo: Maria recebe uma mensagem no WhatsApp com um comprovante de transferência via Pix, onde a pessoa alega ter enviado dinheiro por engano. A mensagem pede que Maria devolva o valor transferido.
Maria, sem conferir o extrato de sua conta, devolve o valor solicitado, mas o dinheiro nunca havia sido realmente transferido para sua conta.
Como se proteger: sempre verifique seu extrato bancário para confirmar se a transferência foi realmente realizada antes de devolver qualquer quantia.
Os golpistas instalam um malware no celular da vítima, que assume o controle durante a transferência via Pix, alterando o destinatário sem que a vítima perceba. Para evitar este golpe, baixe aplicativos apenas de lojas oficiais como Google Play Store e Apple Store, e não conceda permissões de acessibilidade desnecessárias.
Exemplo: João baixa um aplicativo de uma fonte não confiável que pede permissões de acessibilidade. Sem saber, ele instala um malware. Quando ele realiza uma transferência via Pix, o malware altera o destinatário da transferência, enviando o dinheiro para a conta dos criminosos.
Como se proteger: para evitar este golpe, baixe aplicativos apenas de lojas oficiais como Google Play Store e Apple Store, e não conceda permissões de acessibilidade desnecessárias.
Criminosos criam QR Codes falsos para desviar o dinheiro da vítima. Eles podem se passar por empresas ou conhecidos, oferecendo descontos ou solicitando dinheiro. Sempre verifique a autenticidade do QR Code e, em caso de dúvida, entre em contato diretamente com a empresa ou pessoa.
Exemplo: Ana recebe uma mensagem de um amigo pelo WhatsApp com um QR Code para um suposto desconto em uma loja online. Ela escaneia o código e faz o pagamento, mas o dinheiro vai para a conta dos criminosos, não da loja.
Como se proteger: sempre verifique a autenticidade do QR Code e, em caso de dúvida, entre em contato diretamente com a empresa ou pessoa.
Os golpistas atraem vítimas com promessas de dinheiro fácil, oferecendo um “robô do Pix” que supostamente automatiza ações lucrativas. As vítimas pagam um valor inicial, mas nunca recebem o prometido. Desconfie de ofertas que parecem boas demais para ser verdade e pesquise sobre a reputação do serviço.
Exemplo: Marcos vê um anúncio online que promete ganhos rápidos com um “robô do Pix”. Ele paga uma taxa inicial para ter acesso ao robô, mas nunca recebe o prometido, e os golpistas desaparecem com seu dinheiro.
Como se proteger: desconfie de ofertas que parecem boas demais para ser verdade e pesquise sobre a reputação do serviço como em plataformas como o ReclameAqui.
Este golpe envolve a instalação de malware a partir de links fraudulentos em anúncios online. O malware altera o destinatário do Pix durante uma compra online. Evite clicar em links suspeitos e sempre verifique a URL de sites antes de fazer qualquer transação.
Exemplo: Carla clica em um link patrocinado em um anúncio online que parece ser dos Correios. O site pede para ela baixar um arquivo para rastrear sua encomenda. O arquivo é, na verdade, um malware que altera o destinatário de suas transferências via Pix.
Como se proteger: evite clicar em links suspeitos e sempre verifique a URL de sites antes de fazer qualquer transação.
Desconfie de ofertas muito atraentes: golpistas frequentemente usam a promessa de ofertas imperdíveis para atrair vítimas. Sempre verifique a legitimidade da oferta diretamente com a empresa.
Verifique a autenticidade dos contatos: antes de realizar qualquer transação, confirme a identidade da pessoa ou instituição com quem você está lidando. Use canais oficiais para comunicação.
Mantenha seus dispositivos seguros: instale e mantenha atualizado um bom software antivírus em todos os seus dispositivos. Evite baixar aplicativos de fontes desconhecidas e não conceda permissões de acessibilidade sem necessidade.
Utilize Verificação em Duas Etapas: sempre que possível, ative a verificação em duas etapas (2FA) para suas contas bancárias e aplicativos de pagamento. Isso adiciona uma camada extra de segurança.
Monitore suas contas bancárias regularmente: verifique frequentemente seus extratos bancários e movimentações financeiras. Isso permite identificar qualquer atividade suspeita rapidamente.
Enviar um Pix para a conta errada pode ser angustiante, mas há medidas que você pode tomar para tentar recuperar o valor transferido. Devido à natureza instantânea das transferências Pix, a recuperação do dinheiro depende da rapidez com que você age, da instituição financeira envolvida e da cooperação do destinatário.
O MED é uma ferramenta desenvolvida pelo Banco Central para facilitar a devolução de valores transferidos por engano. Se você percebeu que fez uma transferência equivocada, entre em contato com a sua instituição financeira o mais rápido possível e solicite a ativação do MED. O banco avaliará a situação e, se aprovada, a quantia pode ser recuperada em até 96 horas.
Se a devolução via MED não for possível ou se você preferir, entre diretamente em contato com a instituição financeira que realizou a transação. Explique a situação e siga as orientações fornecidas pelo banco para tentar resolver o problema.
Se você conhece ou consegue identificar o destinatário da transferência, entre em contato com a pessoa e solicite a devolução do valor. Muitas vezes, as pessoas devolvem o dinheiro quando percebem que foi um erro.
Se o destinatário se recusar a devolver o dinheiro, você pode entrar com uma ação judicial. De acordo com a legislação brasileira, apropriar-se indevidamente de um valor recebido por engano constitui crime de apropriação indébita (artigo 168 do Código Penal). Procure orientação jurídica para proceder com a ação.
Caso você receba um Pix inesperado, é sua responsabilidade devolver o valor ao remetente. Aqui estão os passos a seguir:
1. Verifique a origem: abra o aplicativo do banco, acesse o extrato e identifique quem enviou o Pix. Em seguida, entre em contato com a pessoa via celular ou e-mail para informar sobre o erro.
2. Devolva o valor: utilize a função de devolução de Pix no seu aplicativo bancário ou faça uma nova transferência para devolver o dinheiro à pessoa que o enviou por engano.
Seguindo estas orientações, você pode reduzir significativamente os riscos de cair em golpes envolvendo o Pix e outras transações online. Se for vítima de uma fraude, agir rapidamente fará toda a diferença para aumentar as chances de recuperar seu dinheiro e minimizar prejuízos.
Lembre-se que você viu esta dica no blog Positivo Do Seu Jeito, onde falamos sobre tecnologia e mundo digital de uma forma descomplicada e fácil de entender.